Pecado por pensamento adultério
Nós vamos dialogar um pouco sobre a passagem de Jesus, em que ele comenta uma
recomendação da Lei da Moisés e ele diz o seguinte: ouvistes o que foi dito aos
antigos, não cometeis adultério, eu porem vos digo que se olhares para uma
mulher com mal pensamento para com ela já cometestes adultério com ela em seu
coração”. Ou seja Jesus amplia a moral que foi estabelecida por Moisés,
pois não basta não concretizar o ato de adultério é importante não pensar nele,
pois se assim o fizermos já estaremos cometendo o mal. Note-se ainda que Jesus
não restringiu esta questão do pensamento somente aos casos de adultério, na
verdade ele estende a todo pensamento mal, contrário à Lei Divina, que é Lei de
Amor, e toda atitude que vai contra essa Lei de Amor, é um ato que adultera essa
lei. Nesse sentido quando temos qualquer tipo de mal pensamento, contra o nosso
próximo estamos adulterando a Lei Divina de Amor. Assim sendo não basta frear as
atitudes menos dignas se no pensamento damos livre curso a elas, se isso ocorre
estamos sendo hipócritas, e quantos de nós não fazemos isso?
Vemos assim como as Três Revelações, se completam, complementam às
anteriores. Pois Moisés imprimiu o princípio moral, proibindo o adultério, Jesus
o estende proibindo mesmo o pensamento, mas o mestre não explicou de que forma
esse ato poderia se concretizar no pensamento, pois como ele mesmo disse, nós
naquela época não estávamos preparados para conhecer mais profundamente suas
palavras, por isso ele nos prometeu um Consolador que viria mais tarde explicar
o que Jesus quis dizer e de que forma se dava. E o Espiritismo como Consolador
prometido por Jesus, depois que as ciências já havia surgido e que a nossa
inteligência já estava melhor preparada pra compreender, vem nos esclarecer
sobre a força do pensamento.
Se formos analisar todas as nossas criações e mesmo todas as nossas ações são
fruto do nosso pensamento, pois antes de executamos algo primeiro imaginamos
como iremos fazer, de que forma, etc. Kardec no livro a Gênese, nos fala dos
fluidos que são o veículo do pensamento, assim como o ar é o veículo do som, ou
seja são os fluidos que permitem que os pensamentos se propaguem, assim como o
ar leva o som para várias direções. É com a manipulação dos fluidos que os
espíritos, criam inclusive suas vestimentas, seus objetos, suas construções,
etc. Cabe ressaltar que os espíritos não manipulam os fluidos como um cientista
manipula elementos químicos no laboratório, eles os manipulam através do
pensamento, pois basta pensar com intensidade num determinado objeto que ele se
torna real para ele, ou pode inclusive materializá-lo para que nós
encarnados possamos vê-lo. É pela manipulação dos fluidos também que vemos
os processos de materialização em geral. André Luiz trata de um caso de
materialização de uma garganta ectoplásmatica, para fenômenos de voz direta, em
que ele auxiliado por outros espíritos, pensando insistentemente em uma garganta
essa se materializou possibilitando que um espírito falasse por ela e fosse
ouvido por todos os encarnados presentes na reunião. No mesmo livro a Gênese
Kardec fala ainda da fotografia do pensamento, mas não fotografia propriamente
dita, mas no sentido de que quando pensamos algo, aquilo em que pensamos fica
gravado na aura e aí se fotografa. Assim por exemplo, se alguém pensa em cometer
um crime, e arquiteta todo os passos, todos os atos e momentos, planejando cada
movimento, aquele crime, fica plasmado ou fotografado na nossa aura, com todos
os detalhes imaginados, ou seja ela já executou o ato em pensamento, pode ser
que o fato até não ocorra, ou porque a pessoa mudou de opinião, ou circunstância
diversas não permitiram que ele se concretizasse, mas de toda forma ele ficou
registrado na nossa aura e qualquer espírito que passasse por nós veria e ato
ali plasmado. É isso já gera uma grande responsabilidade para nós, pois através
do nosso pensamento e da irradiação da nossa aura nós nos influenciamos
mutuamente, e fazemos sintonia com aqueles que pensam como nós, permitindo que
eles também atuem sobre nós. Isso é um fato comprovado basta ver quando
assistimos a um filme, ou a uma cena marcante como aquele fato, impregna
por assim dizer a nossa mente, e quando vamos dormir, este custa a se apagar e
quase sempre sonhamos com aquilo que nos impressionou.
