A Gênese Espiritual
Palestra Virtual
Promovida pelo Canal #Espiritismo
http://www.irc-espiritismo.org.br
Palestrante: Cláudio Zanatta
Rio de Janeiro
13/08/1999
Organizadores da palestra:
Moderador: “Luno” (nick: [[Moderador]]) “Médium digitador”: “jaja” (nick: Claudio_Zanatta)
Oração Inicial:
<[[Moderador]]> Pai querido, agradecemos mais uma vez a oportunidade de estarmos reunidos neste meio virtual, com o objetivo de estudarmos um pouco mais sobre as leis que regem este imenso universo. Pedimos que inspire nosso palestrante, dando-lhe todo o apoio necessário a boa condução do tema. Que as palavras aqui digitadas possam penetrar fundo em nós, espíritos, de maneira a acrescentar algo ao que somos hoje. Permanece conosco, agora e sempre, nos protegendo e auxiliando. Que assim seja!
Apresentação do Palestrante:
<Claudio_Zanatta> Eu sou trabalhador do Centro Espírita Maria Angélica, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, responsável pelo curso de “A Gênese”, entre outros trabalhos. Estou também finalizando, juntamente com o Centro Espírita Léon Denis a revisão deste livro, com o objetivo de atualizar os conhecimentos e a linguagem, adequando-o ao século XXI, preservando o texto original e o conhecimento doutrinário, levando todos os acréscimos e retificações para notas de rodapés, além da inclusão de ilustrações e legendas. Foi um trabalho de 3 anos que se encerra e em breve, se Deus quiser, o livro estará publicado pela Editora do CELD. (t)
Considerações Iniciais do Palestrante:
<Claudio_Zanatta> A gênese espiritual é, com certeza, um dos temas mais relevantes da doutrina espírita, uma vez que procura esclarecer, à luz dos conhecimentos transmitidos pelos espíritos, a gênese do princípio espiritual, a sua união com a matéria, a origem do corpo humano, a reencarnação e as emigrações e imigrações dos espíritos, todos temas da maior relevância. (t)
Perguntas/Respostas:
<[[Moderador]]> [1] <Maria_Christina> Gostaria de saber se as “vivências” do princípio inteligente nos diversos reinos por que passa antes de se individualizar e tornar-se um espírito, se dão de forma uniforme, ou se podem ocorrer diferentes registros das impressões sofridas por esse princípio durante esse processo. Em outras palavras: o princípio, ao individualizar-se, traz traços que possam vir a constituir tendências individuais nos espíritos simples, recém-criados, tendências essas que levariam os espíritos a começarem a fazer suas diferentes escolhas já nesse primeiro momento de sua escalada evolutiva? O que determinaria a diferença de escolhas e comportamentos que podem ser observados entre os espíritos, no início de sua caminhada rumo à evolução?
<Claudio_Zanatta> A gênese da evolução, segundo nos colocam os espíritos, ocorre na atração dos minerais, seguindo-se as sensações nos vegetais, instintos nos animais e o pensamento contínuo, livre-arbítrio e senso moral nos seres humanos e o que vier, como diz Emmanuel, a caminho da luz. Todas as experiências estão indelevelmente registradas na “memória integral” do Espírito, constituindo o acervo da sua evolução. Se hoje dispomos dos recursos que temos é porque aprendemos a elaborá-los, todos, ao longo dos evos, assim como a nossa inteligência e aquisições intelectuais e morais. O seu questionamento da possibilidade ou não da escolha nos primeiros estágios é muito pertinente e interessante, mas, hoje, temos que ficar no campo das hipóteses, pela falta absoluta de elementos que permitam concluir com conhecimento de causa. Alguns afirmam, o que não concordo, que o espírito só se individualiza a partir de uma determinada fase, segundo dizem, não sei sobre que base, com o surgimento da glândula pineal!?! Outros falam na individualização desde o início (simples e ignorante), o que considero mais plausível, em função de possibilitar ao indivíduo em evolução ascender, pelos seus méritos e esforços, mesmo que sejam pequeninos e imperceptíveis aos “nossos olhos”. Nesta hipótese, caberia a “escolha”, cujos limites seriam cada vez mais restritos, quanto menos evoluído for o ser. Mas, como disse acima, são hipóteses apenas. (t)
<[[Moderador]]> [2] <Imbassahy> O que acha da teoria de Murray Gell Man a respeito dos “agentes estruturadores”, relativos à sua atuação sobre a energia cósmica, modulando-a e dando origem às partículas atômicas?
