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Jesus e as Parábolas

Jesus e as Parábolas

Palestra Virtual
Promovida pelo Canal #Espiritismo
http://www.irc-espiritismo.org.br
em conjunto com a Escola Espírita Cristã Maria de Nazaré e
Grupo Rita de Cássia de Estudos Espíritas
e-mail: [email protected]

Palestrante: Iole de Freitas
Rio de Janeiro
11/12/1998

Organizadores da palestra:

Moderador: “Macroz” (nick: Moderador)
“Médium digitador”: “pip” (nick: Iole_de_Freitas)

Oração Inicial:

<Roger_> Queridos amigos, vamos serenando nossos espíritos e entrando em sintonia com a espiritualidade maior, sintonizando com estes amigos que nos inspiram. Que eles mostrem ao expositor da noite as palavras e a nós o entendimento para que possamos esclarecer nossas dúvidas e aprendermos um pouco mais sobre a doutrina com a luz desses mensageiros derramadas sobre todos nós e muita paz no coração. Assim Seja!

Apresentação do palestrante:

<Iole_de_Freitas> Boa noite a todos. Sou Iole de Freitas e trabalho na Escola Espirita Cristã Maria de Nazaré.

Considerações iniciais do palestrante:

<Iole_de_Freitas> O tema de hoje é o Mestre Jesus e Suas parábolas. Tendo como o modelo para todos nós buscamos compreender os seus ensinamentos trazidos para todos nós de maneira direta e clara através das Parábolas, entre elas a que mais nos toca é a do credor incompassivo pois reflete a nossa grande dificuldade de perdoar quando somos ofendidos e de darmos o aval de confiança àquele que errou, considerando a sua possibilidade de reformulação. É interessante observarmos a nossa resistência íntima em confiarmos naquele que errou, sendo que somos todos nós, através dos séculos, agraciados com a suprema confiança de Deus nosso Pai, em cada um de nós, manifestada pela justiça das reencarnações que abrem constantemente portas para nossa reparação e conseqüente evolução espiritual (t)

Perguntas/Respostas:

<Moderador> [01]. <Flavyo> Por que Jesus utilizava-se de Parábolas ao invés de falar ao povo de maneira direta?

<Iole_de_Freitas> Parece-me que toda a narrativa de um fato externo a nós mesmos, mas referente às nossas próprias vivências facilita-nos o entendimento porque é sempre mais fácil enxergarmos as dificuldades nos outros, em acontecimentos externos do que em nós mesmos. Por outro lado, colocações diretas de ordem moral, muitas vezes nos bloqueiam o entendimento por repercutirem de maneira vigorosa em nossas almas. Assim, mais fácil nos é termos uma narrativa para mediar o impacto da verdade que a reflexão nos traz. (t)

<Moderador> [02].<diesIrae> Na Parábola do festim de bodas, o Mestre conta que, após o convite aos convidados, os servos foram mortos e ultrajados e que “O Rei” tomou de cólera e enviou seus exércitos, exterminou os assassinos e queimou a cidade. Como não temos este relato na presente História da Humanidade, poderia Jesus estar se referindo a uma destruição em outra época, como a que conhecemos em Capela, por exemplo?

<Iole_de_Freitas> Não tenho nenhuma referência sobre esta parábola do festim das bodas e Capela. (t)

<Moderador> [03].<Mara-palestra> Quer dizer então que as parábolas são histórias de nós mesmos?

<Iole_de_Freitas> As parábolas se referem a situações morais que espíritos como nós, ainda habitando num mundo de provas e expiações atravessam. (t)

<Moderador> [04] <Flavyo> E o que poderia comentar para nós a respeito da Parábola do Festim de Bodas, a que se referiu o irmão “diesIrae” acima?

<Iole_de_Freitas> Nesta Parábola, parece-me que uma das questões mais importantes é a da indicação das sublimes faculdades mediúnicas de Jesus ao transformar a água em vinho atendendo um pedido de Maria, Ele atesta a possibilidade de seu espírito de, agindo como Médium de Deus, atuar sobre a matéria – a água – transformando-a em sua composição para que isto resultasse em benefício de tantos. A mediunidade de Jesus, atua com clareza nas mais diversas áreas : na cura física ou espiritual, na transfiguração, no fenômeno do caminhar sobre as águas, sempre com o intuito de estimular a nossa fé em Deus e sanar as nossas dores, na medida das nossas necessidades espirituais, o que ocorre até hoje e, sabemos, continuará a ocorrer através dos séculos. Esta Parábola é a indicação viva do capítulo XXVII de “O Evangelho Segundo o Espiritismo : ” PEDI E OBTEREIS ” (t)

<Moderaderoo> [05].<Roger_> As parábolas não serviriam para deixar certos entendimentos para um momento em que o homem, no futuro, pudesse compreender coisas que na época de Jesus não seriam entendidas?

<Iole_de_Freitas> Me parece que elas vieram facilitar o nosso entendimento sobre as dificuldades morais que nós atravessamos há tantos séculos. As chagas morais, as dúvidas e mesmo as virtudes nascentes de espíritos, ainda no início de sua escalada evolutiva, como nós que viemos encarnando na Terra, são o alvo da atenção das parábolas. Considerando a possibilidade de constante progresso das almas, sabemos que hoje temos melhores condições de compreendermos e aplicarmos os ensinamentos do Mestre Jesus, mas considerando as nossas necessidades morais atuais podemos perceber que se crescemos em valores intelectuais, ainda continuamos a engatinhar quanto aos valores morais, numa medida bastante semelhante a da época de Jesus. (t)

Considerações finais do palestrante:

<Iole_de_Freitas> Antes de tudo, gostaria de esclarecer que quando me referi ao “PEDI E OBTEREIS” e à mediunidade de Jesus, estava me referindo à passagem das Bodas de Canaã e quanto à Parábola do Festim das Bodas, concordo integralmente com uma das sugestões surgidas de que ela trata basicamente da nossa dificuldade de atendermos ao chamado de Jesus e de buscarmos promover a nossa reforma íntima, que é o que a Doutrina Espírita insistentemente nos estimula a fazer. Boa noite a todos. Muito Obrigada. (t)

Oração Final:

<Moderador> Pai bondoso que nos ama e ilumina, pedimos que nos abençoe e nos auxilie na compreensão dos desígnios que a vida nos oferece como caminhos de evolução constante para junto de Ti! Faça com que possamos compreender cada vez melhor o centro do ensinamento de Jesus, seja no seu testemunho de vida, seja em seus ensinamentos, seja em suas Parábolas! Que aprendamos a amar, amar sempre! E que esse amor possa modificar-nos gradativamente para melhor! Em nome de Jesus, Pai, te oferecemos nosso louvor e nossos corações. Assim seja!