O Batismo
Textos a serem apresentados ao público através de cartaz ou lousa da casa
espírita:
Segmento A
“João batizou com água, convidando o povo ao arrependimento, eu porém vos
aconselho a crer em Jesus, que veio após ele.
E, pondo as mãos sobre as cabeças deles, começaram a falar em línguas e a
profetizarem”.
(Paulo – Atos, Capítulo 19, versículos 1 a 6)
Segmento B
“Em verdade eu vos batizo com água para o arrependimento, mas aquele que
vem após mim, é mais poderoso do que eu. Ele vos batizará com o Espírito Santo e
com fogo”.
(João Batista – Mateus, Capítulo 3, versículo 11)
1 – Batismo com água
2 – Batismo do Espírito Santo
3 – Batismo de fogo
Segmento C
BATISMO COM ÁGUA
“Em verdade eu vos batizo com água para o arrependimento”.
(João Batista – Mateus, Capítulo 3, versículo 11)
BATISMO DO ESPÍRITO SANTO
“Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo,
para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo”.
(Pedro – Atos, Capítulo 2, versículo 38)
BATISMO DE FOGO
“Ele será como o fogo de ourives e como o sabão do lavandeiro, e
assentar-se-á purificando a prata e o ouro”.
(Livro de Malaquias, Capítulo 3, versículo 23)
ESTRUTURAÇÃO DA PALESTRA
Composição: 3 segmentos.
Finalidade: Mostra que o batismo era um ato simbólico de conscientização, de
arrependimento e aceitação da doutrina cristã e que os batizados de crianças
foram criados pelos homens.
EXEMPLO DE COMENTÁRIOS
Segmento A:
“Queremos fazer um breve estudo sobre um assunto que tem sido tabu na vida
das criaturas humanas. Trata-se do batismo. A tradição religiosa fala que as
pessoas que não são batizadas, após sua morte não entram no Reino de Deus. Se
consultarmos as Escrituras Sagradas veremos que nunca se fez qualquer colocação
desta natureza. A maioria das idéias que hoje se tem do batismo foram criadas
pelas religiões tradicionais. O Espiritismo, que é uma doutrina investigativa,
vem nos ajudar a melhor compreender o batismo, situando-o no devido lugar e
dando-lhe a importância devida.
João Batista foi um missionário que antecedeu a Jesus Cristo e que teve a tarefa
de preparar o terreno da crença, para que o Mestre pudesse anunciar seu
Evangelho. Foi João quem deu início ao batismo na água. Para fazer parte da
seita fundada por ele, o adepto se deixava mergulhar nas águas de um rio; ato
este, que passou a ser conhecido como “batizado”.
No tempo de João não se batizavam crianças. O batismo de bebês foi criado pela
Igreja Católica, por causa de sua crença no pecado original que cada criatura
traria consigo ao nascer.
Na narrativa do livro Atos dos Apóstolos, citada aqui, podemos verificar nas
palavras de Paulo, o real significado do batismo feito pelo Batista:
“João batizava com água, convidando o povo ao arrependimento”.
A partir do momento em que o crente se batizava, ele procurava se conscientizar
dos seus erros, arrependendo-se de tudo o que de mal até então tivesse feito.
Não era, pois, o batismo que trazia a salvação, mas a conscientização e o
arrependimento. O batismo era um ato simbólico. Tanto isso é verdade que, neste
texto, Paulo aconselha uma conduta moral baseada em Jesus, em lugar da
preocupação com o batismo das águas”.
Segmento B:
“Compreendemos nessas palavras de João Batista a existência de três tipos de
batismo: o da água, o do Espírito Santo e o do fogo.
É ele próprio que apresenta um completo esclarecimento sobre o assunto.
Convidando o povo para batizar na água, afirmava que a finalidade do ato era o
arrependimento. Ele diz ainda que, após ele, viria um outro, Jesus Cristo, maior
que ele, que batizaria com o Espírito Santo e com fogo. Compreendemos assim, a
transitoriedade da missão do Batista e mesmo de suas práticas. Não há pois
motivos para crermos que o batizado seja um ato indispensável à salvação da
criatura humana”.
Segmento C:
“Falta compreendermos o que o Batista queria dizer com o batismo do Espírito
Santo e do fogo.
No batismo com água, encontramos o ato simbólico, onde, a partir dele, o adepto
procura a conscientização e o arrependimento.
Nas palavras de Pedro, narradas em Atos dos Apóstolos, vamos encontrar um
progresso. Além do arrependimento, aconselhado por João Batista, ele fala do
“dom do Espírito Santo”, que nada mais era do que a prática rudimentar da
mediunidade. Além da conscientização, os seguidores do cristianismo nascente
iriam receber em si, a obra do Espírito Divino.
O batismo de fogo pode ser interpretado no livro de Malaquias, quando este autor
do Velho Testamento falava de Jesus. O profeta informa-nos que a ação do Cristo
produziria a purificação das almas. Compara-o ao fogo que purifica o metal, até
chegar ao ouro puro e ao sabão do lavandeiro que retira a sujeira. O Evangelho
traria ensinamentos que nos libertariam da ignorância. Porém, sabemos que a
purificação também é sinônimo de dores e dificuldades. Hoje, o espírita sabe,
através dos ensinamentos dos Espíritos Superiores, que o sofrimento é
proveniente da ignorância do homem e dos resgates de débitos adquiridos em
outras encarnações.
É assim que a dor purifica o Espírito, uma verdadeira prova de fogo.
trazido ao mundo por Jesus”.