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Allan Kardec

Allan Kardec

Palestra Virtual
Promovida pelo IRC-Espiritismo
http://www.irc-espiritismo.org.br

Palestrante: Andréia Azevedo
Rio de Janeiro
12/10/2001

Organizadores da Palestra:

Moderador: “Deise” (nick: [Moderador])
“Médium digitador”: “Andréia Azevedo” (nick: Safiri)

Oração Inicial:

<[Moderador]> Senhor amado, é com muita alegria que nos reunimos nesta noite para aprendermos um pouco mais sobre a Doutrina Espírita e seu codificador agradecemos por essa oportunidade e abençoa-nos hoje e sempre. Assim Seja!

Apresentação do Palestrante:

<Safiri> Boa Noite Amigos. Que Deus nosso amado Pai, possa nos i-luminar nos trabalhos de hoje. Hoje vamos falar de alguém muito especial para todos nos. alguém que dedicou de seu tempo, sua vida a favor da humanidade, pesquisando os fenômenos mediúnicos ocorridos na Europa. O qual, mais tarde traria a luz a toda a treva, a paz diante de tantas tristezas e angustias; o porto seguro diante de tantas desilusões de um mundo tão materialista. Kardec nos trouxe então, O Consolador Prometido. Denizard Hippolyte-Léon Rivail, ou Allan Kardec, que, segundo lhe revelara seu guia espiritual, ele tivera ao tempo dos Druidas, nasceu em Lião – França, a 3 de outubro de 1804. Kardec era bacharel em ciências e letras. Conhecia a fundo e falava corretamente o alemão, o inglês, o italiano e o espanhol; conhecia também o holandês, e podia facilmente exprimir-se nesta língua. Um homem culto – um cientista, inteligente e cético. Fatores importantes para que o estudo ganhasse credibilidade e seriedade durante as pesquisas dos fenômenos que vinha ocorrendo nos Estados Unidos e Europa. Os fenômenos começaram a ocorrer em 1850, nos Estados Unidos através das Mesas Girantes – falantes, giratórias, rodantes ou dançantes. Esses fenômenos acabaram por desencadear o interesse de Kardec, o qual apos inúmeras pesquisas, se inicio o trabalho da codificação da doutrina, num processo longo através das obras básicas. Vamos então hoje, tentar mostrar um pouco mais sobre Allan Kardec e seu trabalho da divulgação da doutrina espírita. (t)

Perguntas/Respostas:

<[Moderador]> [1] <Naema> Você poderia falar como foi o desencarne dele? Ele se suicidou?

<Safiri> Allan Kardec morreu na idade de 65 anos, como dito, morreu na sua hora própria. Nosso querido Kardec foi sucumbindo da ruptura de um aneurisma. Em 31 de março de 1869. Com ele terminou o prólogo de uma religião vivaz, que, irradiando todos os dias, cedo terá iluminado toda a Humanidade. Como divulgador, e por isso conhecedor das verdades trazidas pelo Consolador Prometido nutria a vida com amor e dedicação ao seu trabalho o qual jamais faria passar por sua mente pensamentos sobre suicídio. (t)

<[Moderador]> [2] <reinaldo_> qual foi à influência de Pestalozzi na educação e formação de Kardec?

<Safiri> Pestalozzi teve grande influencia na formação de Kardec. Rivail Denizard fez em Lião os seus primeiros estudos e completou em seguida a sua bagagem escolar, em Yverdun (Suíça), com o célebre professor Pestalozzi. Kardec se tornou um dos mais eminentes discípulos, colaborador inteligente e dedicado. Aplicou-se, de todo o coração, à propaganda do sistema de educação que exerceu tão grande influência sobre a reforma dos estudos na França e na Ale-manha. Kardec pode dedicar-se aos métodos de Pestalozzi com muita eficiência. Kardec era bacharel em letras e em ciências o que facilitou muito. As raízes mais evidentes e ainda pouco relacionadas com Kardec saltam aos olhos em seu mestre, Pestalozzi e no mestre de Pestalozzi. Vemos, portanto, que Kardec, de discípulo de Pestalozzi, passou a mestre, tamanho era sua inteligência a qual usava com dedicação em seus estudos. A influencia de Pestalozzi então, na vida de Kardec, eu diria, se deu pelo pontapé inicial para que Kardec se desenvolvesse a cada dia nas tarefas de educação e auto-instrução. Ainda em 1824, Pestalozzi, já velho e esgotado, providenciava o fechamento do famoso instituto, em decorrência dos incontáveis sofrimentos morais por que passava. Kardec completara vinte anos. Mestre e discípulo se abraçam e se despedem. O jovem professor parte para Paris, França, levando na intimidade de sua alma, as lições inesquecíveis do grande educador, cuja influência moral jamais deixaria de inspirá-lo. (t)

<[Moderador]> [3] <Naema> – Como foi a ligação de Kardec com o processo das mesas girantes?

