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Espiritismo e Sexualidade

Espiritismo e Sexualidade

Palestra Virtual
Promovida pelo IRC-Espiritismo
http://www.irc-espiritismo.org.br

Palestrante: Pedro Vieira
Rio de Janeiro
03/03/2000

Organizadores da palestra:

Moderador: “jaja” (nick: ||Moderador||) “Médium digitador”: “Brab” (nick: Pedro_Vieira)

Oração Inicial:

<lflavio> Amigo Jesus, quanta alegria existe em nossos corações quando estamos buscando a sintonia do bem, para aprendermos mais sobre a vida, sobre a doutrina que nos enviaste. Por isto, Mestre, queremos te pedir tuas bênçãos sobre todos nós que estamos aqui dispostos a aprender, para que possamos reter os ensinos da noite. Abençoa e envolva em luz nosso irmão Pedro, encarregado do estudo da noite e felizes, contando sempre com o teu amparo, através dos amigos espirituais, damos por iniciado mais uma sessão de estudos no IRC-Espiritismo. Que assim seja!

Apresentação do Palestrante:

<Pedro_Vieira> Boa noite a todos. Meu nome é Pedro Vieira, sou trabalhador do Centro Espírita Cristófilos, em Botafogo, no Rio de Janeiro, e do Centro Espírita Léon Denis, pelo trabalho de operação do IRC-Espiritismo com o nick “Brab”. (t)

Considerações Iniciais do Palestrante:

<Pedro_Vieira> Hoje a nossa conversa se dará em torno do assunto “Espiritismo e Sexualidade”. O foco que iremos imprimir à palestra será o da busca da conscientização de como a sexualidade age sobre e é influenciada pelo espírito imortal.

Mas, afinal, o que significa “sexualidade”? Recorrendo ao Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, temos a seguinte definição: “sexualidade [De sexual + -i- + -dade] Substantivo feminino. 1. Qualidade de sexual. 2. O conjunto de fenômenos da vida sexual. 3. Sexo (3) [Sexo(3): Sensualidade, volúpia, lubricidade, sexualidade ]”

As definições que iremos destacar são as duas últimas. Quando falamos em sexualidade, estamos trabalhando com dois conceitos absolutamente distintos. O primeiro é o conceito do conhecimento dos fenômenos que regem a vida sexual do indivíduo. O segundo é o conceito de sensualidade.

Recorrendo mais uma vez ao Dicionário Aurélio, temos a definição de sensual: “sensual [Do latim sensuale]. Adjetivo, 2 gêneros. 1. Respeitante aos sentidos. 2. Que denota sensualidade (…) 3. Lúbrico, voluptoso, lascivo (…)”

Referindo-se à definição do conhecimento da própria natureza sexual, logicamente de uma maneira saudável, os Espíritos responderam a Allan Kardec várias questões em “O Livro dos Espíritos”, das quais selecionamos duas:

Questão 200 – Têm sexos os Espíritos? Resposta: “Não como o entendeis, pois que os sexos dependem da organização. Há entre eles amor e simpatia, mas baseados na concordância dos sentimentos.”

Questão 822 a): “(…) Os sexos, além disso, só existem na organização física. (…)”

Como pode-se perceber claramente, o conhecimento da sexualidade do ponto de vista espiritual traz ao ser humano mais auto-conhecimento. Nesse sentido, é estimulado – e até considerado muito importante – pelos Espíritos. No entanto, por outro lado, temos a “sexualidade” entendida como sensualidade. A respeito disso temos a citação abaixo de “O Livro dos Espíritos”, Introdução VI: “Ensinam-nos que o egoísmo, o orgulho, a sensualidade são paixões que nos aproximam da natureza animal, prendendo-nos à matéria (…)”, quando faz Kardec um resumo dos ensinamentos dos Espíritos. Por essa passagem, podemos entender que quando a “sexualidade” é entendida – e vivida – como um apego excessivo as “sensações” materiais, ela é considerada uma “paixão” ou um “vício”, que “aproxima o espírito do animal”

Quando falamos de Espiritismo, falamos do estudo dos processos pelos quais somos nós, espíritos imortais, submetidos pela força das Leis de Deus. Entender como esse processo de vinculação se dá a partir de práticas cotidianas é a chave para que entendamos a necessidade de alterarmos o nosso pensamento e nossas ações no sentido da liberdade e não da escravidão.

Jesus, há 2000 anos atrás, no Sermão do Monte, segundo o Evangelista Mateus (Capítulo 5, versículos 27 e 28): “Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. Eu, porém, vos digo que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela.” Inaugurava a Era do Espírito. Quando Jesus referiu-se a vários pontos da Lei Mosaica e complementou-os, mostrando a todos a força definitiva do pensamento além da ação, ele falava do espírito. Ora, o pensamento não cessa, não morre com a carne. Portanto, se o pensamento está vinculado à matéria, o espírito assim também o estará, sofrendo disso todas as conseqüências. Parece-nos bastante simples.

