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Jesus e os Dias Atuais

Jesus e os Dias Atuais

Palestra Virtual
Promovida pelo IRC-Espiritismo
http://www.irc-espiritismo.org.br

Palestrante: Deuza Nogueira
Rio de Janeiro
14/12/2001

Organizadores da Palestra:

Moderador: “Naema” (nick: [Moderador])

Médium digitador“: “M_Alves” (nick: Deuza_Nogueira)

Oração Inicial:

<[Moderador]> Vamos dar início a mais uma palestra no IRC-Espiritismo, pedindo a Deus e aos bons espíritos que nos amparem e nos iluminem em nossa caminhada de aprendizado que possamos nessa noite aprender um pouco mais sobre os ensinamentos de Jesus, e possamos nos inspirar em seus exemplos. Assim Seja! (t)

Apresentação do Palestrante:

<Deuza_Nogueira> Boa Noite. Meu nome é Deuza Nogueira e sou trabalhadora do Centro Espírita Léon Denis, onde colabora como palestrante e médium.

Considerações Iniciais do Palestrante:

<Deuza_Nogueira> Que possamos aproveitar este tempo refletindo sobre o natal de Jesus. Muitas vezes vivemos mecanicamente sem refletir sobre a significação dos nossos atos. Assim também com o Natal. (t)

Exposição:

Lembro-me de uma história contada por Ana Maria Machado sobre um menino de quatro anos que ao ver sua mãe decorando a árvore de natal quis saber o que era natal. Ela respondeu que era o nascimento de Jesus, mas foi interrompida pela irmã e o cunhado que chegavam. A irmã dizia que estava cansada de tanto fazer compras, mas o cunhado afirmava que natal é época de faturar alto, pois a loja estava lotada de compradores. O menino não entendeu muito. Passou pelo quarto da irmã e viu que ela experimentava um vestido dizendo: “— Tomara que chegue o natal, para vestir minha roupa nova e encontrar com o meu namorado”.

O menino continuou a caminhar e passando pela cozinha viu a cozinheira suando entre formas, tabuleiros e panelas, gritando: “— Todo natal é a mesma coisa! A gente faz um monte de comida, as pessoas nem tocam e no final tem que congelar tudo para um dia ir fora, pois ninguém come mesmo. Natal para mim é um inferno!”.

O menino passou, então, pelo banheiro e observou que o pai estava tomando banho. Como o pai sabe tudo, ele indagou: “— Papai, o que é o natal?” O pai, bem alegre gritou: “— Graças a Deus é feriado!”

O menino percebeu que é muito difícil encontrar uma definição precisa no mundo dos adultos. Vai para o quintal e pergunta a André, que está na quarta série, e é o primeiro aluno da classe: “— André, o que é natal?” O menino responde prontamente: “— É a capital do Rio Grande do Norte.”

Mas Antonio, filho da lavadeira, intercede: “— Nada disso! Minha mãe falou que natal era um homem que morava em Madureira e tinha muitos afilhados.”

Afinal, o que é o Natal?

Às vezes, a nossa cabeça fica tão embaralhada quanto à do menino da história. O aniversariante é Jesus, mas como festejar esta data? Será uma mera questão comercial? Tem algum sentido?

André Luiz, na obra “Nosso Lar”, no capítulo intitulado “Notícias de Veneranda”, dá-nos a informação de que Veneranda, Ministra do Ministério do Auxílio, espírito que vive a 400 anos na colônia, servindo sem reclamar com alegria e total desinteresse a causa do bem, decorou os salões de estudo como grandes salas de aula verde, utilizando elementos da natureza, inclusive belíssimos jardins.

O Governador da colônia admirou o trabalho e “encomendou” que esses jardins fossem feitos em todos os ministérios, inclusive no da União Divina. Conta-nos André Luiz que ela reservou para cada mês uma floração diferente, reservando para dezembro, mês da comemoração do natal de Jesus, as flores mais belas, pois nesta época a colônia irradia as mais belas preces e sentimentos de gratidão ao Senhor. Estas vibrações caem sobre o coração do homem que por sua vez sente-se motivado para vibrar os melhores sentimentos. Esta é uma das razões da suave emoção do Natal. Tem gente que acha que é melancolia… Não é melancolia, é o sentimento superior que nos invade e que não estamos acostumados a percebê-lo por tanto tempo!

E como temos medo do desconhecido…

Começamos a fugir através do consumo enlouquecido, dos alcoólicos, dos excessos alimentares, dos encontros sem sentido. É como se tivéssemos medo de experimentar a vivência em uma faixa vibratória diferente, superior. Na verdade, a grande importância é que Jesus, o Governador Espiritual do Planeta, o espírito mais purificado que serve de modelo para o planeta veio um dia até nós. Parece que teimamos em enxergá-lo apenas como um ser histórico, distante, guardado em algum museu empoeirado da consciência.

Mas será que Jesus é Mestre de apenas um tempo? Será possível vivenciar sua doutrina ainda agora? Creio que este é o grande desafio do natal. Entendendo natal como aniversário, como nascimento, como plantação de algo dinâmico, real, verdadeiro.

Num tempo de tantas competições gerando guerras de diferentes configurações, necessitamos observar que Jesus veio trazer para nós a possibilidade de vivermos com qualidade. Interessante é que a qualificação de nossa vida não vem de fora, não está situada em coisas, mas no nosso entendimento, num padrão norteador de valores que irão se renovando à medida que nossa experiência vai informando que vale a pena investir no bem. Este movimento é individual. Podemos até relacionar a experiência alheia, mas na verdade é no momento em que ousamos praticar o bem que estaremos operando uma verdadeira revolução do sentimento.

Jesus ensina-nos o auto-amor, “Amar ao próximo como a SI MESMO”, que não pode ser confundido com o egoísmo, mas colocarmo-nos na condição de filhos de Deus. Ora, esta condição nos estimulará para uma vivência digna em todos os sentidos, para a busca da saúde, do equilíbrio, da alegria, da paz, pois que Deus é harmonia. Jesus é, pois o Mestre da Paz, mesmo em tempo de guerra, e acena-nos com a possibilidade de sermos felizes, mesmo em ocasiões em que os profetas do pessimismo anunciam este tentame como impossível.

Que seja pois sempre Natal! Sempre Jesus! Não o mestre idolatrado, mas o caminho a ser seguido, se quisermos estar atualizados na caminhada da virtude e do progresso que nos farão felizes.

Que ele nos abençoe e sustente agora e sempre!

Oração Final:

<Naema > Senhor! Obrigada por esta noite por esses momentos em que nossas mentes e corações vibram sentimentos de amor e amizade amparados por nosso querido mestre Jesus que possamos ter esses sentimentos em todos os momentos de nossa vida. Assim seja! (t)