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Quando não se aprende através do AMOR aprende-se através da DOR

Quando não se aprende através do AMOR aprende-se através da DOR

Grupo Espírita Apóstolo Paulo

Humildade –
Caridade –
Paciência –
Fé –
Simplicidade –
Perdão –
Indulgência –
Mansidão –
Obediência –
Razão –

Orgulho
Egoísmo
Irritação
Insegurança
Vaidade
Mágoa
Maledicência
Brutalidade
Revolta
Ignorância

Acima, colocamos um exemplo de como a palestra pode ser apresentada em uma lousa. A seguir, os comentários que podem ser feitos a cada item em destaque.

OBJETIVO:

Inicie a palestra citando um velho ditado espírita que diz que: “Quando não se aprende através do Amor, aprende-se através da Dor”, demonstraremos ao público que realmente existem dois principais caminhos a escolhermos durante a nossa existência e as suas devidas conseqüências. Podemos escolher o caminho do aprendizado e do esforço próprio, mais difícil mas meritório e com consequências felizes; ou, pelo contrário, o caminho mais fácil, que é o das paixões e da preguiça, que com certeza nos trará consequências dolorosas.

INTRODUÇÃO:

A Doutrina Espírita tem como maior objetivo nos fazer adquirir uma fé racional, ajudando-nos a mudar os nossos posicionamentos perante as mais variadas situações da vida. Esta mudança se dá quando procuramos pensar antes de agir ou de falar, raciocinando se aquela atitude é correta ou não, se as conseqüências são boas ou ruins. Mas para fazermos este julgamento de valores, devemos procurar conhecimentos em que possamos basear nossas análises, para termos uma visão mais justa do conjunto de fatos em que estamos inseridos.

Mostre aos frequentadores que o Evangelho de Jesus Cristo, junto com a Doutrina Espírita, são os que nos oferecem as mais perfeitas informações neste sentido, onde acharemos a fonte dos mais valiosos ensinos morais e comportamentais, para a melhoria de nossa personalidade.
Depois, diga que foi enumerada uma lista das mais variadas qualidades morais, junto com os correspondentes defeitos, para analisarmos as conseqüências de cada um deles em nossas vidas, gerando, conforme o caminho que escolhermos, felicidade ou sofrimentos.

Humildade e Orgulho: O orgulho é o maior dos defeitos e o mais difícil de ser combatido, pois ele está no âmago do nosso ser. Dizem os espíritos superiores que é o último a ser eliminado. Ele nos faz ter a falsa idéia de que somos melhores e superiores às outras pessoas, e em alguns casos até mais que o próprio Deus. Ele dificulta muito o aprendizado moral, pois o orgulhoso não está disposto a se melhorar porque acha que não necessita disto. Este defeito se manifesta de várias formas e maneiras. Diga que podemos encontrar dentro de nós o orgulho racial, profissional, religioso, social entre outros.

Cite alguns exemplos cotidianos para ilustrar, mas sem se estender muito. Depois, mostre que temos até mesmo o orgulho de sermos caridosos, de sermos espíritas, e por isto mesmo nos iludimos ao acharmos que somos melhores que as outras pessoas.
O melhor combate a este perigoso defeito é adquirirmos a humildade, que se faz quando nos colocamos abaixo de Deus e iguais aos nossos irmãos. O exercício da humildade se dá quando procuramos em nós os defeitos que vemos nos outros, procurando aprender com tudo e todos que estão em nossa volta.

Caridade e Egoísmo: O Egoísta pensa primeiro em si, depois pensa nas necessidades dos outros, e é isto exatamente que o mundo nos ensina atualmente. Se deixarmos o materialismo tomar conta do nosso ser, iremos nos tornar uma pessoa do mundo, ou seja, um egoísta de primeira. Para combater isto é necessário procurarmos compreender o que a Doutrina fala a respeito da verdadeira caridade e vivenciarmos este sentimento que vai trazer a felicidade para nós e para os que nos rodeiam.

A verdadeira caridade modifica o nosso posicionamento de vida, fazendo-nos perceber que os nossos problemas não são os maiores e nem os mais importantes do mundo. Onde vamos compreender as necessidades e os problemas dos nossos semelhantes e trabalhar para melhorar este estado de coisas.
Demonstre que a solução dos maiores problemas da nossa sociedade seria a prática da caridade cristã, onde o mais forte e preparado ajudaria e amparar o mais fraco e o oprimido.

Paciência e Irritação: Irritação e nervosismo mostram bem a situação atual de desequilíbrio por que passa a sociedade. Todos estão com pressa, correndo atrás apenas de sua vida e de seus interesses. E se alguém ou algo atrapalha esta correria, as pessoas se descontrolam e se atiram contra este obstáculo de uma forma lamentável. Estes descontroles emocionais não só trazem conseqüências espirituais funestas, como também causam graves males físicos.

