A Psicofonia
Palestra Virtual
Promovida pelo Canal #Espiritismo
http://www.irc-espiritismo.org.br
Palestrante: Flávio Boleiz Jr.
São Paulo
24/09/1999
Organizadores da palestra:
Moderador: “jaja” (nick: ||Moderador||) “Médium digitador”: “Caminheiro” (nick: Flavio_Boleiz_Jr)
Oração Inicial:
<||Moderador||> Senhor Jesus, mais uma vez aqui estamos pedindo a tua proteção para a nossa noite de estudos. Que possamos ser amparados por nossos amigos espirituais que, sabemos, já encontram conosco. Que, igualmente, o amparo possa se dar, em especial, para nosso amigo Flávio, que tem hoje a responsabilidade da condução da palestra. Que os fluidos de harmonia recaiam sobre ele neste momento. Esperamos, Mestre, que tudo possa sair conforme o programado por ti, para que tenhamos o melhor rendimento possível. Que em teu nome, amigo Jesus, em nome de Deus e dos bons espíritos, possamos iniciar nossa Palestra Virtual da noite de hoje. Que assim seja!
Apresentação do Palestrante:
<Flavio_Boleiz_Jr> Oi, pessoal! Sou o Caminheiro, operador do IRC-Espiritismo. Trabalho na Sociedade Espírita “Pequeninos de Jesus” no atendimento espiritual e na desobsessão, além de ser ali expositor. Sou ainda expositor no Pronto Socorro Espiritual “Pais e Filhos” em Osasco. Espírita ha uns 12 anos, tenho tentado aprender sempre um pouquinho de nossa tão estimulante Doutrina Espírita! (t)
Considerações Iniciais do Palestrante:
<Flavio_Boleiz_Jr> “O Evangelho Segundo o Espiritismo” nos ensina que “os médiuns são os intérpretes dos espíritos; suprem os órgãos materiais que faltam a estes para nos transmitirem suas instruções; por isso, são dotados de faculdades para esse efeito. Nestes tempos de renovação social, têm uma missão particular: são as árvores que devem dar o alimento espiritual aos seus irmãos; são multiplicados para que o alimento seja abundante; encontram-se por toda parte, em todos os países, em todas as classes da sociedade, entre os ricos e entre os pobres, entre os grandes e os pequenos, a fim de que não haja deserdados, e para provar aos homens que todos são chamados.”
Como variedade no que se nomeia “mediunidade”, encontramos a faculdade conferida aos médiuns falantes – como referia-se Kardec em “O Livro dos Médiuns” – a que chamamos “médiuns psicofônicos”. Pois bem, a psicofonia é a faculdade que permite aos espíritos, utilizando os órgãos vocais do encarnado, transmitirem a palavra audível a todos que presentes se encontrem (“Estudando a Mediunidade” – de Martins Peralva). Então, justamente sobre a psicofonia é que nós iremos conversar esta noite! (t)
Perguntas/Respostas:
<||Moderador||> Duas perguntas correlatas: [1] <homeover> Grande irmão, paz em Jesus! As manifestações psicofônicas, na sua maioria, podem se realizar em timbres de voz diferentes do timbre habitual do médium? [2] <homeover> Um espírito comunicante feminino (por exemplo), pode se fazer ouvir através do médium homem com o mesmo timbre de voz que possuía quando encarnado? É comum que isso aconteça?
<Flavio_Boleiz_Jr> Há, sim, a possibilidade de uma comunicação psicofônica ser realizada em timbre de voz diferente daquela do médium. Devemos nos lembrar de que há médiuns que alcançam um grau elevado de inconsciência que permite ao espírito comunicante maior domínio do veículo de voz de seu medianeiro. Nesses casos, a psicofonia dá-se da forma como o irmão perguntou na primeira questão, ou seja, em timbre de voz diferente. Entretanto, para que uma comunicação viesse a acontecer no exato timbre de voz do desencarnado, seria necessário exata similaridade entre o aparelho fonador do médium e o aparelho fonador do comunicante, quando ainda encarnado; pois sempre haverá interferência do corpo do medianeiro na comunicação que se verifica por meio da mediunidade. (t)
<||Moderador||> [3] <neeg21> Creio, Flávio, que é impossível o timbre perfeito do espírito comunicante, notadamente de espírito com voz de homem se comunicar através de uma voz feminina. Você concorda?
