São tantas as notícias ruíns que destacam violências, assaltos, crimes de
morte, violências sexuais, corrupções políticas, impunidades para os poderosos,
que as pessoas vão se fechando em suas casas e até esquecem de compreender,
sorrir, amar, partilhar a vida.
Mas será que a vida é feita somente de coisas ruíns? Não! De modo algum. A
vida, no estágio evolutivo em que nos encontramos, é feita de coisas más e
outras boas. Mas o nosso objetivo não é a de falar de coisas negativas, e sim de
solidariedade, bondade, fraternidade, amor partilhado.
Ah, o amor! Como poderemos viver sem ele? É o amor de Deus que sustenta o
universo. É esse sentimento universal que faz com que espíritos superiores, isentos das
reencarnações em mundos inferiores, se corporifiquem em mundos como o nosso,
para cumprir missões de extraordinário valor.
É por amar que uma mulher carrega no ventre, durante nove meses, uma nova
vida, e dá a luz entre dores, para depois beijar aquele pequenino ser, apertá-lo
ao peito e dizer com emoção:
– Meu filho! Te amo!
É por um amor transcendente que um pai ou mãe abraça um filho de mente
obnubilada pela deficiência mental, olhar aparvalhado, boca semi-aberta, e
exclama com unção quase sagrada:
– Meu tesouro. Vida da minha vida.
Há, os que, por amor, se dedicam a curar, a educar, a
indicar rumos, e chegam a sacrificar a própria vida.
Alguns manifestam o seu amor plantando flores. Outros compõe músicas, fazem
versos, criam leis, varrem as ruas, constroem casas…
Não importa que existam crimes e dores enquanto existir o amor, e este
for partilhado.
Partilhar o amor? Como podemos fazê-lo? Comece devagarinho. Olhe bem dentro
dos olhos do teu filho, não importando a sua idade, e diga:
Eu te amo!!!
Faça o mesmo com o seu cônjuge, ou com os pais, avós, irmãos. Mas não olhe
sem enxergar. Deixe que a tua visão penetre a epiderme e alcance as profundezas
do ser e ali irá descobrir espíritos imortais, que vieram de outras vidas, seres
que amam, que guardam medos, ódios talvez, mas que estão ao teu lado, permutando
energias. Tente compreendê-los e partilhar com eles o teu amor.
Jogue para longe a tristeza. Desanuvie o semblante. Confie em Deus. Confie na
vida. Confie nesse sentimento. Não tenha medo de amar, mas não cultive um amor
possessivo. Ame pelo prazer de amar, e mesmo que você se machuque, terá valido a
pena.
Sendo você espírita, maiores razões terá para ser alegre e partilhar.
Você sabe que é imortal, criado por Deus simples e ignorante, mas com todas as
potencialidades das perfeições. Você deve saber que o amor não morre, porque os
que te precederam na grande viagem estão ao teu lado, simplesmente porque te
amam. Seja forte. Partilhe. A vida precisa do teu sorriso.