Com a prática diária da paciência, que é a tranqüilidade e a calma perante os obstáculos ou às coisas que nos atingem, nós iremos cultivar uma vida mais saudável, tanto no campo espiritual como na parte física.
Cite para ilustrar a passagem de Jesus, do Evangelho de Mateus, capítulo 6, versículos 25 a 34, onde o Mestre nos diz: “Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, pois o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal”.

Fé e Insegurança: Nos ensina Kardec que a fé não é só religiosa, mas é sim um sentimento de força de vontade, ou vontade de querer, que pode ser usado em todos os aspectos de nossa vida. A fé nos dá a capacidade de usarmos os nossos atributos para atingirmos certos objetivos. Ela tem que estar aliada à humildade, para reconhecermos as nossas limitações e procurarmos superá-las. Já a fé religiosa direciona todas as nossas capacidade para procurar somente o bem, dando-nos uma confiança no futuro e na justiça de Deus. A Doutrina Espírita alia a este sentimento a lógica e a razão, transformando este sentimento em fé racional, que é o maior instrumento para combater as inseguranças que tomam conta do nosso ser em alguns momentos de nossa vida.

Simplicidade e Vaidade: A vaidade reflete em todos os aspectos do nosso ser e não somente na aparência. Claro que devemos nos vestir de uma forma adequada ao lugar em que estivermos indo. Para as mulheres não é proibido se arrumar ou usar maquiagem ou jóias. Também não é proibido cuidar do nosso corpo com exercícios ou dietas. O que a Doutrina pede é que não haja exageros e que não se faça disto o objetivo de nossa existência. Antes de tudo, deve-se pensar no Espírito, e depois na saúde do corpo e então a boa aparência física será consequência, pois o belo não é só aquilo que está na moda. É bom lembrar-nos que a simplicidade é a atitude dos espíritos superiores, aqueles que já estão despidos dos defeitos mais grosseiros.

Perdão e Mágoa: A mágoa é um dos mais destrutivos venenos espirituais, trazendo prejuízos incalculáveis ao ser. Jesus colocou uma grande ênfase ao perdão das ofensas, porque ele sabia que só assim poderemos evitar sofrimentos profundos, para nós e os nossos companheiros de vida. E só se perdoa de verdade quando esquecemos emocionalmente as ofensas recebidas, não relembrando mais os sentimentos negativos que aquele ato gerou. Esta atitude é indispensável para a nossa saúde mental, espiritual e física.

Indulgência e Maledicência: A pessoa indulgente é aquela que é tolerante e compreensiva para com os defeitos alheios. Não comenta levianamente os erros dos outros, e sempre procura realçar o melhor lado das pessoas. Quando fala de um defeito ou erro alheio, é sempre com caridade e benevolência e com objetivo de aprender ou ensinar.
Lembre ao público o que disse Jesus: “Com a medida que medirdes, vos medirão também” (Mateus, 7; vers. 2), para que compreendamos que se falarmos mal de alguém, não poderemos reclamar quando outros agirem da mesma forma conosco.

Mansidão e Brutalidade: Jesus ensinou que precisamos ser como ele, que foi manso e humilde de coração. E ser manso é ser afável para com o próximo, evitando o máximo a destemperança e a violência, mesmo em situações adversas. Nós que pretendemos ser espíritas temos a obrigação de cultivarmos a mansidão, pois ela é filha da racionalidade, viga mestra da Fé Espírita.

Obediência e Revolta: A obediência aos desígnios da vida e às Leis de Deus é a condição primordial para evitarmos um sentimento comum, que é a revolta perante as mais variadas situações da vida. Ensinam-nos os espíritos evoluídos, que a melhor e mais rápida maneira de passarmos por um período ruim é aceitarmos a situação, e não reclamar dela, trabalhando incessantemente para melhorá-la. Revolta gera desequilíbrio e desequilíbrio gera mais dor e sofrimento.

Razão e Ignorância: A ignorância é a ausência de conhecimento e compreensão das coisas. E só iremos superar a ignorância que mora dentro de todos nós, exercitando o que Deus nos deu de mais valioso, que é a nossa inteligência. E ela deve ser usada a todo o momento para analisarmos tudo o que iremos falar ou fazer, para evitarmos o máximo os erros provenientes de nossa ignorância das situações vivenciadas por nós. A razão ou racionalidade é o exercício deste ato, que deve ser contínuo e diário. Só assim iremos aproveitar o máximo as oportunidades de aprendizado que esta atual reencarnação nos oferece.

Encerre dizendo que é desta forma que conseguiremos cumprir a nossa tarefa primordial aqui na Terra, que é a de sairmos desta vida mais evoluídos e sábios do que entramos.

Copyright by Grupo Espírita Apóstolo Paulo
Last revised: 27/01/2001