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Evolução da Prática Espírita

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 Amilcar Del Chiaro

   Do tempo em que se colocava a pessoa obsedada, que chegava em muitos centros espíritas, pela primeira vez, à mesa de sessões, chamada de mesa da caridade, coberta com uma toalha branca, aos dias de hoje, muita coisa foi mudada no movimento espírita.

O Espiritismo empírico, puramente fenomênico, dominado por guias espirituais e médiuns tidos como fortes, ficou para trás, dando lugar ao estudo doutrinário, como alavanca propulsora do conhecimento. Infelizmente, alguns grupos doutrinários radicalizaram, e proscreveram as sessões mediúnicas, o intercâmbio com o invisível, como desnecessário e superado. No entanto, precisamos compreender que a mediunidade deverá estar a serviço da Doutrina Espírita, e não o contrário.

A mediunidade, bem compreendida e exercitada com o critério Kardequiano, constitui-se em utilíssima ferramenta para a construção de um mundo novo, da era do espírito. Precisamos compreender que não somos apenas seres viventes ou existentes, somos interexistentes, pois transcendemos à matéria, e nessa transcendência entramos em contato com os mundos fluídicos e os seres que os habitam, ou com a vida extrafísica.Allan Kardec afirmou que a força do Espiritismo não está na mediunidade, e sim, na sua filosofia, clara, lógica e racional. Não se trata de desmerecer os espíritos ou os fenômenos, mas dar-lhe a dimensão apropriada.O Espiritismo veio para orientar a humanidade, e ajudá-la a progredir em inteligência e moralidade, provar a imortalidade, e para que se é imortal, e a comunicação entre encarnados e desencarnados.