<Claudio_Zanatta> Do ponto de vista da doutrina espírita e, particularmente, da gênese espiritual, considero mais pertinente a abordagem da Teoria dos Superstrings, que reduz a uma única formulação todas as leis da física, abrangendo o Macrocosmos e o Microcosmos, ou, por outra, a mecânica relativística e a física quântica. É, em última análise, ainda neste século XX, o coroamento de décadas de esforço científico, a partir do grandioso projeto de Albert Einstein e de uma plêiade de físicos ilustres na busca por uma teoria do campo unificado. De acordo com a nova proposição, toda a matéria e energia existentes no Universo seriam na verdade strings (vibrações) de energia interligadas. Fazendo analogia com um instrumento musical, as partículas atômicas seriam as notas, as leis da física seriam as partituras e o Universo seria uma sinfonia de superstrings (supercordas) vibrando. A causa primária dessas vibrações, conforme sabemos, é Deus, que cria e mantém a tudo e a todos. Sem Deus, tudo deixaria de ser e de existir. As partículas atômicas, de acordo com a abordagem dos superstrings, também são vibrações que variam ao infinito, e esta é uma das conclusões revolucionárias da nova teoria que explica, finalmente, o “por quê” da existência de uma quantidade tão grande de partículas. Na nova proposição, forças e campos (e, quero crer, os agentes estruturadores) também perdem sentido, uma vez que as vibrações, os strings de energia, se interconectam, propagando a sua influência, numa trama infinita. (t)
<[[Moderador]]> [3] <Imbassahy> Considerando que, em Astrofísica, a velocidade não depende do tempo e que este é um parâmetro de posição, como julgar que um simples parâmetro possa influir e contribuir para o crescimento intelectual e o moral?
<Claudio_Zanatta> Em Astrofísica, a velocidade depende da posição do objeto, de acordo com as descobertas do astrônomo Edwin Hubble sobre o desvio do espectro das galáxias, quasares, etc., conforme estejam mais próximas ou mais distantes do nosso ponto de observação, numa espécie de efeito dopller da luz: quanto mais distante o objeto observado, maior a sua velocidade de recessão e maior o desvio do espectro para o azul e, inversamente, para o vermelho. Do ponto de vista do nosso estudo, da gênese espiritual e da reencarnação, que tem relação direta com a evolução, propiciando os meios para tal aos espíritos que ainda necessitam da experiência reencarnatória, poderíamos concluir, a priori, que o tempo é fundamental. Digo a priori, porque, a posteriori, respaldado em Ermínio Corrêa de Miranda (“A Memória e o Tempo”), em Ernani Guimarães Andrade (“Espírito, Perispírito e Alma”), na extensa obra mediúnica existente (André Luiz, Emmanuel, Áureo e outros), na contra-capa da Gênese (“Para Deus o passado e o futuro são o presente”) e na Teoria da Relatividade, o que podemos concluir é que a limitação espaço-temporal é inerente à nossa condição evolutiva. Na verdade, conforme o nosso teor vibratório aumenta, aumenta proporcionalmente a nossa potência de percepção, alargando o nosso horizonte, ou, conforme entendo, o nosso “presente”. No limite, para os espíritos puros, o Universo, a Criação, seria atemporal e adimensional, ou seja, não dependeriam da posição e do tempo, coisas bem à feição da nossa limitação tridimensional. Cabe frisar que essas considerações são colocadas como hipóteses, uma vez que, quero crer, ainda estamos muito distantes dos conhecimentos necessários à elucidação completa dessas questões. (t)
<[[Moderador]]> [4] <Caminheiro> O universo foi mesmo criado por Deus, ou sempre existiu junto com ele? Caso tenha sido criado por Deus, o que havia antes? Onde Deus estava?
<Claudio_Zanatta> Este tema tem mais a ver com o cap. VI de “A Gênese”, Uranografia Geral. Mas de todo modo, no cap. XI, está colocado que Deus cria desde todo o sempre e que existem espíritos e mundos, galáxias e universos, desde todo o sempre. Compreendo perfeitamente a natureza do seu questionamento. O que ocorre é que a nossa inferioridade, ou seja, a nossa natureza tridimensional e temporal não nos permite concretizar o eterno e o infinito, que para nós ainda ficam mais no plano de conceitos pouco compreendidos e menos ainda sentidos. (t)
<[[Moderador]]> [5] <Folha> Qual a necessidade do principio inteligente passar pelos reinos inferiores tais como mineral e vegetal como fase inicial?