André Luiz no seu livro Mecanismos da Mediunidade, relata um caso inclusive
de adultério, que nos ajuda a perceber essa influenciação. Neste caso o
marido que estava tendo um caso extraconjugal, começou a pensar naquela com quem
estava se encontrando, a partir desse momento a imagem daquela mulher começa a
se projetar na sua frente sem que ele veja com os olhos corporais, mas os amigos
espirituais e no caso André Luiz percebiam claramente a imagem, isso porque
provavelmente a mulher também estava pensando nele, e fez-se assim a sintonia
entre os dois, mas essa influenciação começa também a atingir sua esposa, que
começa a suspeitar e a reclamar de suas saídas, isso porque marido e mulher
também tem uma ligação forte. E quando ele sai, a imagem da outra mulher
continua no ambiente a atormentar a mente da esposa, sem que essa a perceba, mas
mesmo assim sentindo a sua influência.
Percebemos através desse exemplo a questão fundamental da sintonia que está
presente nas questões do pensamento e que estão na base de todos os fenômenos
obsessivos e mediúnicos. Pois para que sejamos influenciados pelos espíritos e
mesmos por outras pessoas o processo se dá através do pensamento. Para tratar
rapidamente do problema da obsessão primeiro, gostaríamos de ressaltar que ela
pode ocorrer em quatro níveis, de encarnado para encarnado como no caso citado,
de desencarnado para encarnado que são mais comuns, de encarnado para
desencarnado, como num outro caso de André Luiz em que o plano espiritual,
afasta um espírito que estava obsidiando uma mulher e está sentindo sua falta
passa a atraí-lo através do seu pensamento e de desencarnado para desencarnado,
como nos casos de escravidão que ocorrem em zonas inferiores do plano
espiritual, também relatados em vários livros.
O processo da obsessão se dá através da sintonia, ou seja emitimos um
determinado pensamento, e se insistirmos naquela idéia ela ficará plasmada na
nossa aura, os espíritos se sentem atraídos pela onda mental, ou vêem a imagem
plasmada, e passam também a alimentá-la pois concordam com ela, pensam da mesma
forma, e aí eles passam a nos influenciar. Essa influência pode ser também
positiva se os espíritos que atrairmos forem bons, e daí a importância de
emitirmos sempre bons pensamentos para fazermos boas sintonias. Quando Kardec no
Livro dos Espíritos perguntou se os espíritos podem influenciar nos nossos atos
e pensamentos, obteve a seguinte resposta: Influem em vossos pensamentos mais do
que se imagina, são eles algumas vezes que nos dirigem. Pode parecer até mesmo
injusto isso, mas não é, na verdade nós temos o nosso livre arbítrio para
escolher o que queremos e decidir, cabe a nós atuar sempre no sentido do bem.
