Irc-Espiritismo
Palestra
Virtual
Promovida pelo IRC-Espiritismo
http://www.irc-espiritismo.org.br
Tema: Nossos Filhos São Espíritos
Palestrante: Jair
Ferreira
Rio de Janeiro
26/07/2002
Irc-Espiritismo
Organizadores da Palestra:
Moderador: “Dinda e M_Alves” (nick: [Moderador])
“Médium digitador“: “Marcio Alves” (nick: Jair_Ferreira)
Oração Inicial:
<Moderador_> Senhor Jesus. Que a Tua paz possa nos inspirar na
noite de hoje, em que iremos mais uma vez buscar aprofundar os
nossos conhecimentos em torno da Doutrina Espírita.
Pedimos que ampare e inspire o nosso companheiro Jair e permita
que ele possa alcançar os objetivos que Tu traçou para a noite de
hoje.
Que possa ser assim em Teu Nome, mas acima de tudo em nome de
Deus, que iniciamos os estudos na noite de hoje. Graças a Deus.
(t)
Considerações Iniciais do Palestrante:
<Jair_ferreira> Agradeço a Deus pela enorme oportunidade que nos
foi concedida no dia de hoje.
Atualmente Coordeno a parte doutrinaria do Núcleo Cristão espírita
Consolador de Cordovil e também do Grupo Espírita Anália Franco e
AEFA, de Higienópolis.
Sou aposentado, porém com trabalho dobrado, pela dedicação a
família e a doutrina espírita.
Com a paz que somente o Cristo pode nos proporcionar iremos juntos
fazer muitas reflexões sobre o tema que sempre se torna atual
devido a sua grande abrangência, principalmente nos dias atuais:
“Nossos filhos são espíritos”. Sabedores da importância de assunto
de tão grande importância nos colocamos para troca muitas idéias.
Quando nascem as crianças, como seria bom se todos os pais
tivessem idéia da importância de saberem com antecipação que seus
filhos são espíritos. Muitos planejamentos seriam reformulados,
para serem alcançados os reais valores da vida. A prioridade
passaria a ser dos valores morais, psicológicos e de educação.
Quando se verifica que a maior importância se volta para valores
imediatistas e temporais, que até alguns são necessários, mas aos
quais não deveríamos nos escravizar. (t)
Perguntas/Respostas:
<[moderador]> [1] – <magnob> como fazer para ajudar nossos filhos
nas etapas difíceis da vida?
<Jair_Ferreira> Seria o diálogo constante com os familiares e a
busca de ajuda psicológica e da religião. (t)
<[moderador]> [2] – <Dinda> Podem os pais sentir-se totalmente
responsáveis pelas atitudes de seus rebentos?
<Jair_Ferreira> É uma missão sermos pais. Temos a responsabilidade
de acompanhar, orientar e dar o bom exemplo, principalmente nas
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idades primeiras da vida, quando a criança está mais sensível as
mudanças.
Após a adolescência, tendo-se feito tudo que podíamos de melhor,
tenhamos a nossa consciência tranqüila e com a certeza de que as
sementes boas eles estarão levando na sua caminhada. (t)
<[moderador]> [3] – <Issana> Os pais devem organizar um horário
semanal para “aulinhas” de evangelização, ou o momento do
evangelho no lar e a participação da escola de evangelização
espírita do Centro que a família freqüenta já são suficientes?
<Jair_Ferreira> No Centro Espírita torna-se importante pelo
cumprir de uma programação para melhor compreensão e também a
relação interpessoal com os amigos, melhorando assim a convivência
social.
No lar, tem-se que ter o cuidado com o tipo de literatura para que
as crianças alcancem o entendimento e não se esquecer que o
principal é o nosso exemplo como pais no dia a dia.
Não se devendo tornar o culto do evangelho no lar um tribunal como
tão bem nos diz Richard Simonetti, deve ser um momento de diálogo
edificante quando hoje devido as turbulências da vida, tão pouco
dialogamos em família, e o culto no lar cria este hábito salutar
do diálogo e da compreensão. (t)
<[moderador]> [4] – <_chama> tenho um sobrinho de 04 anos que
sempre relata a presença de uma pessoa ao lado dele, isso pode ser
imaginação ou realmente pode ter um espírito desencarnado ao lado
dele? Como lidar com uma situação dessa?
<Jair_Ferreira> As crianças normalmente tem seus amigos
invisíveis, que podem ser gerados pela sua imaginação, ou
realmente algum companheiro da espiritualidade. Porém isto não
deve assustar desde o momento que não esteja prejudicando a sua
vida escolar, social, caso contrário, deve-se procurar uma
evangelização onde envolvida pelos evangelizadores e os estudos
realizados estarão ambos sendo beneficiados durante o decorrer do
trabalho. Não esquecendo da importância do estudo do Evangelho no
lar, e a utilização da prece ao acordar e ao deitar-se, mantendo
uma vigilância também sobre os programas da mídia no geral, que
atualmente começa a despertar valores não muito equilibrados nas
crianças despreparadas. (t)
<[moderador]> [5] – <Anjinho-19>Como explicar uma pessoa que
reencarnou há alguns anos e volta à antiga colônia espiritual em
visita, para dizer que está esperando a sua amada no intuito de se
reencontrarem para cumprir a programação?
