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Vinte dicas para uma leitura aproveitável

Vinte dicas para uma leitura aproveitável

Grupo Espírita Bezerra de Menezes

Autor: Antônio Valdo Rodrigues

Grande parte de nossa evolução depende diretamente do que ouvimos e principalmente do que aprendemos através das leituras. Um livro, um texto, um jornal se constituem, no mínimo, para elevar-nos intelectualmente e espiritualmente. Ainda que se considere que as pessoas lêem sem terem sido para isso preparadas ou treinadas, resolvemos assim fazer estas anotações para sintetizar os principais procedimentos que certamente vão levar mais qualidade e bons resultados ao ato de ler. Estas são as recomendações básicas:

  1. Exercite o hábito da leitura, para ela se tornar um recurso diário e natural;
  2. Leia sempre, mais e melhor. Desde jornais, livros, informativos;
  3. Comece analisando melhor e pesquisando os próprios livros que estão esquecidos nas prateleiras, e que por qualquer razão ainda não encontrou um tempinho para manusear;
  4. Lembre-se de fazê-los circular entre as pessoas de seu círculo de amizade, assim você levará oportunidade para muitos;
  5. Tempo para ler existe. É só querer!
  6. Importante o estado orgânico de quem lê. Torna-se difícil um bom aproveitamento quando temos um mau estar físico, por exemplo, dor de cabeça;
  7. A bebida também prejudica a leitura. O álcool torna o homem improdutivo e a essência alcoólica anestesia o cérebro, que deixa de assimilar, registrar e, principalmente, refletir sobre os conteúdos lidos;
  8. A iluminação é outro fator importante. Devemos, sempre que possível, ler com a luz do dia. Na falta desta, podemos apelar para uma boa iluminação;
  9. As melhores horas para se ler são as horas da manhã, quando o cérebro está mais descansado, ou no entardecer, após um banho, que nos causa um alívio físico e espiritual das atribulações diárias;
  10. Termos a consciência do livro que vamos ler é muito importante. Por exemplo, para ler um livro como Mecanismos da Mediunidade, A Gênese, ou Evolução em Dois Mundos precisamos ter uma reserva a mais de atenção e de concentração, e não esquecer de parar periodicamente para uma anotação ou reflexão.
  11. Faça marcações nas páginas, sublinhando textos importantes, frases, anote ao lado na margem: importante;
  12. Não se preocupe muito com a beleza do compêndio. Quando mais você puder participar, dissecando, retaliando, anotando, é bem melhor, tanto para quem lê, como para quem tenha acesso àquela obra;
  13. Também no caso de uma releitura (o que é sempre recomendável), teremos as referências anteriores que automaticamente vão se somando ao conteúdo e reforçando a compreensão global e do pensamento do autor;
  14. Quando alguém pedir um livro a você, antes de ceder procure levar em conta os pré-requisitos de quem vai receber. Seria um erro oferecer um livro de leitura mais profunda para um iniciante, bem como dar um livro leve a quem tenha bons recursos para aprender mais com uma leitura mais apropriada;
  15. Freqüente livrarias e feiras de livros. Nas feiras de livros você encontra ótimo menu para escolher o que melhor lhe convém;
  16. Também as feiras de livros se constituem em ótima oportunidade para se presentear alguém, lembrando mais uma vez de presentear a pessoa certa com o livro certo. Lembre-se da dedicatória.
  17. Quando presentear alguém com uma boa leitura, não deixe de motivar o leitor, falando algo sobre a obra que o deixe realmente interessado;
  18. Os livros têm a finalidade de nos ajudar a compreendermos o progresso e a evolução. Vai depender de cada um, do seu próprio esforço querer conhecer, auto-desenvolver-se;
  19. Todos nós temos os mesmos objetivos dentro do movimento espírita e se temos que seguir por caminhos diferentes, não nos esqueçamos das leituras básicas e essenciais. Sem elas, o conhecimento adiante parece, às vezes, sem essência;
  20. Estamos nos referindo principalmente a estas obras: O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, A Gênese e O Céu e o Inferno;

Conclusão: Costuma-se citar que reconhece-se o verdadeiro espírita, por sua transformação moral e pelos esforços que faz para domar suas más inclinações; completaríamos, e também pelo domínio da cultura espírita que não deve existir só nos compêndios, precisa ser reconhecida, internalizada, os conhecimentos compreendidos, enfim, ter uma boa relação com os livros.

BANCO DE DADOS Jornal “A Voz do Espírito” São José do Rio Preto – SP

Texto produzido em junho de 1994 Reprodução autorizada, desde que seja citada a fonte.