O grande desafio do Espírita é, portanto, compreender e agir no sentido de libertar seu pensamento das sensações materiais, alçando vôos mais altos em direção à sua essência, que independe da matéria. Em tudo na vida, não culpar, mas corrigir, não desistir, mas compreender que o erro é um passo às vezes ao acerto. Com esse entendimento sem tabus do sexo como processo divino, iremos fazer de nós certamente espíritos melhores.

Aguardamos dos amigos perguntas que nos permitam estudar juntos sobre dúvidas da humanidade, relacionadas ao sexo, aos processos espirituais e mediúnicos da sensualidade, à instituição do casamento, poligamia, processos espirituais de seres ligados ao sensualismo exacerbado, etc. Fiquem à vontade para ajudar em nosso estudo da noite. (t)

Perguntas/Respostas:

<||Moderador||> [01] <Caminheiro> Ao falar-se em Espiritismo e Sexualidade, nos vem à mente a seguinte questão: os espíritos desencarnados mantêm vida sexual ativa?

<Pedro_Vieira> Como foi citado de “O Livro dos Espíritos” na introdução da palestra, copiamos novamente:

200) Têm sexos os espíritos? Resposta: “Não como o entendeis, pois que os sexos dependem da organização. Há entre eles amor e simpatia, mas baseados na concordância dos sentimentos.”

No entanto, em “A Gênese”, Capítulo XIV, item 4, quando Kardec trata dos Fluidos Espirituais, lemos: “É assim, por exemplo, que um Espírito se faz visível a um encarnado que possua a vista psíquica, sob as aparências que tinha quando vivo na época em que o segundo o conheceu, embora haja ele tido, depois dessa época, muitas encarnações.”

Continuando, lê-se: “Não quer isso dizer que haja conservado essas aparências, certo que não, porquanto, como Espírito, ele não é coxo, nem maneta, nem zarolho, nem decapitado; o que se dá é que, retrocedendo o seu pensamento à época em que tinha tais defeitos (…) seu perispírito lhes toma instantaneamente as aparências, que deixam de existir logo que o mesmo pensamento cessa de agir naquele sentido.”

Sob esse aspecto, portanto, podemos dizer que os espíritos desencarnados que mantém-se em pensamento nas funções sexuais que são, na verdade, constituintes de sua organização física – e que não precisam existir enquanto Espírito – realmente plasmam esses órgãos e essa organização em seu corpo espiritual e podem sim, por meio da ação do pensamento modificando esses fluidos espirituais, manterem “relações sexuais”. Cabe, no entanto, ressaltar que espíritos dessa inferioridade normalmente necessitam “compartilhar” com os encarnados fluidos ainda mais pesados, razão pela qual estabelecem com pessoas encarnadas de pensamentos igualmente transviados obsessões simples, compartilhando-lhes os sentimentos, para se reportarem ao prazer que não mais podem possuir – o da sensação física. (t)

<||Moderador||> [02] <lflavio_palestra> Como muitas pessoas tem que o sexo é pecado, errado, como explicar melhor a questão da força sexual, nas casas espíritas?

<Pedro_Vieira> A Casa Espírita, como órgão primeiro responsável pela divulgação do Espiritismo, deve primar pela educação do espírito. Sendo assim, deve informar ao freqüentador de suas potencialidades espirituais, das origens dos problemas que enfrenta, muito além do psicológico, no ser espiritual e procurar fazer com que esse freqüentador sinta a necessidade de melhorar-se nos pontos que vê que age incorretamente. Sem culpas que o prendam. É necessário conscientizar, mas que a conscientização, meus amigos, não esbarre em uma palavra que gerará remorso ou culpa, que têm efeitos contrários.

A abordagem que o Espiritismo dá ao sexo é exatamente essa: a do sexo como mecanismo de troca não só fluídica, energética, mas como uma concretização de uma relação profunda entre dois espíritos. E que a escolha de fazer dessa relação algo positivo, duradouro, útil e bom é do espírito que a vive e de ninguém mais. O peso da responsabilidade com a força da liberdade é aquilo que faz do Espiritismo uma filosofia, muito mais do que uma seita religiosa dogmática. (t)

<||Moderador||> Duas perguntas correlatas: [03] <Caminheiro> Se nada acontece por acaso, como aprendemos na doutrina espírita, por que ocorre de certas pessoas nascerem com tendência homossexual? [04] <AZOTH> O homossexualismo pode ser tomado como uma problemática no campo sexual? Como a doutrina espírita enfoca a postura sexual dos homossexuais?

<Pedro_Vieira> No livro “Vida e Sexo” do espírito Emmanuel, psicografado por Chico Xavier, o homossexualismo “não encontra explicação fundamental nos estudos psicológicos que tratam do assunto em bases materialistas, mas é perfeitamente compreensível à luz da Reencarnação” (Página 89) [ esta citação foi retirada da palestra virtual proferida pelo Dr. Américo Domingos em 1997] A “tendência homossexual” e o “homossexualismo” são duas coisas bastante diferentes. Pelo menos representam uma mesma problemática, só que em níveis distintos. Quando um indivíduo sente em si uma “tendência homossexual”, ou seja, atração de ordem sexual – ou mesmo afetiva – por outro indivíduo do mesmo sexo, acontece um processo interessante a nível espiritual. A psicoterapia trata essa “tendência homossexual” como “transtorno de identidade sexual”, segundo a Dra. Carmita H.N. Abdo – médica psiquiatra, psicoterapeuta, professora do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP e coordenadora do Projeto Sexualidade do Hospital das Clínicas.

