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Aborto Delituoso

Aborto Delituoso

Comovemo-nos, habitualmente, diante das grandes
tragédias que agitam a opinião.
Homicídios que convulsionam a imprensa e mobilizam largas equipes
policiais…
Furtos espetaculares que inspiram vastas medidas de vigilância…
Assassínios, conflitos, ludíbrios e assaltos de todo jaez criam a guerra
de nervos, em toda parte; e, para coibir semelhantes fecundações de
ignorância e delinqüência, erguem-se cárceres e fundem-se algemas,
organiza-se o trabalho forçado e em algumas nações a própria lapidação de
infelizes é praticada na rua, sem qualquer laivo de compaixão.
Todavia, um crime existe mais doloroso, pela volúpia de crueldade com que
é praticado, no silêncio do santuário doméstico ou no regaço da Natureza…

Crime estarrecedor, porque a vítima não tem voz para suplicar piedade e
nem braços robustos com que se confie aos movimentos da reação.
Referimo-nos ao aborto delituoso, em que pais inconscientes determinam a
morte dos próprios filhos, asfixiando-lhes a existência, antes que possam
sorrir para a bênção da luz.

Homens da Terra, e sobretudo vós, corações maternos chamados à exaltação
do amor e da vida, abstende-vos de semelhante ação que vos desequilibra a
alma e entenebrece o caminho!
Fugi do satânico propósito de sufocar os rebentos do próprio seio, porque
os anjos tenros que rechaçais são mensageiros da Providência, assomantes no
lar em vosso próprio socorro, e, s