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Fascinação e Subjugação

Fascinação e Subjugação

Palestra Virtual
Promovida pelo Canal #Espiritismo
http://www.irc-espiritismo.org.br

Palestrante: Mauro Operti
Rio de Janeiro
03/09/1999

Organizadores da palestra:

Moderador: “jaja” (nick: ||Moderador||) “Médium digitador”:” SPITFIRE” (nick: Mauro_Operti)

Oração Inicial:

<||Moderador||> Mestre, te agradecemos por este momento em que aqui estaremos reunidos, em teu nome, buscando o aprendizado através da querida Doutrina Espírita, que tanto tem nos auxiliado nesta encarnação. Que os bons espíritos estejam conosco, amparando a cada um de nós e trazendo, em especial, as melhores vibrações para nosso amigo Mauro, responsável pela condução do estudo da noite de hoje. Que possamos, em teu nome, em nome de Deus e em nome dos espíritos dirigentes do nosso trabalho, dar início a mais uma Palestra Virtual. Que assim seja!

Apresentação do Palestrante:

<Mauro_Operti> Boa noite, companheiros. Eu faço parte do grupo de colaboradores do Centro Espírita Léon Denis, no Rio de Janeiro. (t)

Considerações Iniciais do Palestrante:

<Mauro_Operti> Nós vamos falar sobre obsessão. A obsessão é um dos aspectos ou uma das faces das relações entre o mundo espiritual e o mundo dos homens encarnados. A obsessão é uma decorrência comum dessas relações do fato de que existem seres espirituais e homens que podem se comunicar. É tão comum como o fato diariamente constatado de que homens podem influenciar outros homens, dirigindo seus pensamentos e seus atos. Fascinação e subjugação são casos particulares extremos do fenômeno mais geral da obsessão, e esta caso particular do fenômeno ainda mais geral da comunicação entre espíritos.(t)

Perguntas/Respostas:

<||Moderador||> [1] <Valeryy> Como reconhecer que uma pessoa está fascinada ou subjugada?

<Mauro_Operti> O seu procedimento se torna aberrante e para outras pessoas é normalmente fácil reconhecer esta aberração do comportamento.(t)

<||Moderador||> [2] <lflavio> A fascinação pode atingir àqueles que militam, dirigindo instituições espíritas? Como identificar?

<Mauro_Operti> Esta é uma pergunta delicada, porque podemos ser levados a considerar o comportamento de uma pessoa que age de forma diferente da nossa como fascinação. Muitas vezes um dirigente, porque não age da mesma forma que outros dirigentes, pode ser taxado de obsidiado. Temos que examinar os frutos de seu trabalho. Se são frutos bons é porque o procedimento está correto. Se identificamos comportamentos exóticos, a existência de uma obediência cega e insensata a um “guia” que cuida de se auto elogiar, de excluir o estudo e o espírito crítico nas orientações que dá aos colaboradores e trabalhadores da casa que dirige, é certo que estamos diante de um dirigente fascinado por um espírito.(t)

<||Moderador||> [3] <lflavio_palestra> Sabemos que a fascinação é um processo sutil. Como reconhecer que este processo está se instalando?

<Mauro_Operti> Não há uma receita, senão esperar o desenrolar dos fatos. De qualquer modo, o trabalhador espírita deve estar sempre alerta, utilizando o seu próprio espírito crítico e o seu bom senso, consciente, porém, de que todos nós, seja qual for a nossa posição dentro da casa espírita, podemos ser influenciados por espíritos malfazejos e mal intencionados, em algum momento do nosso trabalho. A benevolência, a capacidade de compreensão e a paciência, muitas vezes, fazem reverter situações potencialmente perigosas.(t)

<||Moderador||> [4] <Valeryy> O processo de subjugação é mais complicado para o indivíduo se livrar?

<Mauro_Operti> É difícil de se estabelecer uma regra porque uma ligação puramente mental pode ser mais forte e dissimulada que o controle das ações físicas do médium envolvido. Tudo vai depender da capacidade de reação da pessoa atingida e da sua progressiva melhora moral.(t)

<||Moderador||> [5] <cpcde> Quando o comportamento vem de longo tempo, parecendo que é uma flutuação normal do caráter de uma pessoa, de que modo verificar que isto é uma subjugação?

<Mauro_Operti> Se parece que é uma flutuação normal do caráter, como concluir que está havendo ação espiritual? (t)

<||Moderador||> [6] <lflavio_palestra> Pode ocorrer um grau de subjugação tão elevado a ponto da separação do obsessor/obsidiado provocar o desencarne do obsidiado (subjugado)?