O Espiritismo nos diz, no entanto, que essa “confusão de identidade sexual” guarda, como nos diz Emmanuel, sua raiz na reencarnação. Por quê? Porque o indivíduo espiritual é aquilo que ele pensa. Quando se mantém ligado mentalmente a uma organização física tem uma dificuldade IMENSA de utilizar outro corpo carnal sem que essa ligação mental seja desfeita. O que isso significa? Um indivíduo que encarne como homem e, nessa encarnação, ligue-se doentiamente ao sexo, em disfunções e abusos que deixem sua mente entorpecida como objeto-corpo-feminino. Certamente em uma encarnação futura essa ligação mental não estará desfeita. E é por isso que, encarnando num corpo feminino, sentirá tendências que superarão a formação hormonal e física do corpo, porque está enraizada no seu espírito.

Assim a Reencarnação – e o Espiritismo – falam da homossexualidade. O homossexualismo, mais do que isso, é a utilização da homossexualidade em atitudes sexuais. Na realidade, convém que, em foro íntimo, cada qual se pergunte independente da orientação sexual, se está fazendo do sexo algo útil, bom, proveitoso, santo. Se o amor impera sempre ou são os impulsos. Essas respostas trarão à pessoa a conclusão sobre que tipo de processo está sofrendo, e que nível de ligação mental – e comprometimento espiritual – está tendo perante a vida. Eis tudo. (t)

<||Moderador||> [05] <Caminheiro> Como tratar o tema “masturbação” no grupo de adolescentes da casa espírita?

<Pedro_Vieira> Normalmente o tema é tratado em grupo de meninos, mas é possível também tratá-lo em grupo de meninas. Isso porque a masturbação masculina é não só mais aceita como mais ativa durante a puberdade. Temos uma proposta de tratamento da questão:

Leve argila ou massa ao seu Centro Espírita e peça aos jovens adolescentes que esculpem o bumbum mais redondo e bonito que conseguirem. Instigue a criatividade sexual deles nesse trabalho artístico. Deixe que eles trabalhem bem sobre a obra de arte. Faça dois exercícios. O primeiro: retire do bumbum de um adolescente esculpido um pedaço da massa. E pergunte a ele como ficou. Ele certamente não gostará. “Meu amigo, você sabe que não existem bumbuns sozinhos no mundo. Eles pertencem a pessoas. Se eu tirei a massa do seu, poderia muito bem ter colocado novamente.

Quer dizer então que você está julgando, se excitando e toda essa cena por causa de um pedaço de massa mole – gordura – colocada aqui ou ali, que pode ser modificada por qualquer cirurgião plástico? Isso é racional?”. O segundo: peça para irem envelhecendo o bumbum deles e peçam para irem imaginando que ele pertence a uma pessoa que amam muito. Vão descrevendo o processo de envelhecimento e o sentimento em relação à pessoa. Vá conduzindo-os de modo a verem que o amor independe do sentimento físico, e que um bumbum não importa tanto assim. Leve-os a pensar sobre isso, e coloque a situação propositadamente ridícula do culto a um pedaço de gordura.

Não adianta muito falar do pensamento, da atração e dos processos espirituais que se desenrolam durante a masturbação. Adolescentes não funcionam normalmente com grandes reflexões. Ações mais imediatas e que os toquem à mente mais presente são preferíveis. Instigue-os à razão. (t)

<||Moderador||> [06] <mobsued> Qual seria o caminho prático de trocar essa má energia sexual que tanto vemos, por um equilíbrio espiritual?

<Pedro_Vieira> Virar para si mesmo e repetir com Jesus (JO 8:10-11) “E, endireitando-se Jesus, e não vendo ninguém mais do que mulher, disse-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais.” (t)

<||Moderador||> [07] <Caminheiro> Pode um espírito que viveu encarnado como homem apresentar-se com aparência de mulher num trabalho espiritual?

<Pedro_Vieira> Kardec nos responde isso em “A Gênese”, Capítulo XIV, item 4. Vejamos: “Se, pois, de uma vez ele foi negro e branco de outra, apresentar-se-á como branco ou negro, conforme a encarnação a que se refira a sua evocação e à que se transporte o seu pensamento.” No caso de a evocação do espírito ser feita em relação a uma encarnação em que foi mulher ou que o pensamento desse espírito se reporte a essa encarnação, por qualquer circunstância, ele se apresentará como seu pensamento estiver comandando os fluidos perispirituais. Há ainda outro caso de Espíritos Superiores que moldam sua aparência como querem. Por motivos que por vezes nos escapam podem tomar aparências femininas, mas somente com finalidades úteis. Mas normalmente as aparências que vemos são de encarnações do espírito, para as quais o pensamento “desliza” mais facilmente em espíritos de mediana evolução. (t)

<||Moderador||> [08] <|Tati||> A sexualidade exacerbada, como sabemos, nos aproxima da natureza animal. Como explicar o crescente aumento da sensualidade, da sexualidade, da supervalorização do corpo e da superexposição do mesmo? Estaríamos nós regredindo? Isto não parece contrário à lei natural da evolução?

