Tamanho
do Texto

Perdoai, para que Deus vos perdoe

Perdoai, para que Deus vos perdoe

“O Evangelho Segundo o Espiritismo – Capítulo X, item 1 a 4

Estudo Espírita
Promovido pelo IRC-Espiritismo
http://www.irc-espiritismo.org.br
Centro Espírita Léon Denis
http://www.celd.org.br

Expositora: Vera Oliveira
Rio de Janeiro – RJ
01/05/2002

Dirigente do Estudo:

Márcio Duarte

Mensagem Introdutória:

DONATIVO DA ALMA

“Bem-aventurados os que são misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.” – Jesus – Mateus, 5:7.

“A misericórdia é o complemento da brandura, porquanto aquele que não for misericordioso não poderá ser brando e pacífico.” – Cap. X, 4.

Reflete nas provações alheias e auxilia incessantemente.

Louvado para sempre o trabalho honesto com que te dispões a minorar as dificuldades dos semelhantes, ensinando-lhes a encontrar a felicidade, através do esforço digno.

Bendita a moeda que deixas escorregar nas mãos fatigadas que se constrangem a implorar o socorro público.

Inesquecível a operação da beneficência, com a qual te desfazes de recursos diversos para que não haja penúria na vizinhança.

Abençoado o dia de serviço gratuito que prestas no amparo aos companheiros menos felizes.

Enaltecido o devotamento que empregas na instrução aos viajores do mundo, que ainda se debatem nos labirintos da ignorância.

Glorificado o conselho fraterno com que te decides a mostrar o melhor caminho.

Santo o remédio com que alivias a dor.

Inolvidáveis todos os investimentos que realizes no Instituto Universal da Providência Divina, quando entregas a benefício dos outros o concurso financeiro, a página educativa, a peça de roupa, o litro de leite, o cobertor agasalhante, o momento de consolo, o gesto de solidariedade, o prato de pão…

Não se pode esquecer que Jesus consignou por crédito sublime da alma, no Reino de Deus, o simples copo de água que se dê no mundo em seu nome.

Entretanto, mil vezes bem-aventurada seja cada hora de tua paciência diante daqueles que não te compreendam ou te esqueçam, te firam ou te achincalhem, porque a paciência, invariavelmente feita de bondade e silêncio, abnegação e esquecimento do mal, é donativo essencialmente da alma, bênção da fonte divina do amor, que jorra das nascentes do sacrifício, seja formada no suor da humildade ou no pranto oculto do coração.

Emmanuel
Do Livro: Livro da Esperança
Psicografia: Francisco Cândido Xavier
Editora: CEC

Oração Inicial:

<Moderador_> Senhor Jesus, aqui estamos mais uma vez reunidos em Teu nome, com o propósito de aprender um pouco mais com os Teus ensinamentos sublimes tão bem esclarecidos pela nossa querida doutrina espírita. Que possamos nos dispor a empreender um esforço maior para colocar em prática tudo aquilo que aprendemos através do Teu evangelho de luz. Por mais difícil que possa ser, Senhor, sabemos que temos que dar o primeiro passo no sentido do bem, por mais dolorosa que possa ser essa caminhada. Por isso, Te pedimos ajuda. Que Tu possas nos amparar nesta caminhada de luz. Agradecemos à espiritualidade amiga pelo apoio que tem nos dado e que, sabemos, se faz presente neste momento. Que assim seja!

Exposição:

<Vera_Oliveira> No Capítulo XVII, em um dos itens do Evangelho Segundo o Espiritismo, nós vamos encontrar um esclarecimento fundamental para entendermos a lição de hoje. Justamente no item sobre a virtude, nos é esclarecido, que a virtude é um conjunto de qualidades, e os espíritos nos colocam que o perdão é uma virtude.

Já começamos a ver, então, que para chegarmos verdadeiramente a perdoar, é necessário desenvolvermos um conjunto de qualidades que estruturam a virtude do perdão.

No item 2 do Capítulo que estamos estudando, em Mateus, diz lá: “Se perdoardes aos homens, as faltas que fazem contra vós, vosso Pai Celeste também perdoará vossos pecados. Mas se não perdoardes aos homens, quando vos ofendam, vosso Pai também não perdoará vossos pecados.”

Recordando, ainda, o que o Mestre Jesus nos disse: “Com a mesma medida que medirdes, será medido.”

E porquê fomos buscar esses itens? Justamente para esclarecer a nossa mente da necessidade que temos, de desenvolver em nós essas qualidades que nos levarão ao perdão.

Vamos recordar, ainda, o Capítulo anterior, que nos fala “Bem aventurados os mansos e os pacíficos, porque herdarão a Terra.” E Kardec nos diz, no item 4, do Capítulo 10, que estamos estudando, que: “Aquele que não é misericordioso, não pode ser brando nem pacífico.”

E o que é a misericórdia?

A misericórdia é uma pré-disposição em perdoar uma ofensa. Antes de perdoarmos, precisamos desenvolver as qualidades da misericórdia, da brandura e da pacificidade. Aí, estaremos nós a caminho de culminar no perdão. Por isso é que é tão difícil conquistarmos essa virtude.

Mas se nos propormos uma metodologia para exercitarmos a misericórdia, certamente conseguiremos conquistar virtude tão necessária nos nossos relacionamentos.

Que tal exercitarmos a misericórdia nas pequenas ofensas?

No item XV, desse mesmo Capítulo, Paulo, o Apóstolo, nos fala de três tipos de perdão, dizendo ele: “Perdoar aos seus inimigos é pedir perdão para si mesmo. Perdoar as ofensas é mostrar que se está melhor. Perdoar os amigos. é dar-lhes provas de amizade.”

