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Bezerra de Menezes

Bezerra de Menezes

A inclusão de Adolfo Bezerra de Menezes entre os mais destacados espíritas do
século 20, ocorreu por extensão, uma vez que ele desencarnou no dia 11 de abril
de 1900, portanto, não tendo atuação no século que finda. Entretanto, ele é aqui
incluído por uma questão que merece exame.

Embora sua atuação tenha sido circunscrita de 1886 a 1900, portanto toda no
século 19, o nome de Bezerra de Menezes se incorporou de tal forma ao meio
doutrinário espírita que ele, embora Espírito, parece estar presente no cenário
humano.

Centenas de centros afirmam que ele é o seu “guia”. Dezenas de médiuns de
todo o País transmitem mensagem do mais variado sentido e estilo, atribuindo-as,
todavia, ao dr. Bezerra de Menezes. Milhares de pessoas são “devotas” dele,
invocando-o nos seus momentos de tristeza e dor.

Além disso, Bezerra de Menezes aparece como uma espécie de mentor do
movimento, dando conselhos e diretrizes, em extensão ao que lhe fora atribuído
quando encarnado como “O Allan Kardec brasileiro”.

Médico, político de expressão, tanto na Câmara dos Deputados como na Câmara
de Vereadores do Rio de Janeiro, onde ocupou o cargo de Prefeito, ele granjeou
simpatias pela sua expressiva caridade. De tal forma que foi alcunhado de “O
Médico dos Pobres”.

Bezerra aliou-se tardiamente ao Espiritismo. Fê-lo, todavia, com decidida
integração. Espírito conciliador, embora místico e roustainguista, procurou uma
unidade do movimento, em torno da Federação Espírita Brasileira, que presidiu.

Sobre o dr. Bezerra contam-se “lindos casos” e existem relatos interessantes
sobre sua atuação, como Espírito, em qualquer parte do País.

Tanto é esse fascínio que foi votado, como dissemos, como um dos mais
destacados espíritas do século 20, embora tenha vivido corporalmente no século
19. Como espírita encarnado neste século, pois, não há o que dizer. Mas suas
atuações como Espírito são de grande interesse.

Já em várias ocasiões assinalamos que existem “n” Bezerras. Quando se
comunica na FEB é roustainguista. Quando fala por Divaldo Franco tem uma
conotação extremamente paternal e dramática. Através de Chico Xavier é
kardecista radical. Que chega a desagradar os dirigentes da FEB.

Em uma famosa mensagem transmitida pelo médium Chico Xavier ele enfatizou:
“kardequizar é o lema de agora” e foi rejeitada pelo presidente Francisco
Thiesen, por contrariar o pensamento da FEB. De modo informal, chegou a por em
dúvida a autenticidade da mensagem, alegando que houve “problemas na filtragem
mediúnica”. A FEB jamais aceitou Kardec como o autor do Espiritismo, uma vez que
segue a diretriz do “anjo” Ismael, que afirmou: “a tarefa do Espiritismo é
pregar o evangelho” e se fundamenta nas teses de J.B. Roustaing sobre o Cristo
fluídico, a encarnação punitiva e a queda do Espírito, temas contrários ao
pensamento kardecista.

Além desses casos notórios, mensagens atribuídas a Bezerra primam pela
diversidade e até pelas contradições.

Nem mesmo Emmanuel, com sua profusão literária e propaganda, conseguiu tirar
o lugar de Bezerra no coração dos espíritas, pela sua ação caritativa e
fraternal. O carisma do “medico dos pobres” e do “Kardec brasileiro” venceu a
morte e Bezerra de Menezes continua sendo um grande líder, um guia amado,
respeitado e desejado por milhões de espíritas.

Por essas razões, embora não vivendo no século 20, o dr. Adolfo Bezerra de
Menezes é o único Espírito incluído, na pesquisa informal do Abertura, entre os
mais destacados espíritas e pesquisadores psíquicos deste século que termina.

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