<Flavio_Boleiz_Jr> Concordo! Como disse na questão anterior, a similaridade entre os corpos do médium e o do desencarnado seria necessário para que isso ocorresse. (t)
<||Moderador||> Duas perguntas correlatas: [4] <Alfie> Que vantagens pode trazer a mudança do timbre de voz? [5] <neeg21> Não é de grande importância que o espírito comunicante possua o mesmo timbre de voz de quando encarnado. O importante é a comunicação, é a prova da sobrevivência da alma, é a mensagem de conforto transmitida, concorda, Flávio?
<Flavio_Boleiz_Jr> Vejamos o seguinte: Há mais de uma utilidade nas comunicações psicofônicas. Primeiro devemos destacar o caráter de auxílio aos espíritos necessitados de auxílio que utilizam-se desse meio para receber o devido auxílio. Em nossas casas espíritas, a maioria dos desencarnados necessitados do contato com o corpo físico para obtenção da consciência de sua realidade utilizam-se desse tipo de médiuns – o médium falante. Martins Peralva, em seu livro “Estudando a Mediunidade”; diz que a psicofonia pode ser também ser chamada de “Incorporação”.
Ele cita André Luiz em “Nos Domínios da Mediunidade”, para apoiar sua tese a esse respeito. Por sua vez, André Luiz nos ensina que o espírito comunicante “apóia-se sobre o corpo do médium. Debruça-se sobre ele como alguém que se debruça sobre uma janela, no momento de comunicar-se por meio da psicofonia”. Então, vemos que uma das utilidades primordiais da psicofonia é a possibilidade de contato com o mundo físico que é dada ao desencarnado de forma que perceba sua condição – muitas vezes ainda não percebida. Em segundo lugar, a psicofonia serve aos espíritos que desejam transmitir algum tipo de mensagem mais elevada ao mundo dos encarnados.
Nesses casos, o mais importante não é absolutamente o timbre de voz, mas o conteúdo e a fundamentação moral daquilo que eles – os desencarnados – nos trazem. Em terceiro lugar, há ainda a possibilidade de certos espíritos afinizados com o trabalho de cura, por exemplo, utilizarem-se da psicofonia aliada a mediunidade de cura (no mesmo médium), para realização desse tipo de trabalho. Claro que a semelhança entre o timbre de voz do desencarnado com aquela que escuta numa mensagem mediúnica pode ser importante para o convencimento de alguém quanto a autenticidade da comunicação, mas os espíritos superiores não se preocupam com isso! “Felizes os que crêem sem ter visto! Quantos são os que viram com seus próprios olhos e não creram!”(Jesus – o Nazareno) (t)
<||Moderador||> Três perguntas correlatas: [6] <neeg21> Podemos localizar, no corpo físico, qual a parte deste que atua mais diretamente na psicofonia, quero dizer, a parte do cérebro que recebe os impulsos para a comunicação através das cordas vocais do médium? [7] <homeover> O espírito comunicante, no fenômeno psicofônico, influencia diretamente a área cerebral responsável pela palavra falada? [8] <neeg21> Alguns afirmam que os espíritos não interferem através da mente e sim, diretamente, nos órgãos vocais, mas não encontro muita convicção nesta afirmação. Qual sua opinião?
<Flavio_Boleiz_Jr> Sabemos que a sintonia nas vibrações é o aspecto mais importante para realização de qualquer comunicação mediúnica. Aprendemos nos estudos das obras de André Luiz, que a epífise – que situa-se junto ao cérebro humano – é muito importante no contato que se estabelece entre encarnado e desencarnado para que ocorra qualquer fenômeno mediúnico. A forma como ocorre, pois, a comunicação psicofônica é a seguinte: havendo sintonia entre encarnado e desencarnado, este segundo – com o auxílio de espíritos elevados – passa a partilhar vibrações da glândula pineal, de forma a conseguir manipular a parte do corpo do médium necessária a sua comunicação.
No caso que aqui estudamos, a parte que passa a ser controlada é o aparelho fonador do médium. Mas esse controle passa – sem dúvida nenhuma – pela mente do médium. André luiz afirma de maneira categórica: “A mente permanece na base de todos os fenômenos mediúnicos”. (t)
<||Moderador||> [9] <neeg21> Qual o tipo de psicofonia mais fiel quanto à mensagem do espírito, a consciente ou a inconsciente?