<Pedro_Vieira> Desde o advento da psicanálise, com Sigmund Freud, o homem descobriu que entre os processos psicológicos havia uma interpenetração de fatores sexuais. Freud, entretanto, atribuía a esses fatores sexuais as CAUSAS dos processos psicopatológicos. No entanto o seu trabalho foi excepcional porque mostrou como o fator sexual pode entrar no homem manipulando-o a vontade para fazer dele um indivíduo melhor, pela psicoterapia.

No entanto, como todo conhecimento humano, é sempre bem e mal utilizado. A grande onda de sensualismo que a mídia nos impõe vem dessa manipulação. O interesse não é outro senão o de ganhar dinheiro e criar poços de poder e manipulações humanas por orgulho e vaidade. Utilizam-se, para isso, de pontos da fraqueza humana, que foram descobertos com finalidades terapêuticas para induzí-lo à prisão e à dependência psíquicas, infelizmente. Como fizeram com a pólvora – inventada para fins úteis – em guerras, fizeram dos conhecimentos da sexualidade nos mecanismos psicológicos de Freud máquinas de ganhar dinheiro e poder, usando manipulação e dependência.

Quanto à sensação de que está havendo uma “involução”, ela é irreal. O selvagem é “feliz”? A ignorância dos processos que o selvagem – e a humanidade pré-Freud – tinha lhe trazia uma certa “calma”, uma aparência de normalidade. Mas na realidade, não estava pronta para lidar com a própria sexualidade de maneira compreendida e livre. O que nunca havia sido levado em conta está em aberto agora, como a ferida daquele que está pronto para a medicina começa a ser tratada, sendo limpa e colocada em aberto. Não há involução, apenas estamos preparados hoje para trabalhar os pontos que ontem desconhecíamos que éramos carentes. Tudo vai ficar bem. (t)

<||Moderador||> [09] <Caminheiro> Qual a função da sexualidade na vida das pessoas? Uma vez entendendo-se sexualidade num sentido amplo, que determina inclusive o “modus vivendi” de cada um, por que não reencarnamos todos com o mesmo sexo?

<Pedro_Vieira> Vamos em “O Livro dos Espíritos”, na questão 696. Lemos na resposta dos Espíritos: “(…) O casamento constitui um dos primeiros atos de progresso nas sociedades humanas, porque estabelece a solidariedade fraterna e se observa entre todos os povos, se bem que em condições diversas.”

A dicotomia dos sexos é algo FUNDAMENTAL para o aprendizado em nosso nível evolutivo. Os Espíritos dizem que “o mundo material poderia deixar de existir”, porque o mundo espiritual é a única morada eterna e verdadeira, e o material é transitório. É um fato, mas para nós a encarnação é necessária. E na encarnação devemos desenvolver a solidariedade fraterna a partir do relacionamento com os nossos semelhantes. Vago demais? Sejamos mais específicos. O espírito se desenvolve do princípio inteligente, que não vê senão as finalidades materiais.

No processo de perfeição deve utilizar-se do ponto em que está – e com o que seus sentidos, ainda atrofiados , estão acostumados – que é a matéria – como ponte necessária ao aprendizado. Não conseguiríamos desenvolver o sentimento de amor sem que para nós fosse necessário um cenário material, como é o caso da dicotomia dos sexos. A necessidade fisiológica passa, gradualmente, a dar lugar à vontade do homem, ao seu controle. É assim que é feito com o espírito em aprendizado, e é essa a finalidade da dicotomia – o aprendizado na Terra. (t)

<||Moderador||> [10] <joao-30-sc> No atual estágio evolutivo dos homens (ser humano), pode-se dizer que o sexo é uma necessidade biológica? Se é, seria legítimo procurar sua satisfação ainda que fosse preciso recorrer a prostituição, por exemplo? Pode-se comparar a necessidade alimentar com a necessidade do sexo?

<Pedro_Vieira> Em “O Céu e o Inferno”, 1a. Parte, Capítulo VII, item “A carne é fraca”, lê-se: “(…) Hoje, está plenamente reconhecido pelos filósofos espiritualistas que os órgãos cerebrais correspondentes a diversas aptidões devem o seu desenvolvimento à atividade do espírito. Assim, esse desenvolvimento é um efeito e não uma causa. (…) A carne só é fraca porque o espírito é fraco, o que inverte a questão deixando àquele a responsabilidade de todos os seus atos. A carne, destituída de pensamento e vontade, não pode prevalecer jamais sobre o espírito, que é o ser pensante e de vontade própria.