<Claudio_Zanatta> A necessidade se prende ao fato de que os espíritos são criados simples e ignorantes, centelhas divinas, como atrações nos minerais. A partir de então, iniciam sua escalada evolutiva através das experiências reencarnatórias nos diversos reinos da natureza, ocupando corpos cada vez mais evolvidos de acordo com as possibilidades que alcançaram, desenvolvendo cada vez mais a capacidade de entender e interagir com o ambiente em que vivemos. Essa escalada é realizada pelo princípio inteligente em evolução. É ele quem tem que desenvolver todos os seus ascendentes, caminhando, como diz Emmanuel, do átomo ao anjo. (t)
<[[Moderador]]> [6] <Folha> Alguns autores falam em mônada, ou seja, fase inicial embrionária do princípio inteligente. Pode nos explicar?
<Claudio_Zanatta> Sim. A mônada pode ser entendida como a fase mais simples e ignorante do princípio inteligente. Agora, o que é exatamente a mônada, fica no plano das hipóteses e conjecturas. Será a atração nos minerais ou já podemos dizer que são os vírus, uma verdadeira interface entre a matéria inanimada e o ser vivo? Enfim, ainda temos poucos conhecimentos disponíveis para podermos definir exatamente onde e como começa essa maravilhosa viagem do espírito. (t)
<[[Moderador]]> [7] <Caminheiro> Visto que se aproxima fase de transição de nosso mundo de expiação e de provas, será que aos espíritos que não possam acompanhar essa evolução será delegada missão de auxiliar no desenvolvimento de civilizações residentes em planetas mais primitivos, colaborando assim com a gênese desses locais?
<Claudio_Zanatta> Com certeza. O planeta Terra já atingiu um desenvolvimento intelectual que não comporta mais um desenvolvimento moral deficitário, em função do perigo decorrente de tecnologias avançadas, como, por exemplo, a nuclear, em mãos de espíritos moralmente atrasados. Conforme aconteceu no planeta do sistema Capela, aqui também haverá a retirada daqueles espíritos que não conseguiram acompanhar o desenvolvimento da humanidade, sendo encaminhados a mundos primitivos, em transição para mundos de provas e expiações, onde terão a oportunidade de atingir o grau evolutivo necessário ao retorno à Terra e, em contrapartida, dentro do plano divino da solidariedade e da fraternidade, auxiliarão no desenvolvimento da humanidade primitiva onde passarão a reencarnar. O Senhor Jesus, no sermão da montanha, já havia colocado a questão com bastante clareza, quando afirmou: “Os brandos e os pacíficos herdarão a Terra.” (t)
<[[Moderador]]> [8] <Folha> Léon Denis fala em “Depois da Morte” que a individualização do princípio inteligente só se dá na fase animal. Pode nos explicar? Antes dessa fase o princípio inteligente volta a um todo universal?
<Claudio_Zanatta> Este também é um questionamento meu. No cap. VI de “A Gênese”, o espírito Galileu deixa claro que o espírito individualmente ascende na escala evolutiva experimentando todas as fases da animalidade. Diz ele: “Sem haver passado pela série divinamente fatal dos seres inferiores, entre os quais se elabora lentamente a obra da sua individualização.” Alguns autores afirmam que os espíritos que ainda não desenvolveram a glândula pineal não teriam a individualidade e ao desencarnar ficariam num todo que não se sabe bem o que é. Da minha parte, e a partir dos estudos efetuados em “Evolução em Dois Mundos”, de André Luiz, me parece mais razoável que o espírito mantenha a sua individualidade ao longo de toda sua evolução, preservando na sua memória integral todas as conquistas e automatismos adquiridos ao longo dos evos nas incontáveis experiências reencarnatórias. Nós, humanos, ainda não somos, bem o sabemos, o topo da escala. E mesmo Jesus, apesar de ser um espírito perfeito, é o governador do planeta Terra. É razoável que acima de Jesus existam espíritos mais antigos e experientes governando trechos da galáxia, a galáxia inteira, superaglomerados e mesmo trechos do Universo, ou seja, a evolução, na verdade, é uma escada de Jacob infinita. De todo modo, como sempre, são apenas hipóteses e opiniões pessoais, que ainda não têm o respaldo da comprovação. (t)
<[[Moderador]]> [9] <Folha> Poderíamos dizer que esses estágios no reino vegetal e mineral, tem como objetivo agregar elementos próprios do nosso planeta para a construção do corpo espiritual?
