Tamanho
do Texto

Paulo e Estevão

Você certamente já ouviu falar de Paulo e Estevão. Afinal, quem foram eles?

Paulo e Estevão viveram em uma época em que a Lei Mosaica pregava a rigidez e as proibições ao Evangelho do amor, difundido por Jesus Cristo. Com isso, os ensinamentos Dele não eram vistos com bons olhos porque o Evangelho confrontava a rigidez que era propagada pela “Lei de Talião” (que punia o indivíduo com a mesma intensidade do seu crime, ou seja, “olho por olho, dente por dente”), não existindo a possibilidade do perdão. 

E enquanto alguns perseguiam os cristãos (Saulo, que mais tarde se tornaria Paulo de Tarso), outros, como por exemplo, Estevão defendiam os ensinamentos de Cristo.

Crucificação de Jesus Cristo

Após a crucificação de Jesus, vários judeus se converteram ao Cristianismo. Entretanto, os sacerdotes e  membros do Sinédrio, assembleia de juízes judeus que constituía a corte e legislativo da antiga Israel, e que ordena que a Lei judaica existisse e cada cidade, temiam que  a propagação do conceito cristão provocasse a desestabilização no Judaísmo. 

Com isso, começou um movimento de perseguição aos cristãos, de início era realizado em sinagogas, depois em público, nas ruas e nas residências. Entre eles estava Estevão, considerado o primeiro mártir do cristianismo. 

Vieram então alguns da sinagoga chamada dos Libertos, dos Cirineus e Alexandrinos, dos da Cilícia e da Ásia, e puseram-se a discutir com Estêvão. Mas não podiam resistir à sabedoria e ao Espírito que o levavam a falar. Pelo que subornaram homens que atestassem: “ouvimo-lo pronunciar palavras blasfematórias contra Moisés e contra Deus.” Amotinaram assim o povo, os anciãos e os escribas e, chegando de improviso, arrebataram-no e levaram-no à presença do Sinédrio. Lá apresentaram falsas testemunhas que depuseram: “Esse homem não cessa de falar contra o Lugar Santo e contra a Lei. Ouvimo-lo dizer que Jesus Nazareno destruiria este Lugar e modificaria as tradições que Moisés nos legou”. Ora, todos os membros do Sinédrio estavam com os olhos fixos nele, e viram-lhe o rosto semelhante ao de um anjo. (Atos dos Apóstolos, 6.8-15)

Estevão, o primeiro mártir do Cristianismo

Estevão foi o nome adotado por Jeziel quando se converteu ao cristianismo. Judeu helenista de Coríntio, cidade dominado pelos romanos. Estevão era filho de Jocheadeb e irmão de Abigail, que viria a ser futura noiva de Saulo de Tarso. 

De acordo com a obra Paulo e Estevão, de Emmanuel, psicografia de Chico Xavier, desde jovem Estevão apreciou os ensinamentos de Isaías que anunciava a promessa vinda do Messias. E ainda, sua vida é marcada por sacrifícios e renúncias, a partir do momento em que ele rompe com as tradições do judaísmo.  Como foi dito acima, Estevão foi perseguido por defender os ensinamentos de Cristo, e entre os seus perseguidores está Saulo de Tarso que montou uma farsa contra ele (Estevão). 

Saulo de Tarso e a farsa contra Estevão

Saulo de Tarso, chegando de Jerusalém, vindo de Damasco, recebe informações a respeito de Estevão e o efeito que este provocava nas pessoas. Ele interpretava de maneira errônea as preleções de Estevão, considerando-o blasfemo. Certo dia, Saulo interpelou o expositor, através de uma maneira ríspida como tentativa de desacreditá-lo perante a assembleia. Estevão se manteve sereno e respondeu de maneira gentil e firme. 

A partir disso, destaca-se nas sinagogas, os debates religiosos entre Saulo (o orgulho fariseu) e o Estevão (humilde e iluminado cristão). Porém, inconformado com as proposições de Estevão, Saulo se deixando levar pelo orgulho, denunciou Estevão ao Sinédrio, onde montou um esquema de condenação. 

Estevão foi julgado e condenado à morte por apedrejamento. Ele se manteve firme até o final, quando entregou sua alma a Deus. Antes de emitir o último suspiro, Estevão perdoou Saulo e adentrou no mundo espiritual. 

Paulo de Tarso

Paulo de Tarso, por mais que não tenha convivido com Jesus, é considerado o maior de todos os apóstolos. Ele nasceu em Tarso, capital da Cilícia, recebendo o nome hebraico de Saulo.  Antes de se converter ao cristianismo, Saulo, como foi dito acima, se dedicou à perseguição dos primeiros discípulos de Jesus em Jerusalém. 

E após todas as perseguições, quando estava a caminho de Damasco, Saulo, viu uma luz ao seu redor e ouviu uma voz lhe dizer: 

Saulo, Saulo, porque me persegues?”

Ele perguntou: “Quem és tu, Senhor? e obteve como resposta:

“Eu sou Jesus a quem tu persegues, mas levanta-te e entra na cidade, e e dir-te-ão o que te é necessário fazer”

Saulo levantou e abriu os olhos e nada viu. Já em Damasco, foi levado ao discípulo Ananias, que colocou as mãos sobre Saulo e disse:

“Irmão Saulo, Jesus, que lhe apareceu, me enviou, para que você volta a enxergar e seja cheio do Espírito Santo.

Sendo assim, algo parecido com escamas caiu dos olhos de Saulo e ele recuperou sua visão.  A partir deste momento, ele começou a falar que Jesus era filho de Deus, e ainda, se uniu aos cristãos, passou a pregar o Evangelho, mudou suas atitudes e passou a ser chamado de Paulo de Tarso. 

Paulo de Tarso, o apóstolo dos gentios

Para completar, a partir deste ocorrido Paulo se tornou o “apóstolo dos gentios”, ou seja, o enviado para disseminar o Evangelho para o povo não judeu. Durante 16 anos, ele disseminou os ensinamentos de Cristo na Síria, Cilícia, Vale do Jordão e também foi perseguido por judeus que o consideravam um traidor. 

Para finalizar, Paulo de Tarso escreveu várias cartas e algumas delas foram publicadas no Novo Testamento, chamada de Epístolas Paulinas. Nessas cartas, Paulo de Tarso mostrou às comunidades e aos seus discípulos uma fé em Jesus, na sua morte e ressurreição. 

Quer saber mais sobre a história de Paulo e Estevão? Adquira o livro “Paulo e Estevão” de Emmanuel, psicografia de Chico Xavier, em: mundomaior.com.br

Saiba mais sobre a história de Paulo e Estevão no programa Dualidade