Agora, vamos analisar: Quando um amigo nos faz alguma coisa, esbarramos em uma grande dificuldade: Logo ele? Esperava de todos, menos dele! Ele não poderia ter feito isso comigo! Isso mostra que estamos longe de fazer exatamente isso que Paulo nos diz. Perdoar os amigos, é dar-lhe provas de amizade. Cadê a nossa amizade? Onde está ela? Não estaremos nós, também, não dando o melhor de nós, àquele que dizemos ser o nosso amigo? Reflitamos nessa dificuldade.

Agora, vamos analisar quando Paulo diz: “Perdoar os inimigos é pedir perdão para si mesmo.”

Se perdoar um amigo é difícil para nós, muito mais difícil se torna perdoar alguém que dizemos ser nosso inimigo, porque, ainda aí, precisamos refletir que é nós que estamos dizendo que ele é o nosso inimigo. Mas será que é mesmo?? O que nos leva a pensar e a rotular essa pessoa como inimiga? Precisamos refletir nisso!

Agora, vamos para outra análise, quando Paulo nos diz que: “Perdoar a ofensa é mostrar que se está melhor.”

Vemos, aí, quando esse didata da alma, Paulo, nos coloca três formas de perdão. E nós vamos recordar, ainda, Jesus na sua passagem aqui na Terra, nunca foi contra o pecador, mas nunca apoiou o pecado. Jesus separava o pecador do pecado.

Não caberia a cada um de nós desenvolver uma metodologia própria para sanar as nossas dificuldades, e conquistar virtudes que nos darão, não o título de santidade, mas um forma de viver melhor, de sentir melhor, de pensar melhor, e conseqüentemente sermos mais felizes.

Voltando ao item 3, do Capítulo X, recordemos que Kardec nos coloca duas formas de perdoar: uma verdadeiramente cristã, e a outra que fere o outro.

Racionalmente, é fácil para nós, dizermos que tudo está esquecido. Que desculpamos, que compreendemos. Mas, emocionalmente, sabemos que não é assim. O nosso sentimento com relação àquele que nos contraria, se modifica, conforme o grau da ofensa que nos fazem.

Por isso, eis aí um grande desafio para o ser humano: perdoar tantas vezes quantas vezes forem necessárias.

No relacionamento humano, não há como ocorrer tudo da forma que esperamos. Existem os desencontros. Somos diferentes, e certamente ocorrerá situação na qual seremos contrariados . Resta-nos pois, desenvolver em nós as qualidades, tais como: brandura, pacificidade, misericórdia, moderação, indulgência para chegarmos ao perdão.

Todas essas qualidades, nos fala Kardec e os espíritos, nos Capítulos IX, X, XIIV e XV , de O Evangelho Segundo o Espiritismo, nos dando uma visão mais ampla sobre o perdão e facilitando-nos a vivência dessa virtude, desenvolvendo-a por etapas, através dos exercícios de cada momento nas nossas relação.

Quantos dissabores evitaríamos se soubéssemos silenciar quando não compreendemos. Silenciar quando não concordam conosco. Silenciar quando não nos compreendem. Porque o mais importante de tudo é o que sai de nós para o outro.

Precisamos buscar sempre no Mestre Jesus, aquele que conduz os nossos destinos, os indicadores que nortearam a nossa caminhada para a grande conquista do Amor.

Como Ele nos disse: “Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei.”

Isto é um grande desafio que devemos nos propor para construir com este desafio superado, a nossa felicidade. Merecemos ser felizes. Merecemos estar de bem conosco mesmo.

Merecemos a Paz. É da Lei que tenhamos todo esse universo de bem-estar, de alegria. Só cabe a cada um de nós nos propormos e desempenhar esse grande empreendimento que faz parte da saga da nossa evolução. Vale a pena tentar.

Tente! O segredo dos que triunfam é sempre recomeçar.

Recomece agora!

Perguntas/Respostas:

[01]<titrigo> Como conciliar nossa situação de espíritos ainda imperfeitos, com o perdão? Haverá sempre ocasião de falharmos. O que fazer?

<Vera_Oliveira> Toda conquista requer perseverança e toda perseverança é construída de exercícios. Com certeza, será sempre através do exercício que conseguiremos desenvolver em nós o perdão.

Oração Final:

<Ioio> Senhor Jesus, bom e amado Mestre, estamos aqui Senhor, encerrando mais uma noite de estudos e de muita alegria em torno de Sua Boa Nova. Obrigada pela presença de nossa querida Vera que veio nos trazer consolo e esclarecimento com suas palavras . Obrigada Senhor, pelo nosso amado canal espiritismo e todos os outros que fazem parte de nosso IRC-Espiritismo. E assim, que seja em nome de Gabriel Delanne e Cairbar Schutel, de nossos mentores espirituais, de Léon Denis, Allan Kardec, mas sobretudo em nome de Deus, nosso Pai de infinita bondade, que possamos dar por encerrado o estudo da noite de hoje. Fica conosco Mestre, agora e sempre.

<Ioio> Senhor Jesus, bom e amado Mestre, estamos aqui Senhor, encerrando mais uma noite de estudos e de muita alegria em torno de Sua Boa Nova. Obrigada pela presença de nossa querida Vera que veio nos trazer consolo e esclarecimento com suas palavras . Obrigada Senhor, pelo nosso amado canal espiritismo e todos os outros que fazem parte de nosso IRC-Espiritismo. E assim, que seja em nome de Gabriel Delanne e Cairbar Schutel, de nossos mentores espirituais, de Léon Denis, Allan Kardec, mas sobretudo em nome de Deus, nosso Pai de infinita bondade, que possamos dar por encerrado o estudo da noite de hoje. Fica conosco Mestre, agora e sempre.