Assim se uma pessoa é um assassino, ela terá em volta de si vários espíritos com
o mesmo pensamento, mas também terá aqueles que tentam colocá-la no bom caminho,
como disse o apóstolo Paulo, “nós estamos cercados por uma nuvens de
testemunhas. É como nos desenhos animados… Isso não quer dizer que os
espíritas devem o tempo todo estar consultando seus mentores e guia para as
menores atitudes da vida cotidiana, isso é até mesmo perigoso, pois não é porque
os nossos irmãos desencarnados tem uma visão um pouco mais ampla do que nós que
eles sabem tudo, muitos sabem até menos que nós, pois não se vira santo e sábio
só porque perdeu o corpo físico, tudo é conquista individual. Nesse sentido há
uma pequena história do livro Atravessando a rua do Richard Simonetti, em
que ele relata o caso de um espírita vidente, que acostumou a ver sempre um
espírito simpático ao seu lado, e começou sempre a interrogá-lo sobre coisas
cotidianas, acostumou-se sempre a pedir a opinião do companheiro, até que um dia
esse companheiro comprou um carro, e tinha sempre por passageiro esse espírito,
e continuou recorrendo a ele nas questões do trânsito, por exemplo quando o
sinal estava amarelando, o motorista olhava para o lado e o espírito
respondia: vai que dá! E lá ia ele atravessando o cruzamento, até que um
dia ele ia atravessa uma baixada com uma ponte onde só podia passar um automóvel
de cada vez, ele percebeu que vinha um caminhão no sentido oposto, e companheiro
olhou para o lado e o espírito como sempre respondeu: vai que dá! O
motorista então confiante acelerou seu carro, mas quando entrou na ponte
percebeu que o caminhão também havia entrado, mas já não era possível parar,
então olhou para o lado aflito e o espírito desconsolado simplesmente respondeu:
ë parece que não vai dar! …. Então nas nossas atividades do cotidiano
não devemos nos preocupar com a opinião dos espíritos, devemos viver a nossa
vida, procurando pautá-la sempre na prática do bem, vivendo segundo a Lei de
Amor. Sempre lembrando que na maioria das vezes nós é que atraímos as companhias
espirituais de acordo com os nosso pensamentos, parodiando o ditado popular
poderíamos dizer: “Dize o que pensas e eu direi com quem andas”… Temos
que aprender a pensar por nós mesmos, pois freqüentemente, pensamos mil coisas
ao mesmo tempo, e com mil idéias vem à nossa cabeça, umas nossas outras de
outras pessoas, temos que aprender a disciplinar os nossos pensamentos. Nós
estamos cercados por ondas que passam por nós o tempo todo, ondas de rádio, de
televisão, etc., e os pensamentos também são ondas, mas nós não percebemos as
ondas de TV porque não estamos na mesma sintonia, então elas passam por nós e
vão atingir os aparelhos de TV que estão aptos para recebê-las, assim se estamos
acompanhados de maus espíritos, é porque nós estamos na mesma faixa que eles, se
elevarmos o teor dos nosso pensamentos eles não poderão mais nos atingir. Tem um
outro ditado que diz o seguinte nós não podemos impedir que os pássaros voem e
cruzem os céus, mas nós podemos impedir que eles façam ninhos sobre nossas
cabeças. Assim também com os pensamentos, nós não podemos impedir que os maus
pensamentos cruzem os céus em todas as direções, mas nós podemos evitar que eles
se alojem na nossa mente, buscando uma outra sintonia.
Na mediunidade também o pensamento exerce uma influência muito grande, pois
se não houver sintonia entre o espírito comunicante e o médium a mensagem não
pode ser transmitida, da mesma forma é necessária que haja comunhão de
pensamento daqueles que estão em um grupo, pois a descrença e mesmo outras
preocupações que não estejam relacionadas com a reunião interferem e atrapalham.