O espírito é quem dá à carne as qualidades correspondentes ao seu instinto, tal como o artista que imprime à obra material o cunho do seu gênio. Libertado dos instintos da bestialidade, elabora um corpo que não é mais um tirano de sua aspiração, para espiritualidade do seu ser, e é quando o homem passa a comer para viver e não mais vive para comer. A responsabilidade moral dos atos da vida fica, portanto, intacta. (…)”

Para complementar a afirmação de Kardec, que é altamente esclarecedora Do livro “Vinha de Luz” escrito por Emmanuel (Espírito), pelo lápis de Francisco Cândido Xavier, na lição 10 (“Levantai os Olhos”) lemos:

“‘Eis que eu vos digo: Levantai os vossos olhos e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa.’ – Jesus. (Jo, 4:35)

O mundo está cheio de trabalhos ligados ao estômago.

A existência terrestre permanece transbordando emoções relativas ao sexo.

Ninguém contesta o fundamento sagrado de ambos, entretanto, não podemos estacionar numa ou noutra expressão.

Há que levantar os olhos e devassar zonas mais altas. É preciso cogitar da colheita de valores novos, atendendo ao nosso próprio celeiro.

Não se resume a vida a fenômenos de nutrição, nem simplesmente à continuidade da espécie.

Laborioso serviço de iluminação espiritual requisita o homem.

Valiosos conhecimentos reclamam-no a esferas superiores. (…)”

Acredito que as fontes bibliográficas transcritas aqui sejam a resposta que o amigo deseja. (t)

<||Moderador||> [11] <Caminheiro> Pode haver um bom propósito em se escolher uma vida de abstinência sexual perpétua, do ponto de vista espiritual?

<Pedro_Vieira> “Perpétua, do ponto de vista espiritual” não deve significar “para sempre, para o espírito”, porque isso é impossível. O espírito precisará, por mais que adote a abstinência sexual, que passar pelas experiências de formação familiar, aprendendo a fraternidade sob essa forma de amor, ainda ligado à dicotomia sexual. No entanto, sob o ponto de vista de uma única vida, sim, pode haver bom propósito. Vejamos alguns casos. Por exemplo, o espírito que se encontra em luta com a própria sexualidade, procurando não dar vazão a instintos que sabe errados, inúteis e nocivos, adota a abstinência sexual acompanhada do direcionamento de suas forças sexuais para outras áreas do amor, do serviço, do afeto e da caridade.

Pode ser que o espírito, por força da tarefa que desempenha (ex: Chico Xavier, Divaldo Pereira Franco, Mahatma Ghandi) deseje abrir mão de sua vida sexual por não comportar companheiras ao seu lado, evitando, assim, fazer do sexo uma obrigação irracional, sabem o que devem fazer e que o tempo não lhes permite adotarem a instituição família nessa vida. Enfim, há uma série de casos em que isso pode se aplicar, mas em todos eles, observe, há um direcionamento das forças sexuais para objetivos maiores, em prol dos outros. (t)

<||Moderador||> [12] <VCD> Por que e quando o sexo nos aproxima da natureza animal?

<Pedro_Vieira> Quando é feito de maneira “sensual”, ou seja, prima pelas “sensações” ao invés de pela finalidade, pelo amor e pela troca de afeto, companheirismo e carinho. Quando é relegado a plano material e esquecida a sua finalidade maior. Isso ocorre porque o espírito, como foi dito, posiciona seu pensamento na direção da ligação material. A satisfação dos desejos materiais é característica dos animais, que não possuem vida moral e cuja inteligência não passa além dessas mesmas necessidades. Daí a comparação. (t)

<||Moderador||> [13] <Caminheiro> Devido aos diferentes níveis em que se encontram os espíritos ao desencarnar, uma vez que sabemos que a vontade pode criar muito no mundo espiritual, pode-se admitir a existência de relações sexuais no mundo espiritual?

<Pedro_Vieira> Sim. Pode-se. (t)

<||Moderador||> Duas perguntas correlatas: [14] <Nikima_man> Homossexualismo é distúrbio espiritual ou orgânico, ou ainda misto? [15] <VCD> Mas e se o homossexual tem um relacionamento de amor a dois?

<Pedro_Vieira> Segundo o Dr. Américo Domingos, na palestra virtual que proferiu em 1997 sobre o tema “Sexualidade”: “o homossexualismo tem uma origem biológica, ocorrendo uma mutação genética verificada ainda no início da gravidez, chegando ao ponto do hipotálamo, nos homossexuais ser 2 a 4 vezes menor do que nos hetero. (…) O hipotálamo regula o apetite, a temperatura corporal e o comportamento sexual (pesquisa do biólogo e neurologista americano do Salk Lake Institute de La Jolla, na Califórnia Simon Le Vay (é o nome do cientista) Também na Califórnia, na Universidade um estudo revela que a parte do cérebro chamada de junta anterior é 34% maior nos homossexuais em relação aos heterossexuais. (…)

Outras pesquisas, agora no Canadá, na Universidade Mc Master, em Ontário revelam que a região do cérebro conhecida como corpo caloso é maior nos homossexuais (…)”. O Dr. Américo, como médico, responde melhor a essa questão biológica que eu, que tenho formação na área das ciências exatas.

