O Assistido
O Assistido; Diante daqueles a quem socorres, não admitas que
a caridade seja prerrogativa unicamente de tua parte.
Enumera os bens que recolhes daqueles a quem amparas.
Habitualmente doamos aos companheiros necessitados algo do que nos sobra,
deles recebendo muito do que nos falta.
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É preciso não esquecer que da pessoa a quem assistimos obtemos benefícios
substanciais, como sejam:
a verificação de nossas próprias vantagens;
o conhecimento das responsabilidades que nos competem, à frente dos
outros;
o aviso salutar, com relação aos deveres que nos cabem, na preservação
dos bens da vida;
a paciência com os nossos obstáculos e males menores;
o ensinamento da provação com que somos defrontados;
a aquisição de experiência;
as vibrações de simpatia;
o auxílio que recebemos para sustentar mais amplo auxílio aos outros;
o consolo nos sofrimentos que, porventura, nos fustiguem;
o crédito moral que se registra, a nosso favor, na memória dos espíritos
encarnados e desencarnados que amparam a criatura em crises e empeços
maiores que os nossos.
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Serve a benefício dos semelhantes, tanto quanto possas e como possas, em
bases da consciência tranquila, sempre que encontres o próximo baldo de
equilíbrio, espoliado de esperança, sedento de paz ou cansado de angústia,
nas trilhas do cotidiano, porque a caridade é sempre maior nos dividendos
para aquele que dá. Por isso mesmo, temos no Evangelho do Senhor a
advertência inesquecível: “mais vale dar que receber.”