Bem Kardec tratou da fotografia do pensamento mas no sentido que ele fica
registrado na nossa aura, porém como a doutrina é progressiva devido ao
seu caráter científico, alguns dos continuadores de Kardec, Ernesto Bozzano,
cientista e filósofo italiano, começou a estudar fenômenos relacionados ao
pensamento que estão registrados no livro “Pensamento e Vontade”. Nesse livro
ele mostra claramente como o pensamento pode inclusive ser fotografado,
inclusive por uma câmara fotográfica comum, e nesse sentido foram realizadas
várias experiências utilizando todos os rigores da ciência para evitar que
pudesse haver algumas fraude, e ainda procurando sempre repetir as experiências,
foi desta forma que ficou constado a materialização do pensamento a ponto de
sair na chapa fotográfica. Também foi estudado por Bozzano os fenômenos de
ideoplastia, ou seja quando uma idéia toma forma, onde é muito mais o
pensamento dos espíritos que atuam, ao ponto de eles produzirem membros do
corpo como mãos braços, etc, que ficam registrados na parafina quente, e depois
tomar forma, o que só pode ser feito pelos espíritos, primeiro porque qualquer
pessoa queimaria a mão e segundo porque quando fosse ser retirada a mão a
parafina se quebraria.
O pensamento pode também gerar doenças, como já foi constatado pela medicina
muitos tipos de câncer são desenvolvidos devido a estados de mágoas e
ressentimentos guardados por muitos anos. Isso também se dá quando alimentamos a
idéia de doença, essa idéia se plasma nos nossos corpos espirituais e passa para
o corpo físico.
Através dos nosso pensamentos nós construímos a nossa vida e o nosso destino
a cada dia, pois podemos escolher a cada manhã sermos felizes ou infelizes, e a
partir daí a sintonia fará o resto. Daí a importância de cultivarmos sempre bons
pensamentos, pensamentos de otimismo, buscar o lado belo e bom da vida, para que
a nossa vida também seja assim, pois a maioria de nós, ainda é muito pessimista.
Não é verdade?
Só para finalizar essa rápida revista sobre o pensamento, gostaríamos de
relatar que já foram feitas pesquisas que tentaram verificar a real existência
do mal olhado. Cientistas ingleses pegaram ratos selvagens e outros de
laboratório e os colocaram em gaiolas diferentes mas próximos uns dos outros, os
selvagens passavam a maior parte do tempo enviando olhares agressivos para os
outros, passado algum tempo os ratos brancos morreram e quando foi feita a
autópsia foi constatado que eles havia morrido devida a uma violenta pressão
nervosa. Um outro fato interessante é que se o plano espiritual não fizesse
constantemente uma limpeza de ambiente não seria possível nem mesmo entrar aqui.
O mesmo aconteceria com a atmosfera do planeta se de tempos em tempos não der
aquelas tempestades nós morreríamos asfixiados, todos nós notamos que o ar
parece que fica mais leve quando chove.
Agora a maior conseqüência do conhecimento da força do pensamento é no
sentido moral, pois temos que tomar cuidado com os pensamentos que emitimos para
os nossos semelhantes, pois estamos agindo de forma negativa sobre eles. Além
disso vale lembrar que a lei de ação e reação vale também para os pensamentos,
assim se queremos receber bons pensamentos de volta, deveremos enviá-los também.
Vocês já perceberam que quando censuramos alguém através da maledicência, quase
sempre mais cedo ou mais tarde nós acabamos cometendo o mesmo erro? Se não for
numa ocasião próxima será depois… Quando pensamos com ódio em alguma pessoa é
como se estivéssemos enviando dardo ou um projétil na direção daquela pessoa
buscando atingi-la. Desta forma percebemos que os pensamentos vão sempre
acompanhados dos sentimentos que os geraram. Os fluidos que são, como já
falamos os responsáveis pela transmissão do pensamento, assim como o ar
transmite o som, eles não possuem em si mesmos qualidade nem boas nem más, mas
com atuação do sentimento ele pode adquirir cor, forma e até mesmo cheiro. Por
exemplo uma pessoa avara, mesquinha, egoísta ou mesmo invejosa, emitirá
pensamento sob a forma de garras, por exemplo, nas pessoas envolvidas em amor
seus pensamentos terão cores suaves e formas de pétalas por exemplo. E de
onde é que vem os sentimentos? Do coração por isso é que Jesus afirmou que
quando olhamos para uma mulher com mal desejo já cometemos adultério em nosso
coração. E o próprio Jesus afirmou que é do coração que partem todas as más
atitudes, ou seja do nosso íntimo, daí a importância de praticamos aquilo que a
doutrina espírita prega o tempo todo, a nossa reformulação interior. Nesse
sentido aquele comete adultério é porque mentalmente já concebia a aventura , já
vinha alimentando a idéia. Depois do que foi falado quem acha que Jesus
exagerou, basta ver como certos homens praticamente desnudam as mulheres quando
olham para elas, e perguntar se gostariam que o mesmo ocorresse com uma mãe ou
irmã suas.