<Flavio_Boleiz_Jr> Uma e outra podem ser igualmente fiéis ao espírito comunicante. O nível de consciência do médium não interferirá se ele estiver preparado, se mantiver os estudos em dia, se procurar manter o moral elevado! De outra forma, mesmo o médium mais inconsciente na face da Terra, sem aprimoramento mínimo no que tange a elevação moral e sem estudos, poderá ser tomado por uma quantidade de animismo em suas comunicações, que as coloque em xeque. O mais importante é sempre, então, o estudo e a elevação moral, no que diz respeito a fidedignidade das comunicações mediúnicas. (t)
<||Moderador||> [10] <homeover> Como se processa o fenômeno psicofônico quando o espírito comunicante se encontra condicionado a se expressar em línguas estrangeiras (para o médium)? O médium preparado consegue captar aquela idéia transmitida e traduzi-la automaticamente para seu próprio idioma?
<Flavio_Boleiz_Jr> Se o médium não conhecer o idioma em que o comunicante se manifesta, não terá como filtrar e traduzir a comunicação. Conhecemos um caso de um espírito oriental que se comunicava em seu idioma natal, por não conhecer o português. Esse espírito precisava de ajuda e vinha pedir essa ajuda por meio de um médium que se afinizava com ele, apesar de não falarem o mesmo idioma. Depois de algum tempo, aconteceu de uma pessoa presente aos trabalhos mediúnicos compreender o pedido do espírito – pois falava aquele idioma oriental. A partir daí o espírito foi atendido, encontrando seu caminho no mundo espiritual. (t)
<||Moderador||> [11] <neeg21> Podemos considerar a psicofonia como a comunicação dos espíritos mais direta, mais rápida, que sofre menos interferência, quer do médium, quer do meio em que se efetua?
<Flavio_Boleiz_Jr> Todo e qualquer tipo de manifestação mediúnica está sempre sujeita a interferência do médium, assim como do meio em que se efetua. Quanto a ser o meio mais rápido e mais direto, diria que é tão direto quanto qualquer outra forma de comunicação mediúnica. Quanto a rapidez, diríamos que é muito relativo, pois em alguns casos a mediunidade intuitiva pode se manifestar de forma mais rápida que a comunicação psicofônica. Diríamos que a psicofonia se encontra no “hall” de todas as mediunidade. Possui uma função importante na comunicação entre os planos espiritual e material, mas não é nem superior nem inferior a nenhum outro tipo de mediunidade. (t)
<||Moderador||> [12] <homeover> No caso de uma comunicação psicofônica, onde o espírito comunicante em perturbação queira se expressar com palavras ríspidas ou até mesmo de baixo calão, o médium, habitualmente, tem como oferecer resistência a esse desequilíbrio da expressão? Este consegue substituir palavras ofensivas por outras mais adequadas, que exprimam a mesma idéia?
<Flavio_Boleiz_Jr> Perfeitamente! O médium que busca seu aprimoramento moral e o estudo sistemático do Espíritismo e da mediunidade, ainda que inconsciente, filtrará sempre as comunicações mais “pesadas”, bloqueando palavras de baixo calão. Podemos dizer que um médium disciplinado não deixará que o espírito comunicante fale durante uma comunicação, com termos que ele – o médium – considere menores. (t)
<||Moderador||> [13] <neeg21> Dentre as comunicações mediúnicas, podemos afirmar que a psicofonia é bem mais antiga que a psicografia, já que esta última surgiu por volta de 1848 e a primeira já existia na idade antiga?
<Flavio_Boleiz_Jr> Vejamos que as manifestações mediúnicas sempre existiram em todas as épocas da história da Humanidade! Como o homem aprendeu a falar antes de aprender a escrever, podemos considerar – ainda que hipoteticamente – que a psicofonia tenha surgido antes que a psicografia! (t)
<||Moderador||> [14] <neeg21> Flávio, pode haver psicofonia anímica, isto é, o médium transmite a mensagem vocal mais de seu próprio espírito, falando talvez de uma existência anterior?
<Flavio_Boleiz_Jr> Pode sim! E acontece muitas vezes. Mas o médium disciplinado e aplicado em seus estudos aprenderá a filtrar, ou melhor dizendo, a separar o que é comunicação anímica do que não é. (t)
<||Moderador||> [15] <neeg21> Existe possibilidade de uma comunicação psicofônica de um espirito através de um médium mudo, isto é, que não tem as cordas vocais perfeitas?
