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Gozo dos bens terrenos / Necessário e supérfluo

Gozo dos bens terrenos / Necessário e supérfluo

“O Livro dos Espíritos” – Questões 711 a 717

Estudo Espírita
Promovido pelo IRC-Espiritismo
http://www.irc-espiritismo.org.br
Centro Espírita Léon Denis
http://www.celd.org.br

Expositor: Andréia Azevedo – Safiri
Osasco – São Paulo
09/02/2002

Dirigente do Estudo da Noite:

Deise Bianchini – Naema

Oração Inicial:

<Naema> Senhor amado
nesses momentos em que estamos juntos
procurando aprender um pouco mais
que possamos ser amparados e protegidos em nossos propósitos que os amigos espirituais possam estar ao nosso lado desejamos que nossa palestrante possa ser intuída nessa noite e que recebamos o que viemos buscar
Assim seja !

Mensagem Introdutória:

O DINHEIRO

De fato, o dinheiro constitui pesada responsabilidade para o seu possuidor. Não compra a felicidade e muitas vezes torna-se responsável por incontáveis desditas. Apesar disso, a sua ausência quase sempre se transforma em fator de desequilíbrio e miséria com que se atormentam multidões em desvario. O dinheiro, em si mesmo, não tem culpa: não é bom nem mau. A aplicação que se lhe dá, torna-o agente do progresso social, do desenvolvimento técnico, do conforto físico e, às vezes, moral, ou causa de inomináveis desgraças…

Para consegui-lo, empenham-se os valores da inteligência, em esforços exaustivos, por meio dos quais são fomentados a indústria, o comércio, as realizações de alto porte, as ciências, as artes, os conhecimentos. No submundo das paixões, simultaneamente, dele se utilizando, a astúcia e a indignidade favorecem os disparates da emoção, aliciando as ambições desregradas para o consórcio da anarquia com o prazer. Por seu intermédio, uns são erguidos aos píncaros da paz, da glória humana, enquanto outros são arrojados às furnas pestilentas do pavor e da desagregação moral em que sucumbem… Se te escasseia nas mãos a moeda, não te suponhas vencido.

Ter ou deixar de ter, importa pouco, na economia moral da tua existência. O importante será a posição que assumas em relação à posse. Não te desesperes pela ausência do dinheiro. Como há aqueles que se fizeram servos do que têm, os há, também, escravizados ao que gostariam de ter. O dinheiro é meio, não meta.

Imprescindível colocar-te jubilosamente na situação que a vida te brindou, padronizando as diretrizes e os desejos pessoais dentro dos limites transitórios da experiência educativa por que passas, conseqüência natural do mau uso que fizeste do dinheiro que um dia possuíste. Por outros recursos poderás ajudar o próximo e erigir a felicidade pessoal, conforme as luminosas lições com que o Evangelho te pode enriquecer a vida. Essencial é viver bem e em paz com ou sem o dinheiro.

Joanna de Ângelis

Do Livro: Leis Morais da Vida
Psicografia: Divaldo Pereira Franco
Editora: LEAL

Exposição:

<Safiri> Boa Noite Amigos.
Que Deus nosso amado Pai esteja entre nós, nos amparando em mais esta noite de estudos. Vivemos hoje num mundo de provas e expiações. Pertencemos, na esfera da via láctea, à um dos lugares mais periféricos. Vejamos o que A Gênese – Allan Kardec – nos diz, concluindo sobre a terra e a Via Láctea: ” Ora, sabendo-se que a Terra nada é, ou quase nada, no sistema solar; que este nada é, ou quase nada, na Via-Láctea; esta por sua vez, nada, ou quase nada, na universalidade das nebulosas e essa própria universalidade bem pouca coisa dentro do imensurável infinito, começa-se a compreender o que é o globo terrestre. ” É importante começarmos a ter consciência de que somos e além disso, onde estamos.

Nosso orgulho e vaidade cai por terra quando começamos a entender o quão pequenos somos diante da universalidade para ter tanto orgulho e vaidade. Nascemos com a tarefa, na sua grande maioria, de evoluir moralmente . Há muito o que fazer aqui, e vencer nossas más tendências significa muito para essa evolução. Vamos vencendo essas más tendências, conforme vamos tendo a consciência de nossas imperfeições.

Assumir nossas próprias falhas não é fácil, pois vivemos dentro do orgulho e da vaidade. Sentimentos ainda primitivos que nos escravizam sem que possamos lutar contra essa prisão, pois não percebemos o mal que nos envolvemos. Cairbar Schutel nos diz no livro Fundamentos da Reforma Íntima: ” A persistência do indivíduo no descobrimento dos próprios defeitos ampliará consideravelmente o âmbito de possibilidades de êxito. Somente quem sabe os males que possui, pode curá-los. A ignorância é um sério entrave na renovação interior.

” Ainda
“Abrindo o coração para o bem, estará tecendo condições para um envolvimento positivo e, com isso, surgirá a possibilidade de ouvir críticas e estabelecer o diálogo acerca dos problemas que cercam sua personalidade e seu modo de agir”. Obstáculo implacável constitui o maior ou menor desapego aos valores cristãos . Sem fé, não há força interna que seja capaz de levar o encarnado ao áspero combate que irá travar consigo mesmo, visando produzir, com eficácia, a sua reforma íntima” Tudo que nos foi dado na terra, foi para o suporte às nossas necessidades dentro da tarefa as quais viemos executar na Terra.

Os excessos, são amarras que nos impossibilitam de compreender que viveríamos muito melhor se extraíssemos o necessário para nossa sobrevivência. Sempre querendo mais, nos tornamos compulsivos e esquecemos de olhar para nós mesmos, buscando a brandura e mansidão de nossas almas diante da fé inabalável e do amor incondicional. Deus nos deu o necessário . As ferramentas para que pudéssemos sair do estado de selvageria para o estado de lucidez. Cabe a nós compreendermos que necessitamos vencer a prisão dos prazeres terrenos ligados aos excessos e nos orientar para a busca do essencial.

Oração Final:

<Naema> Senhor, ensina-nos:
a orar sem esquecer o trabalho;
a dar sem olhar a quem;
a servir sem perguntar até quando;
a sofrer sem magoar seja a quem for;
a progredir sem perder a simplicidade;
a semear o bem sem pensar nos resultados; a desculpar sem condições;
a marchar para frente sem contar os obstáculos; a ver sem malícia;
a escutar sem corromper os assuntos;
a falar sem ferir;

a compreender o próximo sem exigir entendimento; a respeitar os semelhantes, sem reclamar consideração; a dar o melhor de nós, além da execução do próprio dever, sem cobrar taxa de reconhecimento. Senhor, fortalece em nós a paciência para com as dificuldades dos outros, assim como precisamos da paciência dos outros para com as nossas dificuldades. Ajuda-nos, sobretudo, a reconhecer que a nossa felicidade mais alta será invariavelmente, aquela de cumprir-te os desígnios onde e como queiras, hoje agora e sempre. Emmanuel