<Jair_Ferreira> Como vemos em Nosso Lar, ambos os espíritos tinham
méritos para que tal situação fosse possível. A ajuda da
espiritualidade nestes casos é essencial. Porém, não vamos achar
que isto é um fato que ocorre com normalmente com todos. Como
dissemos, é preciso mérito e ajuda espiritual especializada.
Assim, acreditamos que seja possível tal evento, como nos narra
André Luiz. Para entendermos melhor esta questão, é interessante
que estudemos mais sobre perispírito. (t)
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<[moderador]> [6] – <`FreeD0M`> Deve-se admitir o uso da força em
alguma circunstância com a criança para educa-la?
<Jair_Ferreira> Nunca. A única força é a moral. E muita energia
quando preciso, mas não esquecendo do amor. Não podemos criar
pessoas violentas, traumatizadas, não chegando às mesmas a
conscientização de mudança de hábitos para uma educação real. (t)
<[moderador]> [7] – <unlive> é providencia divina acatarmos toda a
injustiça social que vemos no nosso mundo?
<Jair_Ferreira> Quando compreendemos que somos espíritos e não
começamos no berço e não se termina no túmulo, e muitas situações
que vivemos transgredindo as leis naturais de Deus, no
prosseguimento da vida que por justiça e misericórdia, Deus nos
proporcionará um novo retorno através da reencarnação,
propiciando-nos as oportunidades de acertarmos o que foi mal
conduzido por nós mesmos. A reencarnação sendo educativa e muitas
das vezes não das formas que acreditamos fossem as mais agradáveis
nos colocam no lugar certo, e nas condições ideais para refazer a
melhoria da qual tanto reclamamos. (t)
<[moderador]> [8] – <cfeitosa> Ciente de que seu futuro filho é um
espírito, qual deve ser a postura de uma mãe no período da
gravidez?
<Jair_Ferreira> Dos pais. O melhor relacionamento como recepção
para a chegada desse ente querido.
Sabemos que os diálogos, o ambiente, a música, etc, já estão
envolvendo o espírito reencarnante. Podemos até dialogar com ele,
no sentido de ser muito querido e que estaremos juntos ajudandonos.
(t)
<[moderador]> [9] – <Anjinho-19> Como os pais devem agir diante de
um filho que veio para resgatar dividas com os mesmos, se
mostrando uma criança revoltada por respaldos de um antigo ódio?
<Jair_Ferreira> Com muito amor! Encontrando isso na vivência
diária, o auxílio da religião e bastante diálogo no momento em que
o filho estiver dormindo, já que quando acordado é mais rebelde.
Dizer-lhes coisas boas, os planejamentos bons do futuro, como o
ama, e com certeza, a melhoria irá ocorrendo aos poucos. (t)
<[moderador]> [10] – <magnob> quando uma filha tem magoas
profundas com a mãe, o que atribuir a isso se a mãe sempre
mostrou-se amorosa?
<Jair_Ferreira> Não podemos esquecer que somos espíritos imortais!
Hoje a mãe é boa, mas a filha ainda não superou os traumas do
passado encarnatório, precisando de muita compreensão, tolerância
e principalmente saber que ambas estão aqui para o crescimento dos
seus sentimentos. (t)
<[moderador]> [11] – <unlive> o deve ser feito quando os pais não
conseguem fazer o necessário para educar seus filhos?
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<Jair_Ferreira> Como dissemos no inicio, buscar ajuda
especializada, e o apoio da religião que poderá também mostrar o
sentido da vida. Nossos filhos não são iguais e como nos diz
Hermínio Miranda, não possuem manual de fabricação. Temos que
procurar compreender as individualidades e limites para
conseguirmos alcançar o êxito da educação. (t)
<[moderador]> [12] – <gizdeceracorderosa> o que dizer dos filhos
adotivos? <Anjinho-19> complementando a pergunta da amiga, os
filhos adotivos podem fazer parte de uma programação para resgatar
dividas?
<Jair_Ferreira> Com certeza. Temos que ter o cuidado de não
existir discriminações, se existirem também filhos consangüíneos.
Todos os filhos sejam eles naturais ou adotivos, devem ter os
mesmos direitos e deveres. Afinal, como já dissemos, são espíritos
imortais, com um passado, muitas vezes em comum ao nosso, e um
futuro a se construir.
Se não possuímos uma “obrigação”, com relação ao passado, temos a
obrigação como irmãos em humanidade em nos auxiliarmos uns aos
outros, começando ai uma ligação para no futuro continuarmos
unidos. (t)
<[moderador]> [13] – <_Stone_> Quais atividades um centro espírita
sério como o CELD, por exemplo, disponibiliza para o auxílio a
pais com dificuldades sérias de relacionamento com seus filhos?