Vemos com isso que o homossexualismo encontra também no corpo físico suas manifestações. No entanto, vimos que o corpo obedece aos impulsos do espírito, que possui, por assim dizer, um psiquismo sexual de gênero diferente do seu corpo material, por uma ligação mental passada fora do normal à área sexual. Portanto, o processo tem origem no espírito e é transmitido ao corpo físico, sob a forma de mutações, no processo de encarnação. A psicologia trata o homossexualismo também como um desvio, como foi dito anteriormente, segundo conceituada psiquiatra citada.

O Espiritismo, no entanto, vê além das aparências e das conseqüências físicas e psíquicas. Vê – e deseja encontrar e educar – o espírito imortal. Esse espírito que está em evolução como todos nós estamos, e que não tem sexo, como nenhum de nós tem. Sob esse aspecto é que deve ser enxergado o homossexualismo, como um processo que o espírito deve trabalhar para a sua evolução. Nunca de maneira discriminatória ou como uma ‘doença’. Como uma luta interior que se trava, como todos nós travamos, em busca da própria perfeição. Quanto ao amor, mais uma vez, é uma questão de foro íntimo, com a qual não podemos interferir. Cabe, somente, aos envolvidos levarem em consideração sempre a questão da ligação mental somente com as sensações materiais. Se elas existirem, o comprometimento espiritual está caminhando da maneira errada. (t)

<||Moderador||> [16] <Caminheiro> Como um espírito que tenha abusado do sexo durante sua reencarnação sacia seus desejos depois de desencarnado? Ficaria ele a obsidiar encarnados afins?

<Pedro_Vieira> Sim, o processo é esse. Estando privado das sensações físicas, deseja referir-se às suas próprias aurindo os fluidos daqueles que ainda as praticam. Com isso retornam às sensações que tiveram pela lembrança, como se ainda sentissem a satisfação a nível físico, que, no entanto, é um processo puramente ilusório, já que não tem mais corpo carnal. (t)

<||Moderador||> [17] <superego> Analisando as teorias psicológicas de Freud, por exemplo, podemos compreender, e isso comprovado por pesquisas sérias, que o desenvolvimento da sexualidade tem um papel muito importante no desenvolvimento de pessoas com distúrbios de diversas categorias. Como devemos pensar isso de acordo com a doutrina espírita?

<Pedro_Vieira> Falaremos um pouco sobre psicanálise. O professor Sigmund Freud, o pai da psicanálise, desenvolveu sua teoria que abordava a psiquê, cujo ponto central era é divisão da personalidade em três sistemas principais: o id, o ego e o superego. A transcrição a seguir foi feita do site especializado em Psicologia (Teoria Psicanalítica de Freud): http://users.linkexpress.com.br/mmm/psicologia/freud.htm

Segue o texto: “O id contém os instintos básicos do sexo e da agressão (também chamados instintos de vida e de morte). Seu conteúdo não está diretamente disponível à consciência. O id não pode tolerar aumentos dolorosos de tensão. (…) Conseqüentemente, se seu nível aumentar, seja por estímulos externos, seja por excitações produzidas internamente, ele procurará descarregar esta enorme tensão imediatamente, de maneira impulsiva e muitas vezes irracional. Este método impulsivo de redução-da-tensão, pelo qual o id opera, é chamado o princípio do prazer. (…) O superego tenta inibir os impulsos do id, especialmente os do sexo e da agressão, já que esses são aqueles cuja expressão é mais intensamente condenada pela sociedade. Tenta também convencer o ego a trocar metas realistas por moralistas. Com a formação do superego, o domínio sobre si mesmo substitui a direção dos pais ou externa.”

Analisando o indivíduo dessa forma, Freud limita-se à existência atual e às agressões promovidas no desenvolvimento desses três fatores psicológicos durante várias fases da infância e adolescência onde podem ocorrer agressões e/ou distúrbios que promovem um desenvolvimento anômalo que causa neuroses posteriores. É sobre o tratamento dessas neuroses a que a pergunta do amigo se refere. Na realidade, o processo de tratamento está intimamente ligado ao processo de conhecimento das causas que levam os processos psicopatológicos a ocorrerem. Por isso vamos fazer um paralelo com o Espiritismo.

O Espiritismo, no entanto, aborda a questão sob um ponto de vista mais amplo. Reconhecendo a validade e a legitimidade dos estudos da ciência acadêmica, mostra, no entanto, que por trás dos componentes psicológicos e psíquicos há um ser imortal, que arrasta, pela força do seu pensamento, encarnação após encarnação seus traumas, seus vícios, suas dores, seus preconceitos e suas carências, e que essas carências determinarão, na nova encarnação, um molde a todas as suas formas: física, psíquica e perispiritual.