<Mauro_Operti> Pode, porque o contato entre o espírito e a pessoa pode atingir o nível físico, provocando modificações na fisiologia. Estas modificações, retirado o agente espiritual, provocam um desequilíbrio orgânico, mas, mais ainda do psiquismo do encarnado como um todo, que também reverte em desequilíbrio fisiológico.(t)

<||Moderador||> [7] <aprendiz-fatima> Espíritos desencarnados podem nos fascinar, fazendo com que achemos que somos super inteligentes, que somos os “donos da cocada”, fazendo com que em nada acreditemos não é mesmo?. Estou com nexo nesta pergunta?

<Mauro_Operti> Podem, isto depende do nível da nossa vaidade e da nossa própria capacidade de auto-avaliação. Em última análise, qualquer caso de obsessão, da obsessão simples à subjugação, depende de nós próprios para o seu agravamento ou para nossa libertação.(t)

<||Moderador||> [8] <cpcde> Muitas vezes aquele que fascina ou subjuga usa termos filosóficos corretos, mas levam à contenda. Isto é demonstração de obsessão?

<Mauro_Operti> Isto é simplesmente a demonstração de que os encarnados é que dão possibilidade à obsessão. A vontade de complicar pertence tanto aos desencarnados quanto aos encarnados. Um espírito malfazejo simplesmente utiliza os recursos disponíveis na cabeça complicada do encarnado. Quem é o obsessor, neste caso?(t)

<||Moderador||> [9] <Biga> Conheço uma pessoa que me parece estar fascinada. Como agir?

<Mauro_Operti> Na medida do possível, fazê-lo estar em contato com informação apropriada ao caso em questão. Da minha experiência, creio ser perda de tempo discutir, doutrinar ou tentar mudar a opinião do outro. Apenas expressar com clareza a própria opinião, sem forçar a mudança de atitude do outro. No mais, é esperar a vida correr…(t)

<||Moderador||> [10] <MBueno> A fascinação ocorre entre encarnados?

<Mauro_Operti> Acredito que sim, embora não se possa chamar de fascinação propriamente dita, mas de má influência moral e mental.(t)

<||Moderador||> [11] <aprendiz-fatima> Amigo Mauro Operti, “espírito malfazejo”? Este termo é meio estranho. Não seria melhor “espírito com um grau não muito elevado de evolução” (malfazejo parece até os demônios da Igreja Católica)?

<Mauro_Operti> O original francês de “O Livro dos Médiuns”, que tenho nas mãos neste momento, fala em “Esprit malfaisant”, que se traduz adequadamente na pergunta 238 como espírito malfazejo. A propósito, os espíritas tem um pouco de medo de palavras mais fortes, que Kardec usou na codificação sem preocupação alguma. Além disso, existem espíritos maus, sem sombra de dúvida, assim como existem homens maus. Não vejo necessidade alguma de diluir a força e o significado concreto da expressão “mau”. No futuro serão espíritos bons, mas no momento são espíritos maus.(t)

<||Moderador||> [12] <lflavio> Quais as melhores ações que podemos tomar para prevenir as fascinações e as subjugações?

<Mauro_Operti> Evidentemente, para evitar a fascinação por parte de espíritos mal intencionados, a primeira providência é desenvolver um mínimo de humildade, para que nós próprios sejamos capazes de conhecer o nosso próprio limite intelectual, cultural e moral para não nos julgarmos intermediários de revelações transcendentais. Para que não fiquemos fascinados por espíritos que agem através de outros médiuns, devemos estudar muito, conhecer a boa doutrina espírita, ser capaz de identificar a boa qualidade das comunicações usando os critérios preconizados por Kardec. Não esqueçamos que ele sugeriu que para evitarmos uma mentira, podemos até perder 9 verdades. (t)

<||Moderador||> [13] <Wania> Pode-se dizer que quem quer que receba más comunicações, escritas ou verbais, está sob má influência?

<Mauro_Operti> Se o conteúdo das comunicações é de má qualidade, evidentemente, considerando-se que o fenômeno é autêntico, existe má influência, muitas vezes associada a um médium de má qualidade.(t)

<||Moderador||> [14] <jaja> A subjugação pode chegar ao extremo do espírito induzir o médium ao suicídio?

<Mauro_Operti> Pode. Consultem a comunicação do espírito Antoine Bell no cap. 5 da segunda parte do livro “O Céu e o Inferno”. (t)

Considerações Finais do Palestrante:

<Mauro_Operti> É difícil condensar em poucas frases informações de tamanha relevância. É cada vez mais necessário conhecer os processos obsessivos sobre os indivíduos e as sociedades. Muito obrigado(t)

Oração Final:

<Naema> Obrigada Senhor, por mais esta noite, que nossos corações possam estar abertos a todas as palavras edificantes. Que possamos levar nossa vida sempre buscando aprender e termos humildade para aprender, estudar muito. Que estejamos atentos sempre ao que ocorre ao nosso redor e em nosso íntimo. Que possamos sempre contar com os bons espíritos, agora e sempre. Assim Seja!