<Jair_Ferreira> O Celd realiza as segundas-feiras o curso da
“Família na Visão espírita”, além do atendimento fraterno que se
realiza após as reuniões públicas. Nas casas espíritas que
colaboramos (GEAF, AEFA, NuCEC) temos o atendimento fraterno, que
acreditamos ser a atividade comum a todas as casas espíritas. (t)
<[moderador]> [14] – <unlive> E quando os filhos, ainda na
infância ou adolescência, sentem-se às donas da verdade e das
situações?
<Jair_Ferreira> É preciso estabelecer os limites. Assim como eles
querem ser respeitados, precisam entender que os pais são os
responsáveis por eles. Não devemos utilizar frases do tipo “quem
manda sou eu”, não chamar a atenção na frente de outras pessoas,
não gritar, ou seja, buscar sempre o diálogo, o amor e a
coerência, lembrando que nós somos os modelos de vida para eles.
(t)
<[moderador]> [15] – <_Stone_> Como um pai deve se portar diante
da esposa que privilegia claramente um filho em detrimento de um
outro? Proteger mais este outro para “compensar”? Buscar um
equilíbrio? O que fazer?
<Jair_Ferreira> Não adianta tentar tapar o sol com a peneira.
Temos que buscar o diálogo com todos os familiares presentes e
chegar a uma compreensão de que todos merecem o mesmo tratamento
numa família. Caso fique difícil, deve se buscar uma terapia
psicológica de família, para facilitar o entendimento. (t)
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<[moderador]> [16] – <cfeitosa> Que dizer dos pais, que por
entenderem a individualidade, ou por seguirem modernos psicólogos,
liberam seus filhos para o que der e vier?
<Jair_Ferreira> Toda liberdade requer uma responsabilidade. Todos
devem estar cientes que o que semear irá colher. Vivendo sob a
dependência dos pais, tem que haver uma interação de
comprometimentos mútuos, respeito, compreensão. Não fazer aos
outros o que não desejamos para nós mesmos. (t)
<[moderador]> [17] – <she35> como que eu faço pra despertar no meu
filho o sentido de que a vida não é um mero passeio?
<Jair_Ferreira> Despertando nele a responsabilidade de uma visão
futura, de que no futuro ele terá um trabalho, uma família e todas
estas obrigações que regem a nossa vida de encarnados. Conversar,
procurando buscar nele o que ele gostaria mais de fazer em termos
de realização profissional, sentimental. E lembramos que nestas
situações a evangelização espírita será muito proveitosa para ele.
(t)
<[moderador]> [18] – <Anjinho-19> Tendo em vista que algumas
crianças têm inteligência apurada e fora do comum, os pais devem
incentiva-las para que se aprimore esta capacidade?
<Jair_Ferreira> Deixar a vida seguir um rumo natural, como de
qualquer outra criança. (t)
<[moderador]> [19] – <_Stone_> Ainda sobre os filhos adotivos…
Qual o melhor momento, espiritualmente falando, em termos de
idade, para falarmos que a criança é adotada, em função de casos
que conhecemos de momentos seríssimos de revolta?
<Jair_Ferreira> Desde o inicio, progredindo da linguagem simbólica
até o momento de se falar de uma forma mais adulta. Nunca deixar
de falar e nem ter interrupções longas, mesmo que a criança deixe
de falar no assunto, sempre buscar conversar sobre a questão. O
ideal também é procurarmos manter este assunto dentro do núcleo
familiar. (t)
Considerações finais do palestrante:
<Jair_Ferreira> Com a certeza que a Doutrina Espírita nos dá que
já existíamos antes do berço e no presente estamos com a grande
oportunidade de juntos, ajudando-nos, trabalhando sublimando
sentimentos para já a construção da felicidade num futuro breve,
fortalecendo cada vez mais os laços universais da família. Que
possamos sempre ter nos momentos de dúvida o pensamento voltado
para Jesus, porque ele sempre será para todos nós o guia e modelo.
Muita paz e que possamos, fortalecidos pelo amor de Deus, ter a
certeza de que vale a pena sempre realizar o melhor que tivermos
dentro dos nossos recursos. Agradeço a oportunidade desses
momentos tão agradáveis e que possamos compartilhar outras vezes
dentro de enfoques tão significativos para as nossas vidas na
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visão espírita. Muita paz, abraços fraternais a todos, do irmão de
sempre, Jair. (t)
Oração Final:
<Dinda> Convido a todos para que juntos, elevemos nossos
corações
aos céus, em agradecimento pelo dia de hoje, pelas nossas
experiências vividas, pelo aprendizado constante, em especial,
pela oportunidade que aqui tivemos de participar de tão
brilhante
palestra proferida por nosso amigo Jair, certamente amparado
pela
espiritualidade maior que se fez e se faz presente em todos os
momentos de nossa existência. Que as sublimes vibrações do
Cosmos
possam chegar a todos aqueles que delas necessitam, preenchendo
os
lares de harmonia, tornando a convivência entre pais, filhos,
cônjuges cada vez melhor devido ao entendimento das Leis do
Cristo. Na certeza da presença do mestre nazareno em nossos
corações, encerramos assim esta noite com muita paz. Assim seja!
(t)