Sobre a atualidade do Brasil, em situações que todos estamos incluídos, seja por omissão ou por ação, pensemos juntos:
A – A moral é a regra para se conduzir bem, quer dizer, a distinção entre o bem e o mal (…) O homem se conduz bem quando faz tudo em vista e para o bem de todos, porque, então, ele observa a Lei de Deus.
B – O bem é tudo aquilo que está conforme a lei de Deus e o mal tudo aquilo que dela se afasta (…)
C – (…) O mal depende da vontade. Pois bem! O homem é mais culpável, à medida que sabe melhor o que faz.
D – O mal recai sobre aquele que lhe é causa. Assim, o homem que é conduzido ao mal pela posição que lhe é dada pelos seus semelhantes, é menos culpável que aqueles que lhe são a causa, porque cada um carregará a pena, não somente do mal que haja feito, mas do que haja provocado.
E – Aquele que não faz o mal, mas que aproveita do mal feito por outro, é culpável no mesmo grau? É como se o cometesse; aproveitar é participar. Talvez tenha recuado diante da ação. Mas se encontrando-a pronta ela a usa, é que aprova e que o faria ele mesmo se pudesse, ou se ousasse.
F – (…) há virtude em resistir voluntariamente ao mal que se deseja, sobretudo quando se tem a possibilidade de satisfazer esse desejo, porém, se o que falta é apenas ocasião, então é culpável.
G – (…) É preciso fazer o bem no limite de suas forças, porque cada um responderá por todo mal que resulte do bem que não haja feito.
H – Não há ninguém que não possa fazer o bem. Só o egoísta não encontra jamais a oportunidade. Bastará entrar em relação com outros homens para encontrar ocasião de fazer o bem, e cada dia da vida dá oportunidade a qualquer que não esteja cego pelo egoísmo, porque fazer o bem não é só ser caridoso, mas ser útil na medida de vosso poder, todas as vezes que vosso concurso pode ser necessário.
I – O mérito do bem está na dificuldade. Não há mérito em fazer o bem, sem trabalho, e quando nada custa (…)
Que clareza e atualidade para nossos dias! É a grandeza do pensamento espírita! Tais transcrições foram feitas parcialmente de O Livro dos Espíritos, questões 629 a 646, que desejamos indicar ao leitor para leitura e estudo integrais do conteúdo. Veja que nos enquadramos perfeitamente na situação complexa do país, como eleitores, eleitos ou meros cidadãos e diante do uso que estamos fazendo de nossas possibilidades frente às opções e escolhas que possamos fazer nas mais diferentes situações.
Autor: Orson Peter Carrara