<Flavio_Boleiz_Jr> Não. Para que aconteça comunicação psicofônica, o médium deve possuir o aparelho fonador em condições de falar. Da mesma forma, se um médium encontrar-se rouco por algum motivo, suas comunicações psicofônicas parecerão comunicações afônicas, ok? (t)
<||Moderador||> [16] <Ioio> Se a interação mediúnica se faz mente a mente, pelo pensamento, o médium registra o pensamento e “traduz” para sua língua? Por exemplo, Tagore/Divaldo?
<Flavio_Boleiz_Jr> Para que isso aconteça, é necessário que, de alguma forma, o espírito comunicante e o espírito do médium sejam capazes de se entenderem. Vejamos: se nesta presente encarnação do médium, ele não conhece o idioma do espírito comunicante; deverá tê-lo conhecido em encarnação anterior, de forma que com a memória que guarda em seu perispírito, possa decodificar o que o comunicante deseja lhe passar. Sempre que ocorra que o espírito comunicante se expresse em um determinado idioma, e a comunicação final se dê em idioma diferente, estará ocorrendo uma tradução! Temos a experiência de receber psicofonicamente orientações em idioma espanhol, que conhecemos. Então, filtramos o conteúdo e repassamo-lo em língua portuguesa, de forma que aqueles a quem se direcionam essas orientações possam compreendê-las. Ocorre aqui uma tradução, e essas orientações não teriam sentido se não pudessem ser traduzidas. (t)
<||Moderador||> [17] <Faith> Mas, pelo que posso experimentar, mesmo que o médium não conheça a língua na qual o espírito se expressa, ele é capaz de captar as sensações, estados vibratórios e até lembranças do espírito. Estou equivocada?
<Flavio_Boleiz_Jr> Isso pode ocorrer realmente, mas envolverá mais que simplesmente a mediunidade psicofônica. Lembremos de que a psicofonia é a faculdade que permite aos espíritos, utilizando os órgãos vocais do encarnado, transmitirem a palavra audível a todos que presentes se encontrem. Ocorre que muitos médiuns possuem mais que uma faculdade mediúnica! Assim, no momento da comunicação, essas múltiplas faculdades interagem, dando origem a comunicação em si. (t)
<||Moderador||> [18] <Ioio> Então é isso que pergunto: se o pensamento não tem idioma, todos os médiuns não deveriam poder se comunicar com os espíritos das diferentes nacionalidades?
<Flavio_Boleiz_Jr> Vale a resposta acima! (t)
<||Moderador||> [19] <Rosa_Azul> Até que ponto o médium pode sentir as dores que estão registradas no espírito? Por exemplo, se levou uma facada, fala, o médium sente a dor. Um orientador de trabalhos mediúnicos disse que isso não existe, que é coisa do médium.
<Flavio_Boleiz_Jr> Há uma variedade de mediunidade que se chama “Psicometria”. Por meio dela, pode um médium vir a sentir as mesmas sensações que esteja sentindo o espírito comunicante. Daí podemos concluir que um médium pode, sim, sentir a dor da facada que o espírito desencarnado levou. Mas a disciplina no estudo e no aprimoramento moral (olhem esses dois conceitos importantes aí de novo!) levarão o médium a libertar-se dessa sensação tão logo termine a comunicação mediúnica a ela afinizada. (t)
<||Moderador||> [20] <neeg21> Se desenvolve ou educa-se a psicofonia?
<Flavio_Boleiz_Jr> Desenvolve-se a psicofonia e educa-se também! Todos os tipos de mediunidade – ensina-nos “O Livro dos Médiuns” – podem ser desenvolvidos. Kardec nos convida mesmo a praticarmos, a treinarmos este e aquele tipo de comunicação mediúnica. Diz-nos o mestre Lionês, que somente assim poderemos ter certeza de que possuímos esta ou aquela faculdade. Então, alguém que seja médium psicógrafo – por exemplo – poderá “forçar” em si o desenvolvimento da psicofonia! isso pode acontecer por exemplo, se ele – o médium psicógrafo – se puser a falar, ao invés de escrever, a mensagem que esteja recebendo. Mas, mais importante que desenvolver algum tipo de mediunidade é educá-la! E educação da mediunidade passa necessariamente pelo aprimoramento moral do médium e pela aquisição do maior conhecimento possível a respeito do que seja a mediunidade. O bom médium é aquele que: vigia, ora, ama e instrui-se! (t)
<||Moderador||> [21] <neeg21> Num trabalho de educação mediúnica, sabemos que a psicofonia é muito utilizada. Pode-se usar este momento para consultas particulares?
