A vida do Apóstolo Paulo de Tarso
Era inicialmente chamado de Saulo, nascido na cidade de Tarso, capital da
província romana da Cilícia, fabricante de tendas. Depois de Jesus, é
considerado a figura mais importante do cristianismo.
Era um judeu da Diáspora (Dispersão), de uma importante e rica família.
Começou a receber aos 14 anos a formação rabínica, sendo criado de uma forma
rígida no cumprimento das rigorosas normas dos fariseus, classe religiosa
dominante daquela época, e ensinado a ter o orgulho racial tão peculiar aos
judeus da antiguidade.
Quando se mudou para Jerusalém, para se tornar um dos principais dos
sacerdotes do Templo de Salomão, deparou-se com uma seita iniciante que tinha
nascido dentro do judaísmo, mas que era contrária aos principais ensinos
farisaicos.
Dentro da extrema honestidade para com a sua fé e sentindo-se profundamente
ofendido com esta seita, que se chamava cristã, começou a persegui-la,
culminando com a morte de Estêvão, diácono grego e grande pregador cristão, que
foi o primeiro mártir do cristianismo.
No ano de 32 D.C., dois anos após a crucificação de Jesus, Saulo viajou para
Damasco atrás de seguidores do cristianismo, principalmente de um, que se
chamava Barnabé. Na entrada desta cidade, teve uma visão de Jesus, que em
espírito lhe perguntava: “Saulo, Saulo, por que me persegues?”. Ficou cego
imediatamente e, entrando na cidade, foi curado pelo mesmo Barnabé, sendo assim
convertido ao cristianismo, mudando o seu nome para Paulo.
Paulo, a partir de então, se tornaria o “Apóstolo dos Gentios”, ou seja,
aquele enviado para disseminar o Evangelho para o povo não judeu.
Em 34 D.C., foi a Jerusalém, levado por Barnabé, para se encontrar com Pedro
e Tiago, líderes da principal comunidade cristã até então.
Durante 16 anos , após sua conversão, ele pregou no vale do Jordão, na Síria
e na Cilícia. Foi especialmente perseguido pelos judeus, que o consideravam um
grande traidor.
Fez quatro grandes viagens missionárias: 1ª Viagem (46-48 D.C.), 2ª Viagem
(49-52 D.C.), 3ª Viagem (53-57 D.C.), 4ª Viagem (59-62 D.C.), sendo que na
última foi à Roma como prisioneiro, para ser julgado, e nunca mais retornou para
a Judéia.
Certamente escreveu inúmeras cartas, mas somente 14 destas chegaram até nós,
chamadas de Epístolas Paulinas, que são:
- Epístola aos Romanos;
- 1ª e a 2ª aos Coríntios;
- aos Gálatas; aos Efésios,
- aos Filipenses;
- aos Colossenses;
- 1ª e a 2ª aos Tessalonicenses;
- 1ª e 2ª a Timóteo;
- a Tito;
- a Filemon e
- aos Hebreus.
Através de suas cartas, Paulo transmitiu às comunidades cristãs e aos seus
discípulos uma fé fervorosa em Jesus Cristo, na sua morte e ressurreição. A esta
fé soma-se um fator fundamental: o seu temperamento, que era passional,
enérgico, ativo, corajoso e também capaz de idéias elevadas e poéticas.
No ano de 64 D.C., foi morto pelas Legiões Romanas, nas perseguições aos
Cristãos instauradas por Nero, depois do grande incêndio de Roma.