A Linha Reta da Evolução
Allan Kardec, em toda a sua obra, procurou demonstrar que o Espiritismo nada
tem a ver com o maravilhoso e o sobrenatural, e não guarda relação com nenhum
tipo de superstição. Cada Centro Espírita tem a obrigação de esclarecer as
pessoas que o procuram, que não existe na doutrina nenhum ritualismo, nem o
milagre, nem o poder de talismãs, fetiches e amuletos.
O Espiritismo não tem relação com práticas africanistas ou indígenas, nem
mesmo o orientalismo ou doutrinas iniciáticas, embora os espíritas devam
respeitar todas elas.
Nem precisaríamos falar em benzeduras, banho de defesa, uso de bebidas
alcóolicas, fumo, danças, adivinhações, quiropatia, leitura de cartas, búzios,
curandeirismo. Não se utiliza, também, de cristais, reike, cromoterapia e afins.
O Espiritismo não aceita o profissionalismo de médiuns, nem o profissionalismo
religioso, pois, nele não sacerdotes, ministros ou pastores. Quem ler suas obras
básicas compreenderá que o Espiritismo é um estudo científico e filosófico, que
conduz o homem a uma esclarecida religiosidade.
A Doutrina Espírita procura despertar nas pessoas o ideal de superação das
próprias inferioridades, e levar adiante uma vida honesta, criadora, feliz. O
espírita compreende que a distância que o separa da felicidade, fica mais curta
através de uma linha reta, daí o seu esforço para ter um caráter reto. Essa
retidão leva-o a alcançar mais rapidamente a evolução.
O espírita não faz uma tentativa extemporânea de santidade ou angelitude, mas
um esforço real constante de melhorar-se. O Espiritismo pede aos seus adeptos
conduta honesta em todas as circunstâncias da vida. Ser honesto, bom, amigo ,
companheiro, é a meta que move o espírita para o alvo da perfeição.