<Claudio_Zanatta> Diria que não. Na realidade, esses estágios se prestam ao desenvolvimento dos mecanismos automáticos que serão usados pelo princípio espiritual na percepção de parcelas cada vez maiores da realidade, ou seja, permitirão que o princípio espiritual cada vez mais se aproxime de Deus. Em outras palavras: quanto menos evoluído é o princípio espiritual, menos ele perceberá o ambiente onde vive. Há seres que mal percebem mudanças de temperatura e nuances de luz. Na outra ponta da escala, temos os espíritos superiores, cuja sensibilidade faz com que a atmosfera espiritual da nossa crosta seja para eles penosa e quase que irrespirável, face a sensibilidade apurada que já alcançaram. É tudo uma questão de percepção que foi desenvolvida ao longo de incontáveis e incontáveis experiências no plano físico e espiritual. (t)
<[[Moderador]]> [10] <lflavio> É correta a definição de que o espírito é a individualização do princípio inteligente?
<Claudio_Zanatta> O espírito é o princípio inteligente. Na verdade, o que existe é uma série de definições para o mesmo termo. Na acepção espírita, os espíritos são os seres inteligentes da criação. Povoam o Universo, fora do mundo material. (t)
<[[Moderador]]> [11] <Folha> Alguns livros nos informam que, na passagem do princípio inteligente pelo reino vegetação, este adquire sensações e desenvolve o sexo, dando como exemplo as algas. Isso é correto?
<Claudio_Zanatta> Do ponto de vista biológico, está correto sim. Aliás, a teoria da evolução das espécies, pela seleção natural, de Charles Darwin, cai feito uma luva com a teoria da evolução espiritual. A escala dos seres vivos que conhecemos na Terra está bem de acordo com a escala evolutiva que o espírito tem que percorrer para se desenvolver. A formação do bebê no útero materno, da célula inicial fertilizada até termos o bebê pronto para o nascimento, ou seja, a ontogênese humana percorre toda a escala evolutiva, desde as bactérias primitivas do pré-cambriano, passando pelo girino, peixe, réptil, mamífero inferior, mamífero superior até a humanidade, caracterizada pela ocorrência física dos lobos frontais e do neocortex. (t)
<[[Moderador]]> [12] <Folha> É muito discutido o tema: perda ou troca do perispírito. Léon Denis nos fala que o perispírito aperfeiçoa-se juntamente com o espirito. Pode nos esclarecer?
<Claudio_Zanatta> O perispírito é o reflexo das possibilidades do espírito, que agrega em torno de si os recursos necessários à sua manifestação. Assim sendo, quanto mais evoluído o espírito, mais quintessenciado o seu perispírito, sempre se utilizando dos recursos materiais disponíveis no ambiente onde transita. Se na Terra, usará os recursos do nosso planeta. Se em Júpiter, fará uso das possibilidades de lá. Ou seja, a natureza do perispírito dependerá também do orbe onde esteja o espírito. (t)
<[[Moderador]]> [13] <lflavio> Pode nosso planeta Terra receber na fase atual espíritos recém criados?
<Claudio_Zanatta> Acredito que sim, uma vez que temos aqui minerais, vegetais, etc. (t)
<[[Moderador]]> [14] <Folha> Em “A Gênese” nos dizem que os mundos se extinguem num processo natural de desgaste, dando lugar a mundos novos, o que ocorre com as populações desses planetas?
<Claudio_Zanatta> As populações desses planetas, ou seja, de mundos que já estão em fase de desagregação, o que gira em torno de 10 a 15 bilhões de anos de existência, essas populações já se transformaram em espíritos perfeitos, que, por exemplo, já podem estar nas nebulosas, que eu chamo de canteiros de obra divinos, ajudando a espíritos ainda mais superiores a co-criar mundos, onde se desenvolverão novas humanidades, num processo infinito, que não teve começo e não terá fim. (t)
<[[Moderador]]> [15] <lflavio> Pode nosso planeta Terra receber na fase atual espíritos (seres inteligentes, pensantes, dotados de moralidade – não princípios inteligentes) recém criados?