O tratamento deve ser integral, ou seja, atingir todas as formas necessárias, mas não pode NUNCA prescindir de atingir o espírito, que é a fonte do pensamento e o foco irradiador de todos os problemas que se vêem em todos os outros níveis – e que se aproxima da teoria Freudiana na ação do que ele denominou “superego”, ou seja, a imposição da vontade sobre o instinto, do Espírito sobre a matéria.

É nesse sentido que o tratamento espírita deve se utilizar do conhecimento freudiano – complementando-o. Casos de ordem psicopatológicas devem ser acompanhados por profissionais capacitados a isso. O Espiritismo irá dando a força necessária ao espírito do auto-conhecimento, discernimento e paz para que possa fazer do reequilíbrio realmente uma CURA. (t)

<||Moderador||> [18] <Drummer> Como saber se estamos sendo obsidiados sexualmente?

<Pedro_Vieira> “O Livro dos Médiuns”, Capítulo XX, item 227: “(…) Se o médium é vicioso, em torno dele se vêm grupar os Espíritos inferiores, sempre prontos a tomar o lugar aos bons Espíritos evocados. As qualidades que, de preferência, atraem os bons Espíritos são: a bondade, a benevolência, a simplicidade do coração, o amor do próximo, o desprendimento das coisas materiais. Os defeitos que os afastam são: o orgulho, o egoísmo, a inveja, o ciúme, o ódio, a cupidez, a sensualidade e todas as paixões que escravizam o homem à matéria. (…)”

Para analisar a nossa situação de obsidiados ou não sexualmente, basta analisar as nossas atitudes cotidianas. Segundo o que nos dizem os Espíritos em “O Livro dos Médiuns”, as companhias espirituais que nos cercam serão de acordo com as nossas ações e pensamentos. Analisando os pensamentos, saberemos determinar exatamente quais são essas companhias. “Dize-me o que pensas e te direi com quem andas” (t)

<||Moderador||>[19] <Caminheiro> O que se pode considerar “certo” e/ou “errado” numa relação sexual, do ponto de vista espírita?

<Pedro Vieira> Certo = todo pensamento, ato, sugestão ou ação que vise a satisfação e a felicidade de ambos. Que tenha em si respeito, carinho, amor. Tudo aquilo que você não teria vergonha de falar a si mesmo no dia seguinte – nem à outra pessoa. Toda ação que não faça renegar a personalidade que compartilha contigo o ato sexual em prol simplesmente do seu corpo físico. Tudo aquilo que poderia ser feito acompanhado de um abraço carinhoso e meigo, de preocupação com aquele que se ama.

Errado = Tudo aquilo que não é certo. 🙂 (t)

<||Moderador||> [20] <Dejavu> O que é “sexo desregrado”? Há um limite fixo para esse conceito, ou varia de acordo com as culturas e as épocas?

<Pedro Vieira> Pergunta interessante. Como sabemos, o “aceitável” pela sociedade modifica-se ao longo do tempo. Para se ter uma idéia, na Grécia o homossexualismo era assunto natural e tratado de maneira plenamente aceita pela sociedade. Em Roma as grandes reuniões carnais grupais eram fato comum e feitos pelos grandes ditadores do Império, aceito pela sociedade como “regra”. Em várias culturas religiosas, as sacerdotizas que eram responsáveis por deuses que cultuavam o corpo por vezes participavam de rituais sexuais também plenamente não só aceitos, mas divinizados. Na Idade Média o sexo era visto como pecado pela Igreja. Sua prática devia ser sempre rápida e o mínimo de vezes possível somente para garantir o mínimo da procriação da espécie. Era considerado um ato sujo e do qual todos deveriam se envergonhar. Nessa época, o próprio sexo – independente da forma – era “desregrado”.

A própria cultura ocidental moderna assiste a uma crescente “quebra de tabus” do sexo, principalmente desde o início do século até os dias de hoje, quando começaram a assimilar as incursões de interesses externos baseados no conhecimento trazido pelo Prof. Sigmund Freud para a manipulação da psiquê humana, ao invés do tratamento sadio proposto pelo Prof. Freud.

Portanto, o conceito de “desregrado”, ou seja, “fora da regra social” é mutável sim, e bastante, de acordo com a cultura, com a sociedade, com o tempo e com os Espíritos que constituem determinada comunidade. No entanto, convém ressaltar que, de acordo com a resposta à questão de número 19, o conceito CONSCIENCIAL de “certo” e “errado” é invariável com o tempo. Se tivesse sido observado em todos os tempos o conceito de respeito, amor, compreensão e empatia a evolução do homem em relação ao conhecimento da própria sexualidade teria sido incrivelmente mais rápida, lisa e satisfatória, impulsionando, quem sabe, o conhecimento de si mesmo. (t)

<||Moderador||>Duas perguntas correlatas: [21] <Drummer> Então o sexo deve ser feito unicamente para procriação! Então onde fica o desejo? Homem e mulher não só fazem sexo para procriar! É sabido que o homem precisa de sexo como precisa de alimentação! [22] <Dejavu> Se a função do sexo para o ser humano não é apenas para reprodução, mas também para troca afetiva, a sua repressão representaria um desequilíbrio para o ser?