A reforma íntima não deve ocorrer somente a nível de atitudes é necessário
modificar os nossos sentimentos e pensamentos. Devemos aprender a disciplinar as
nossas emoções, controlando os desejos de um modo geral, pois como afirma o
budismo o mal desejo é a causa de todos os males. Quando olhamos para uma mulher
especificamente e a desejamos, estamos colocando em evidência o nosso egoísmo, e
o nosso orgulho que são as duas maiores mazelas da humanidade. Procuremos assim
mudar a nossa forma de pensar e de agir, mudando primeiramente os nossos
sentimentos.
Jesus o tempo todo pregou a reformulação interior, ou como nos disse o
apóstolo Paulo de Tarso, a transformação do homem velho para o homem novo,
renovado de pensamentos e sentimentos. Quando Jesus proclamou a bem-aventurança
dos puros de coração, estava se referindo à reforma, da mesma forma quando nos
fala da veste nupcial ele está se referindo aos nossos corpos espirituais, que
ficam mais resplandecentes à medida que vamos nos reformando e aprendendo a
cultivar somente bons pensamentos e sentimentos. E quando o mestre nos fala para
arrancar o olho ou cortar a mão se forem motivo de escândalo, ele nos mostra que
muitas vezes a reforma exige renúncia, sacrifício e mesmo dor, mas que devemos
destruir em nós mesmo com grande dor e sacrifício, tudo que possa nos levar ao
erro, pois deixar de lado algo que nos causa prazer como a vingança por exemplo,
gera dor, perdoar alguém que nos ofendeu, gera dor, abafar o egoísmo o orgulho
em nós gera dor moral.
A reforma íntima é um processo muitas vezes lento, não vamos conseguir de uma
hora para outra mudar todos os nosso pensamentos, mas é necessário começar já,
não podemos mais adiar. Ë necessário então que nós vigiemos sempre os nossos
pensamentos como recomendou Jesus, e quando algum pensamento mal nos aflorar na
mente busquemos o socorro da prece. E assim gradativamente, ainda que andando
milímetro vamos subindo rumo à evolução que é a meta de todos nós, lembrando que
Emmanuel diz que sempre há virtude quando há recusa voluntária de praticar o
mal, nesse sentido cada um de nós como individualidade que somos, estamos num
determinado grau evolutivo. Kardec nos esclarece que aquelas pessoas que nem
mesmo pensam no mal já realizaram grande progresso; naqueles em que os mal
pensamentos surgem e procuram repeli-los com energia, o progresso está em via s
de se concretizar, e naquele que se compraz nos mal pensamentos, o trabalho
ainda está todo por fazer. Em qual estágio nós estamos?
Que possamos refletir sobre essa força poderosa do pensamento e direcionar a
nossa vontade que também é outra poderosa força no sentido de educar o nosso
pensamento. E que ao final cada dia possamos nos perguntar: Que tipo de
pensamento tive hoje? Em que tipo de imagens ou visões a minha mente se compraz?
Como tenho dirigido meus pensamentos aos meus semelhantes, bons ou ruins? Enfim
qual o meu ideal, evoluir ou ficar estacionado ?
Que Jesus nos abençoe.
José Arnaldo Fernandes Filho
Fraternidade Espírita Nosso Lar