<Claudio_Zanatta> Acredito que o irmão esteja se referindo aos espíritos que ascenderam à fase humana. Se for realmente essa a questão, não vejo por que não recebê-los na Terra, uma vez que ainda existem comunidades bastante atrasadas, na Austrália, na África, no Ártico, na Sibéria, etc., que podem receber esses espíritos proporcionando a eles os recursos de que necessitam para a fase evolutiva em que se encontram. (t)
<[[Moderador]]> [16] <Folha> Na fase hominal, não temos discernimento entre o bem e o mal, ou trazemos isso dos diversos estágios nos reinos inferiores?
<Claudio_Zanatta> Na fase hominal, o já humano conta com o senso moral, a inteligência e o livre-arbítrio para atuar, sendo responsável pelos seus atos. É natural que a responsabilidade seja proporcional ao grau evolutivo do espírito e aos costumes da sociedade onde ele vive. Por exemplo: em sociedades que praticam o canibalismo, não haverá responsabilidade agravada pelo fato do indivíduo comer carne humana. Já na nossa sociedade, tal fato revela graves distorções de quem o pratica. De todo modo, o que sabemos através dos espíritos é que as Leis de Deus já vêm indelevelmente gravadas na nossa psique quando adentramos a fase hominal. (t)
Considerações Finais do Palestrante:
<Claudio_Zanatta> O que importa considerar na questão da gênese espiritual é que o princípio espiritual é criado por Deus simples, ignorante e perfectível. Que a sua união com a matéria é necessária à sua evolução. Que o ser humano chegou a esta fase da sua evolução através da escala inexorável de todos os reinos da natureza, a partir do átomo. Que as reencarnações se prestam ao desenvolvimento do espírito, seja em que fase for, proporcionando os elementos necessários ao desenvolvimento dos seus automatismos, da sua inteligência, do seu patrimônio intelectual e moral, porque sabemos que o nosso maior desejo é evoluirmos para Deus, de onde viemos. É importante, também, ressaltar a questão da solidariedade universal, ou seja, de que os espíritos do Universo estão interligados e intercambiam suas experiências através das emigrações e imigrações individuais e coletivas. Só na nossa galáxia, a Via Láctea, são 400 bilhões de sóis, na sua maioria estrelas de seqüência principal, ou seja, estrelas que abrigarão sistemas planetários, onde se desenvolverão humanidades. De acordo com a equação de Drake, somente na nossa galáxia existem, com 100% de probabilidade, pelo menos 1 bilhão de civilizações tão ou mais adiantadas do que a nossa. São os números da ciência. A raça adâmica esteve no nosso planeta num desses intercâmbios, completando a evolução deficitária que os impediu de permanecer no seu orbe e nos ajudando nos últimos 40.000 anos a progredirmos até a fase atual em que, a nosso turno, também teremos irmãos nossos sendo reinstalados em outros orbes para prosseguirem na sua evolução. Enfim, neste cap. XI de “A Gênese”, ficam conhecimentos doutrinários, da mais alta importância para o nosso entendimento, permitindo que possamos, cada vez mais, compreender os altos desígnios da nossa existência, da humanidade e do mundo onde vivemos. Graças a Deus! (t)
Oração Final:
<lflavio> Jesus, nosso Mestre Querido; Deus, Nosso Pai Celestial, nós queremos agradecer pela benção do aprendizado da noite, onde tivemos noticias sobre nossa caminhada evolutiva, sempre sob as bênçãos e misericórdia do Pai. Queremos agradecer, pela benção desta presente encarnação, pois ela é muito importante para nós estarmos aqui, neste planeta escola, no final do milênio, e sobre as luzes da doutrina espírita, que nos reacende a esperança de um futuro feliz. Senhor, abençoe a todos, que estão na escuridão do conhecimento, para que entendam, Pai, que a vida se aperfeiçoa sempre no sentimento de amor de uns aos outros, que as tuas luzes, possam trazer para este nosso planeta, um pouco mais de harmonia e paz. De nossa parte, Pai, queremos novamente agradecer, pois o conhecimento que obtivemos hoje, é um tesouro para todos nós. Mas rogamos que nos ajude a conduzir este conhecimento do intelecto para o sentimento moral, para que possamos, aí sim, crescermos integralmente, como espíritos imortais que somos. Obrigado pela presença do amigo Cláudio e pela assistência que tivemos aqui, no decorrer do estudo. Em teu nome, Pai Celestial, encerramos, então, esta atividade da noite de hoje. Que assim seja!