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O Livro Espírita

Ao nos depararmos com os variados assuntos e possíveis estudos que são
desenvolvidos nas Casas Espíritas, nos lembramos das fontes das quais são
retirados tais assuntos: OS LIVROS, particularmente, O LIVRO ESPÍRITA.

“Reunião de folhas enfeixados e montados em capa”. Assim é definido o livro
de forma simples. Mas, o LIVRO ESPÍRITA é muito mais que um simples escrito. O
LIVRO ESPÍRITA é uma semente que deve ser plantada, porque ele sim, garante a
colheita farta.

O LIVRO ESPÍRITA abre caminhos, liberta, consola, ensina, enfim, nos faz
parar e refletir sobre o mais simples acontecimento corriqueiro, levando-nos a
verdadeira compreensão e possível modificação.

Há 143 anos recebemos a 1.ª Obra Espírita, denominada O Livro dos
Espíritos
, codificada pelo Prof. Rivail – Allan Kardec – o verdadeiro
estudioso da Doutrina Espírita. Após esta, viriam mais quatro obras: O Livro
dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno
e A
Gênese
, e que comporiam o que chamamos de Obras Básicas, ou seja, tudo o que
se ouvir falar sobre a Doutrina Espírita deve constar nessas obras, pois são a
base desta Doutrina libertadora. Kardec, através de seus estudos, procurou
compilar todas as informações nestas cinco obras, de forma clara e inteligível,
ou seja, de fácil compreensão.

Mas, logo após o surgimento das Obras Básicas, da Revista Espírita (…),
surgiram escritores que se empenharam no trabalho, dedicando-se a Literatura
Espírita, em busca de esclarecer ainda mais os ensinos trazidos por essas Obras.

Muitos são os colaboradores que estão à frente desta tarefa em relação à
divulgação do Espiritismo, mas é necessário que saibamos analisar cada obra que
chega as nossas mãos como OBRA ESPÍRITA…

A leitura, o estudo, a pesquisa das obras de Kardec são absolutamente
indispensáveis, sem os quais não se pode conhecer o Espiritismo.

A dedicação à Literatura deve ser a mesma em relação às Obras Assistenciais
desenvolvidas na Casa Espírita, pois a disposição para lê-las deve ser encarada
como uma tarefa de natureza urgente e inadiável.

É conhecendo a Doutrina Espírita a fundo, através das Obras Básicas, que
teremos condições de discernir o que realmente são OBRAS ESPÍRITAS.

E isso ainda é mais sério quando divulgamos obras sem conhecê-las a pessoas
leigas, que não conhecem e nem sabem o que é o Espiritismo. É preciso que nos
coloquemos como divulgadores e compromissados com a Doutrina Espírita e não
confundamos nossas opiniões com o que os livros realmente dizem. Assumindo
papéis de trabalhador e colaborador da Doutrina é necessário que nos sintamos
com esta responsabilidade, agindo de forma correta, sempre pensando na
propagação séria das obras que foram preparadas para nos libertar e fazer com
que cresçamos…

O LIVRO ESPÍRITA deve ter em seu conteúdo os princípios básicos da Doutrina e
uma lógica no encadeamento do assunto. É imprescindível o cuidado quando houver
contradições, polêmicas, assuntos excessivamente explorados, a ponto de não
acrescentarem nada e até mesmo tornarem-se entediosos.

Os LIVROS, de um modo geral, devem trazer algo de bom, um objetivo, uma
proposta.

Diante disso, observemos atentamente as OBRAS que chegam à Casa Espírita,
buscando sempre a pureza doutrinária, para que o Espiritismo possa ser cada vez
mais difundido, esclarecendo e consolando a todos nós… Pense nisso!!!

(Jornal Verdade e Luz Nº 177 de Outubro de 2000)