Prometer
“Prometendo-lhes liberdade,
sendo eles mesmos servos da
corrupção.”
(II Pedro, 2:19.)
É indispensável desconfiar de todas as promessas
de facilidades sobre o mundo.
Jesus, que podia abrir os mais vastos horizontes aos olhos assombrados da
criatura, prometeu-lhe a cruz sem a qual não poderia afastar-se da Terra
para colocar-se ao seu encontro.
Em toda parte, existem discípulos descuidados que aceitam o logro de
aventureiros inconscientes. É que ainda não aprenderam a lição viva do
trabalho próprio a que foram chamados para desenvolver atividade particular.
Os fazedores de revoluções e os donos de projetos absurdos estão a prometer
maravilhas. Mas, se são vítimas da ambição, servos de propósitos inferiores,
escravos de terríveis enganos, como poderão realizar para os outros a
liberdade ou a elevação de que se conservam distantes?
Não creias em salvadores que não demonstrem ações que confirmem a
salvação de si mesmos.
Deves saber que foste criado para gloriosa ascensão, mas que só é fácil
descer. Subir exige trabalho, paciência, perseverança, condições essenciais
para o encontro do amor e da sabedoria.
Se alguém te fala em valor das facilidades, não acredites; é possível que
o aventureiro esteja descendo. Mas quando te façam ver perspectivas
consoladoras, através do suor e do esforço pessoal, aceita os alvitres com
alegria. Aquele que compreende o tesouro oculto nos obstáculos, e dele se
vale para enriquecer a vida, está subindo e é digno de ser seguido.