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Além-Túmulo

Além-Túmulo

 

Dandelion

“E, se não há ressurreição de
mortos, também o Cristo não
ressuscitou.”
Paulo. (1 CORINTIOS, 15:13.)

Teólogos eminentes, tentando harmonizar
interesses temporais e espirituais, obscureceram o problema da morte,
impondo sombrias perspectivas à simples solução que lhe é própria.
Muitos deles situaram as almas em determinadas zonas de punição ou de
expurgo, como se fossem absolutos senhores dos elementos indispensáveis à
análise definitiva. Declararam outros que, no instante da grande transição,
submerge-se o homem num sono indefinível até o dia derradeiro consagrado ao
Juízo Final.

Hoje, no entanto, reconhece a inteligência humana que a lógica evolveu
com todas as possibilidades de observação e raciocínio.
Ressurreição é vida infinita. Vida é trabalho, júbilo e criação na
eternidade.

Como qualificar a pretensão daqueles que designam vizinhos e conhecidos
para o inferno ilimitado no tempo? como acreditar permaneçam adormecidos
milhões de criaturas, aguardando o minuto decisivo de julgamento, quando o
próprio Jesus se afirma em atividade incessante?
Os argumentos teológicos são respeitáveis; no entanto, não deveremos
desprezar a simplicidade da lógica humana.

Comentando o assunto, portas a dentro do esforço cristão, somos
compelidos a reconhecer que os negadores do processo evolutivo do homem
espiritual, depois do sepulcro, definem-se contra o próprio Evangelho. O
Mestre dos Mestres ressuscitou em trabalho edificante. Quem, desse modo,
atravessará o portal da morte para cair em ociosidade incompreensível? Somos
almas, em função de aperfeiçoamento, e, além do túmulo, encontramos a
continuação do esforço e da vida.