<Pedro Vieira> Referenciaremo-nos ao livro “Evolução em Dois Mundos”, escrito pelo Espírito André Luiz, psicografado por Francisco Cândido Xavier, Parte I, Capítulo 18, página 144: “(…) Isto ocorre porque o Instinto Sexual não é apenas agente de reprodução entre as formas superiores, mas, acima de tudo, é o reconstituinte das forças espirituais, pelo qual as criaturas encarnadas ou desencarnadas se alimentam mutuamente, na permuta de raios psíquico-magnéticos que lhes são necessários ao progresso”

A partir da informação que nos trouxe o Espírito André Luiz, e das constatações da psicologia, sabemos que o sexo não é somente um mecanismo para procriação. Deve ser um instrumento de renovação de energias, pela doação respeitosa e recepção consciente da intimidade, do carinho, do amor.

No entanto, dizer que “o homem precisa de sexo como precisa de alimentação” é uma banalização desse sentimento, atribuindo a ele somente uma significação fisiológica. O Espiritismo nos diz que o sexo não é uma função fisiológica somente, mas que somente se manifesta no corpo carnal dessa forma, sendo um conjunto de atribuições do espírito.

A respeito disso, recorreremos novamente ao livro “Evolução em Dois Mundos”, Parte I, Capítulo 18, página 146, onde lemos: “(…) O sexo reside na mente, a expressar-se no corpo espiritual, e conseqüentemente no corpo físico, por santuário criativo de nosso amor perante a vida, e, em razão disso, ninguém escarnecerá dele, desarmonizando-lhe as forças, sem escamecer e desarmonizar a si mesmo.” (André Luiz)

Portanto, a banalização e o tratamento animalizado do sexo como uma “necessidade fisiológica” deve ser substituído – com urgência – pelo conhecimento do processo como um processo da mente, e verificado até que ponto a conceituação de “necessidade fisiológica” está compatível com a necessidade do Espírito de praticá-lo. É possível que espíritos não o pratiquem sem que com isso sintam-se diminuídos nem com alguma necessidade não satisfeita. Com isso entramos na segunda pergunta.

A “repressão” certamente é muito ruim para o espírito, no entanto a “liberação a nível físico” simplesmente pode lhe ser ainda pior – com conseqüências para si e para os outros idem. Se o espírito sente a necessidade do sexo e precisa lançar mão de alguma auto-repressão é porque tem dentro de si alguma tendência que precisa analisar, porque não está tendo um correto conceito do sexo. Lembramos, enfim, que há espíritos que não lançam mão do sexo, sem, no entanto, necessitarem “reprimí-lo”, porque, por opção, direcionam suas energias sexuais para outras atividades de serviço e de bem, enquanto, conscientes, procuram harmonizar-se melhor para o cumprimento de suas tarefas. É uma atitude muito corajosa e madura, quando é feita essa constatação. (t)

<||Moderador||> [23] <Dodger> Gostaria de saber sobre a existência dos íncubus e súcubos.

<Pedro Vieira> Tais expressões não constam da codificação espírita. Desconheço seu significado. Desculpe. (t)

Considerações Finais do Palestrante:

<Pedro_Vieira> Amigos, estamos em época de carnaval. Vamos refletir bastante sobre o papel do sexo em nossas vidas. Na realidade, quando pensamos no ato sexual devemos estar prontos e completamente conscientes de que é um ato de extrema responsabilidade, amor, doação e carinho. Devemos abrir os nossos espíritos, despindo nossas almas num encontro de afeto muito mais do que despindo os nossos corpos físicos. E se algo de errado ocorreu em nosso passado, que a culpa não nos paralise os movimentos, porque não há condenação eterna, somente aprendizado em luta para a perfeição.

Meus queridos, amigos, tenhamos responsabilidade. Se não podemos ainda compreender e agir em cima das causas, pelo menos por amor ao nosso próximo, ajamos em cima das conseqüências do ato sexual. Nenhuma criança tem que responder pela volúpia exacerbada dos instintos sexuais de ninguém. Ajudem a todos nós – digam NÃO ao Aborto. Digam NÃO à exploração sexual infantil. Digam SIM ao sexo com responsabilidade. Porque só ele poderá fazer do homem mais do que um ser humano justo, um ser humano feliz. Deus abençoe sempre a todos. (t)

Oração Final:

<Dejavu> Vamos agradecer a todos espíritos benfeitores que nos auxiliaram nessa reunião, por meio de pensamentos intuitivos e energias renovadoras. Vamos agradecer ao Pai celestial, que tudo provê, por essa oportunidade de reflexão sobre tema tão pertinente a nosso momento evolutivo. Vamos pedir, enfim, que a sua luz e sua paz atinjam todos os corações! Que assim seja!