<Safiri> Foi em 1854 que Kardec ouviu pela primeira vez falar nas mesas girantes. Como Kardec era cético, disse que só acreditaria nisso vendo o fenômeno. Com suas palavras: “Eu acreditarei quando vir e quando me tiverem provado que uma mesa tem cérebro para pensar, nervos para sentir, e que se pode tornar sonâmbula. Até lá, permita-me que não veja nisso senão uma fá-bula para provocar o sono”. Eu particularmente, sempre achei muito interessante a postura de Kardec. Os cuidados que ele teve em apontar a veracidade dos fenômenos foi, em minha opinião, o que trouxe credibilidade aos trabalhos de pesquisas no campo mediúnico. Kardec, então, teve a oportunidade de ir ver esses fenômenos. Ele pode observar o fenômeno das mesas girantes, que saltavam e corriam, e isso em condições tais que a dúvida não era possível. Ele pôde também observar, nesse encontro feito com o objetivo do estudo das mesas girantes, alguns ensaios muito imperfeitos de escrita mediúnica em uma ardósia com o auxílio de uma cesta. Foi então nessas observações que se iniciou o processo de interes-se, a principio, cientifico do estudo dos fenômenos: “Minhas idéias estavam longe de se haver modificado, mas naquilo havia um fato que devia ter uma causa. Entrevi, sob essas aparentes futilidades e a espécie de divertimento que com esses fenômenos se fazia, alguma coisa de sério e como que a revelação de uma nova lei, que a mim mesmo prometi aprofundar”.(t)

<[Moderador]> [4] <reinaldo_> Qual era o objetivo de Kardec quando fundou a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas?

<Safiri> A Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas foi fundada a 1° de abril de 1858. Até então, as reuniões se realizavam em casa de Allan Kardec, à rua dos Mártires, com Mlle. E. Dufaux, como principal médium. O seu salão poderia conter de quinze a vinte pessoas. Cedo, aí reuniu ele mais de trinta. Tornando-se, então, esse local muito acanhado e não querendo onerar Allan Kardec com todos os encargos, alguns dos assistentes se propuseram formar uma sociedade espírita e alugar um outro local em que se efetuassem as reuniões. Mas era preciso, para se poderem reunir, obter o reconhecimento e a autorização da Polícia. Como observação de Kardec sobre os grupos: “Vale mais, portanto, haver em uma cidade cem grupos de dez a vinte adeptos, em que nenhum se arrogue a supremacia sobre os outros, do que uma única sociedade que a todos reunisse. Esse fracionamento em nada pode prejudicar a unidade dos princípios, desde que a bandeira é uma só e que todos se dirigem para um mesmo fim”. As sociedades numerosas têm sua razão de ser sob o ponto de vista da propaganda; mas, quanto aos estudos sérios e continuados, é preferível constituírem-se grupos íntimos. O objetivo, portanto, da sociedade, era de se ter um grupo em que pudessem efetuar e dar a continuidade de estudos sérios. Creio que como em nosso meio ate hoje, problemas em grupos grandes decorrem, como orgulho, vaidade etc E sabemos que, quando formamos grupos pequenos em que, todos têm o mesmo objetivo, o trabalho flui. Não foi diferente com Kardec, q teve os mesmos problemas, com certeza muitos maiores do que e passamos hoje, uma vez que a doutrina já esta bem difundida – principalmente aqui no Brasil. (t)

<[Moderador]> [5] <ltm> Como Kardec fazia para saber, quando uma mensagem psicografada recebida era verdade, de quando era falsa?

<Safiri> Kardec, trabalhava com duas médiuns, se não me engano, para o auxiliar nas indagações que ele fazia aos espíritos. Essas médiuns, nada conheciam sobre os fenômenos. Elas também, não falavam outro idioma. Então, Kardec, quando tinha duvidas, alternava essas médiuns sem que elas tivessem contato para que pudesse checar a veracidade das questões. Kardec, muitas vezes trazia consigo questões de que somente ele teria acesso. E em muitas ocasiões, os espíritos falavam através dessas médiuns, em outra língua que Kardec dominava, mas não as médiuns. (t)

Considerações finais do palestrante:

<Safiri> Kardec teve uma grandiosa e linda tarefa em sua encarnação. É através dele, de sua dedicação e estudo sério que podemos hoje receber para alívio de nossas dores e sofrimentos, para o conhecimento de nossas indagações de os “por quês” das coisas como acontecem em nossas vidas, O Consolador Prometido. É importante que para um melhor entendimento de tudo o que é a doutrina espírita, estudemos as obras básicas que Kardec codificou para nós nos 5 livros:

  • O Livro dos Espíritos
  • O Evangelho Segundo o Espiritismo
  • O Livro dos médiuns
  • O Céu e o Inferno
  • A Gênese

Que possamos então, nos inspirar em Kardec, e fazermos também nossa parte na continuidade desse lindo trabalho de divulgação da doutrina espírita. Obrigada a todos. Que Deus, nosso amado Pai, nos abençoe hoje e sempre. (t)

Oração Final

<[Moderador]> Vamos agora, por breves momentos colocarmo-nos em contato com nossos amigos espirituais agradecendo pelo dom precioso que recebemos a vida que ela possa ser preservada sempre em condições dignas e de respeito que possamos atravessar esses tempos confusos. Com muita fé e amor Com certeza o amparo não nos faltará. Assim seja! (t)