O Cooperador
Imagina-te à frente de um violino. Instrumento que
te espera sensibilidade e inteligência, atenção e carinho para vibrar contigo
na execução da melodia.
Se o tomas de arranco, é possível te caia das mãos, desafinando-se, quando
não seja perdendo alguma peça.
Se esquecido em algum recanto, é provável se transforme em ninho de insetos
que lhe dilapidarão a estrutura.
Se usado, a feição de martelo, fora da função a que se destina, talvez se
despedace.
Entretanto, guardado em lugar próprio e manejado na posição certa, como a
te escutar o coração e o cérebro, ei-lo que te responde com a sublimidade da
música.
Assim, igualmente na vida, é o companheiro de quem esperas apoio e colaboração.
*
Chame-se familiar ou companheiro, chefe ou subordinado, colega ou amigo,
se lhe buscas o auxílio, a golpes de azedume e brutalidade, é possível te escape
da área de ação, magoando-se ou perdendo o estímulo ao trabalho.
Se largado ao menosprezo, é provável se entregue a influências claramente
infelizes, capazes de lhe envenenarem a alma.
Se empregado por veículo de intriga ou maledicência, fora das funções edificantes
a que se dirige, talvez termine desajustado por longo tempo.
Mas, se conservado com respeito, no culto da amizade, e se mobilizado na
posição certa, como a te receber as melhores vibrações do coração e do cérebro,
ei-lo que te corresponde com a excelência e a oportunidade da colaboração segura,
em bases de amor que é, em tudo e em todos, o supremo tesouro da vida.
*
Pensemos nisso e concluiremos que é impossível encontrar cooperador eficiente
e digno, sem indulgência e compreensão.