<Flavio_Boleiz_Jr> Sim. Mas lembremos da orientação de Paulo de Tarso, que aqui caberá como uma luva: “Tudo posso, mas nem tudo me convém!” Ao buscarmos uma consulta particular com um espírito desencarnado, pesemos a utilidade dessa consulta! Pensemos no que essa consulta pode trazer realmente de bom para nós mesmos e para as demais pessoas que se encontrem presentes! Consultas com respeito a assuntos “menores” terão sempre respostas afins! (t)
<||Moderador||> Duas perguntas correlatas: [22] <jaja> Existe alguma diferença entre a psicofonia e a chamada “incorporação mediúnica”? [23] <Ioio> Como podemos perceber, a diferença entre a psicofonia e a intuição, ou incorporação?
<Flavio_Boleiz_Jr> Kardec nos ensina que há mediunidade intuitiva e mediunidade psicofônica. Trata-se de duas formas diferentes de se trazer a comunicação dos espíritos. A Obra Básica do Codificador, não utiliza em nenhum momento o termo “incorporação”. Entretanto, muitos autores utilizam, sim, esse termo, associando-o à psicofonia. Dentro de um Espiritismo aberto à universalidade que o mundo nos oferece, acreditamos que devamos aceitar o termo “incorporação” como uma das formas de designação para a psicofonia. (t)
<}|Moderador||> [24] <Ioio> Mas as sensações causadas no corpo físico do médium não são mais intensas do que a da psicofonia?
<Flavio_Boleiz_Jr> Veja bem, o que ocorre em qualquer tipo de comunicação mediúnica – como já falamos em questão anterior – é uma afinidade entre espírito comunicante e médium de tal monta que a mente de um e outro sintonizam-se, influenciando a glândula pineal do médium, de forma a acontecer a comunicação. Essa influência pode levar o médium – se ele julgar necessário – a levantar-se, caminhar, sentar-se, utilizar o corpo de outras formas que julgue conveniente. Seja como for, o que está ocorrendo é a impressão da vontade do comunicante no aparelho fonador do médium, levando isto a uma influenciação maior ou menor de sua vontade ao ponto de interferir em outros órgãos de seu corpo.
Mas se o médium não permitir essa influenciação, ou, melhor dizendo, se o médium não quiser, não acontecerá outras formas de movimentação paralelas à comunicação de voz propriamente dita. Por isso é que reafirmamos: a “popularmente” chamada “mediunidade de incorporação”, é a mesma mediunidade que denominamos “psicofonia”. (t)
Considerações Finais do Palestrante:
<Flavio_Boleiz_Jr> Pessoal: em maior ou menos grau, todos nós somos médiuns! Por isso, o que importa mais, acima de tudo, em qualquer que seja o tipo de mediunidade que venhamos a desenvolver é a elevação moral e a utilidade que dela se possa aproveitar! A psicofonia nos é muito útil no auxílio aos necessitados, por exemplo, nos trabalhos de desobsessão. Mas se mal utilizada, pode – sem sombras de dúvida – ser colocada a disposição de espíritos mal intencionados, com planos obscuros. O que norteará o caráter da mensagem psicofônica será sempre a elevação moral do médium. Por isso, mais uma vez: vigiemos, oremos, amemos e nos instruamos! Paz e harmonia! (t)
Oração Final:
<Ioio> Senhor Jesus, bom a amado Mestre, Te agradecemos, Senhor, por mais uma oportunidade de estudo neste canal tão querido por todos. E, por isso, te pedimos, Mestre Querido, que nos ampare nesta jornada que trilhamos junto ao Evangelho redivivo. Que nós possamos passar o que estudamos para nossos corações, que nós possamos te seguir, cada vez mais firmes do ideal do bem, do amor. Abençoa nosso querido amigo Caminheiro, que esteve conosco nesta noite tão agradável. E que seja em nome de Cairbar Schutel, mentor deste trabalho, de Allan Kardec, em teu nome, doce e meigo rabi da Galiléia, mas, sobretudo, em nome de Deus, nosso Pai de amor e bondade, que possamos dar por encerrado os estudos da noite de hoje. Que a paz continue em nossos corações, assim seja!