Não Viver Só De Aparências
Grupo Espírita Apóstolo Paulo
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Acima, colocamos um exemplo de como a palestra pode ser apresentada em uma lousa. A seguir, os comentários que podem ser feitos a cada item em destaque.
Não Viver Só De Aparências
Esta palestra tem por objetivo demonstrar ao público que de nada adianta nos dizermos religiosos, ou conhecedores dos ensinos de Deus, se não praticarmos o que Ele nos ensinou.
Então, conte ao público a passagem abaixo, que consta no livro “Atos dos Apóstolos”, que demonstra bem o tema.
“…conheço Jesus, e bem sei quem é Paulo. Mas vós, quem sois?”
(Atos dos Apóstolos, cap. XIX; vers. 13 a 16).
Nesta passagem, os filhos do sacerdote acreditavam que sua crença em Paulo e Jesus lhes dava a condição espiritual de afastar os maus espíritos e curar doenças. O resultado foi a desilusão. Pois a força de Paulo e Jesus não estão em seus nomes, mas em suas atitudes.
Trazendo para nossos dias, demonstre ao público que quando passamos pelas dificuldades da vida, as angústias, os problemas, também não surtirá efeito batermos no peito e nos dizermos cristãos, espíritas.
O que verdadeiramente nos ajudará a vencermos nossas dores será a sinceridade no coração. A vontade forte de modificarmos nossa maneira de agir frente à vida. Enfim, a prática do que o Cristo nos ensinou.
Ler muitos livros espíritas, toda a Bíblia, e ir todo dia na casa religiosa pouco fará por nós se não nos dedicarmos a sermos hoje melhores do que fomos ontem.
Depois disso, leve o público a entender o que é ser um cristão, ou um espírita, que é a mesma coisa, explicando o texto abaixo.
“A virtude não consiste numa aparência severa e lúgubre, ou em repelir os prazeres que a condição humana permite…Vivei como vivem os homens de vosso tempo; sacrificai-vos às necessidades, e até mesmo às frivolidades de cada dia, mas fazei-o com um sentimento de pureza que as possa santificar” (Um Espírito protetor, E.S.E., 17, item 10).
O cristão não é um ser que deve viver isolado da sociedade e dos prazeres que a condição de homem permite. Todos podemos e devemos ter momentos que nos tragam relaxamento e conforto; distração e emoção. Porém, precisamos ter responsabilidades em todos eles.
O espírita, o cristão, não deve ter preconceitos, mas sim saber distinguir o que vai trazer ou não consequências danosas para si e para os outros.
Em tudo o que fizermos, sejamos maduros e consequentes. Isso não quer dizer que devemos viver como “chatos”, reparando na forma como os outros vivem, e colocando-nos como senhores da verdade. Sejamos alegres, úteis e amigos. Mas sejamos responsáveis, colocando acima de tudo o interesse coletivo, a pureza de sentimentos, que fará de todos os nossos atos, exemplos de quem encontrou o verdadeiro caminho da paz.
Mostre aos ouvintes que agir desta forma não é fácil, mas que cabe a cada um de nós perseverarmos nessas atitudes, pois colheremos bons frutos das mesmas.
Então, siga para a pergunta de “O Livro dos Espíritos”, que nos mostra a melhor maneira de encontrarmos o meio eficaz de modificarmos nossa forma de viver.
919 – Qual o meio mais eficaz para nos melhorarmos nesta vida e resistimos às solicitações do mal?
R: Um sábio da antiguidade vos disse: Conhece-te a ti mesmo. (O Livro dos Espíritos).
Conhecer-se a si mesmo significa compreender seus próprios limites. É não ter vergonha de olhar para dentro de si, e conquistar coragem para vencer as próprias imperfeições.
Os grandes estrategistas sempre dizem que a melhor maneira de vencer os obstáculos e conhecê-los profundamente.
Pois então, a única forma de vencermos nossas limitações é estudá-las e combatê-las dia após dia. E, se porventura perdermos alguma das batalhas contra o homem velho que existe dentro de nós, não devemos desanimar. A “guerra” ainda não terá terminado.
Caberá a nós, com perseverança e fé, continuarmos a nos conhecer e nos educar, dando a oportunidade para Jesus nos ajudar nesta empreitada íntima.
“Porque o Reino de Deus não consiste em palavras, mas em virtude”. (Paulo, I Epístola aos Coríntios, IV: 20)
Encerre a palestra com essa frase de Paulo, que mostra que mais que falarmos, precisamos agir. A frequência na casa espírita, o conhecimento da Doutrina, precisam estar amparados na prática do bem. Não só em benefício alheio, mas primeiramente modificando nossa forma de ser. Evocar os nomes dos Mestres e os conhecimentos adquiridos só servem para alavancar nossa fé. Mas para conquistarmos a paz e o poder de sermos mais felizes, somente o desenvolvimento de nossas virtudes nos trará esse benefício que tanto procuramos.
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