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O que o Espiritismo pensa do aborto

Dizer que a mulher é dona do seu corpo e dele pode dispor como bem entender,
não é verdade, porque ninguém é dono do corpo, tanto assim que quando
desencarnamos o nosso corpo fica na Terra. Somos apenas usufrutuários do próprio
corpo. Portanto, uma das argumentações preferidas, a de que “a mulher é dona do
seu corpo”, é radicalmente falsa e não pode ser aceita como pretexto para a
prática do aborto.

Ainda assim, se pensássemos (erradamente) que a mulher “é dona do seu corpo”,
ela não teria direito de fazer o aborto, porque o aborto atinge um outro corpo,
um ser distinto da mãe. A própria lei dos homens ensina que o nosso direito vai
até onde começa o do próximo.

Outra pseudo-justificativa preferida dos abortistas é a de que “não tem
condições de criar o filho” ou “o filho não foi desejado”. Ambas as colocações
não são justas, porque se levarmos adiante essa alegação de que “não tem
condições de criar” ou “o filho não foi desejado”, muitas crianças seriam
mortas, muitos velhos seriam eliminados sob o mesmo pretexto, pois a diferença é
apenas de idade. O feto é igualmente um ser vivo, a partir da concepção,
contando com alguns dias ou meses de vida, quando é assassinado sob as falsas
justificativas acima expostas.

A verdade é que devemos fazer a opção antes da concepção, depois é assumir o
que está feito. É uma questão de responsabilidade. Não merece crédito quem não
assume o que faz. O que diríamos de uma pessoa que assinasse um contrato e
depois não o cumprisse sob a desculpa de que “não tem condições” ou “não
desejava”? Diríamos, certamente, é um irresponsável, um inconseqüente, não pensa
para fazer as coisas, essa pessoa não merece mais confiança para negócios. No
caso do aborto o compromisso é entre duas pessoas, homem e mulher e ambos têm
responsabilidade pelo crime. As pessoas que aconselham, que divulgam o aborto, o
cirurgião que executa, são coniventes com o crime e prestarão contas à justiça
divina.

Há somente um caso em que o aborto é aceito pelo Espiritismo: quando está em
risco a vida da mãe, comprovadamente. Nessa hipótese devemos salvar a mãe, que
tem já sua vida em andamento, outros filhos para criar, muitas vezes. Somente
nesse caso. Fora disso devemos aceitar o filho, Pois “não cai uma folha seca de
uma árvore sem que Deus queira”.

-, aos pais, para que não
cometam o crime que muito pesará em suas consciências.