Conhece-te a ti mesmo
Grupo Espírita Apóstolo Paulo
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Acima, colocamos um exemplo de como a palestra pode ser apresentada em uma lousa. A seguir, os comentários que podem ser feitos a cada item em destaque.
Conhece-te a ti mesmo
Nesta palestra, deveremos mostrar ao público a necessidade de nos conhecermos para compreender os problemas que nos cercam.
Inicie dizendo que todos temos problemas, e que geralmente colocamos a culpa em quem convive conosco.
Ou é o marido que reclama que a esposa age friamente; ou a esposa, que diz que o marido não dialoga com ela; ou os pais, que afirmam que os filhos são rebeldes; ou os filhos, que dizem não serem compreendidos pelos pais. Ainda há o patrão, que acredita que o empregado só faz “corpo-mole”; ou o empregado, que acha o patrão mesquinho.
Mas, se analisarmos bem, será que os problemas que nos afligem são causados pelos que nos rodeiam, ou são, na verdade, provocados pelas atitudes que tomamos ou que deixamos de tomar?
Será que temos feito por merecer uma esposa mais disposta, um marido mais companheiro, filhos mais educados, pais mais compreensivos, empregados mais motivados e patrões mais altruístas? Ou será que temos apenas agido como egocêntricos, querendo apenas que “venha a nós” o nosso desejo, e nada de distribuir aos outros o que desejaríamos para nós?
Procure neste momento deixar o público refletir, pois a partir de agora é que haverá a sintonia necessária para que exista a absorção esperada dos ensinamentos da Doutrina e do Cristo.
Então, passe para a pergunta de “O Livro dos Espíritos”, descrita abaixo:
919 – Qual o meio mais eficaz para nos melhorarmos nesta vida e resistirmos às solicitações do mal?
R: Um sábio da antiguidade vos disse: Conhece-te a ti mesmo. (O Livro dos Espíritos)
Nesta pergunta de “O Livro dos Espíritos”, Allan Kardec, conhecedor das mazelas humanas, questiona o Espírito de Verdade sobre como poderíamos melhor evitar o mal que nos cerca, e melhor, como poderíamos progredir. E a resposta dos Espíritos é clara, ou seja, que devemos nos conhecer interiormente.
Fale ao público que precisamos ter coragem e fazermos um viagem dentro de nós mesmos. Analisarmos se temos feito por merecer o bem que desejamos em nossa vida.
Mas, para que esta análise seja real, precisamos seguir alguns passos para que não caiamos na tentação de acreditarmos ser o que não somos. Isso porque somos grandes juizes de nós mesmos, e encobertamos, às vezes até inconscientemente, as imperfeições que contribuem para a existência de nossas dificuldades.
Cite, então, algumas dicas para que possamos nos analisar melhor:
- Ter humildade : “Sem humildade construímos virtudes que não temos, como se tivéssemos uma roupa para esconder deformidades de nosso corpo”(Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 7; item 11).
Fale da importância de termos humildade sincera. Pois sem ela, como diz o Evangelho, tenderemos a encobrir nossos defeitos e exaltarmos nossas virtudes. Humildade para compreendermos que erramos sim, e que podemos aprender com esse erro, sendo melhor no amanhã do que fomos no hoje. Não ter vergonha de assumir um erro, mas lutar com perseverança para resistir à tentação de errar de novo.
Envolva o público na necessidade de orar a Jesus pedindo ajuda na conquista da humildade, que nos livrará de uma série de angústias.
- Compreender o próximo: “Quem estiver sem pecado, atire a primeira pedra”(Jesus, no Evangelho de João, cap. 8; versículos 1 a 10)
E se conseguirmos ser humildes, conseguiremos compreender que assim como erramos, também o próximo que convive ou não conosco tem a possibilidade de errar. E então, veremos que ninguém está sem pecados, ou seja, todos temos atitudes a serem corrigidas. Isso nos dará maior força para aprendermos a perdoar, e consequentemente, conviver melhor com que está ao nosso redor”.
- Interrogar a consciência: “O homem de bem interroga a consciência sobre todo o bem que fez e todo aquele que deixou de fazer” (Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 17; item 3)
Por fim, depois que tivermos buscado a humildade e a compreensão do próximo, devemos fazer a análise sincera de nossa consciência, e verificar se fomos úteis em todos os momentos que tivemos a oportunidade. Se temos a condição de, à noite, ao colocarmos a cabeça sobre nosso travesseiro, estarmos com a consciência tranquila, cientes de que nossas responsabilidades como marido, esposa, pais, filhos, patrão ou empregado foram cumpridas a contento. E, se não foram, o que poderemos fazer para melhorarmos no dia seguinte.
Diga ao público que este é o momento de refletirmos sobre a vida, e compreender quantos sofrimentos e decepções poderíamos ter evitado se tivéssemos agido com humildade, perdão e auto-análise.
Pare então por alguns segundos e vá para a parte final da palestra.
- O Reino de Deus e a criança
Evangelho de Mateus, capítulo 18; versículos 1 a 5
Leia, ou, se puder, conte sem ler, a passagem que existe na referência citada acima. Nela, Jesus toma uma criança como exemplo, mostrando que o homem precisa assemelhar-se aos pequeninos para ganhar o Reino de Deus.
Ou seja, a criança tem a humildade de estar sempre disposta a aprender com tudo que a cerca, de forma atenta e constante; perdoa sempre, de forma sincera, aqueles que convivem com ela, não guardando mágoa ou ódio; e por fim, faz as coisas aos outros de maneira desinteressada, sem esperar nada em troca.
Explique então aos assistentes que agindo como as crianças iremos nos conhecer melhor, pois diz o Mestre que este é o caminho para entrarmos no Reino de Deus, que nada mais é do que um estado de espírito, onde encontraremos a paz e a felicidade que procuramos.