Compromisso com a Fé
Qualquer compromisso que se assume impõe deveres que
devem ser atendidos, a fim de conseguir-se a desincumbência feliz.
Se te comprometes com a área da cultura sob qualquer aspecto, enfrentas programas
e horários, disciplina e atenção, para alcançares a meta pretendida.
Se buscas trabalho e desenvolvimento econômico, arrostas obrigações sucessivas,
obediência, ação constante, e através dessa conduta chegarás aos objetivos que
anelas.
Se te comprometes com a edificação da família, muitos imperativos se te fazem
indispensáveis atender, de forma que o lar se transforme em realidade feliz.
Se aceitas o compromisso social, tens que te submeter a inúmeras condições
inadiáveis, para atingires os efeitos ditosos.
Compromisso é vínculo de responsabilidade entre o indivíduo e o objetivo
buscado.
Ninguém se pode evadir, sem tombar na irresponsabilidade.
Medem-se a maturidade e a responsabilidade moral do ser através da maneira
como ele se desincumbe dos compromissos que assume.
O profissional liberal que enfrenta dificuldades, para o desempenho dos compromissos,
luta e afadiga-se para bem os atender, mantendo-se consciente e tranqüilo.
O operário que aceita o compromisso do trabalho, sejam quais forem as circunstâncias
e os desafios, permanece na atividade abraçada até sua conclusão.
Compromisso é luta; é desempenho de dever.
O prazer sempre decorre da honorabilidade com que cada qual se desincumbe
da ação.
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Em relação à fé religiosa, a questão é semelhante.
Quem se apresenta no campo espiritual buscando a ilunminação, não tem condição
de impor requisitos, mas, aceitá-los conforme são e devem ser seguidos.
Não se trata de um mercado de valores comezinhos, que devem ser leiloados
e postos para a disputa dos interesses subalternos.
O compromisso com a fé religiosa é de alta relevância, pois se trata de ensejar
a libertação do indivíduo, dos vícios e delitos a que se condicionou, e que
o atormentam.
São graves os quesitos da jé religiosa.
Mesmo em se tratando de preservar a liberdade do candidato à fé, ela não
modifica os programas que devem ser considerados e aplicados na transformação
moral íntima.
Estabelecida a dieta moral, o necessitado de diretriz esforça-se para aplicar,
incorporar as lições hauridas no seu cotidiano. Nenhuma modernidade altera as
leis da vida, que são imutáveis.
Desse modo, o compromisso com a fé não permite ao indivíduo adaptar a linha
direcional da doutrina que busca aos seus hábitos perniciosos e às suas debilidades
morais.
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O Espiritismo apóia-se moralmente nas lições de Jesus, sendo a sua, a mesma
moral vivida e ensinada pelo Mestre.
Adaptar essa moral às licenças atuais, aos escapismos éticos em moda, às
concessões sentimentais de cada um, constitui grave desconsideração ao excelente
conteúdo que viceja no pensamento espírita.
Indispensável que o compromisso com a fé espírita mantenha-se inalterado,
sem a incorporação dos modismos perniciosos e perturbadores do momento, assim
ensejando a transformação moral para melhor de todos quantos o aceitem em caráter
de elevação.
Somente assim, todo aquele que abrace a fé, que luz na Doutrina Espírita,
terá condições para vencer estes difíceis dias em paz de consciência, mesmo
que sob chuvas de incompreensões e desafios constantes do mal, dos vícios e
dos perturbadores.