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Socorro

Socorro

 

Noite escura.
Em local isolado, um rapaz de moto, errando na direção, precipitou-se nas
águas de enorme represa.
Alguns populares correram até à casa grande em que morava um negociante
que possuía, ali mesmo, um barco magnificamente equipado.
No entanto, ao pedido de socorro, ei-lo que responde secamente:
– Jovens de moto? Estou cansado… Gente louca não tem jeito…
Os amigos anônimos se voltaram no rumo de um pardieiro próximo, ocupado
unicamente por uma senhora paralítica.
A doente não vacilou.
Emprestou-lhes pequena lanterna, acesa a querosene.
Alguns instantes mais e o rapaz foi visto, boiando à longa distância.
Dois homens se atiraram às águas e trouxeram-no desmaiado para a terra.

O comerciante, porém, – aquele mesmo que se negara a cooperação,- viera
até a orla do lago, simplesmente para ver.
Mas, inclinando-se para o jovem que respirava, a salvo, no socorro
improvisado que recebia, começou a gritar em desespero:
– É meu filho!… Ah! meu filho, meu filho!…