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O Progresso da Humanidade

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Amilcar Del Chiaro

     Ainda chocados com os acontecimentos recentes nos Estados Unidos da América do Norte, entramos em profundas reflexões sobre os destinos  da humanidade, não só dos homens individualmente, mas também das nações. A lei de causa e efeito é individual e coletiva. Provas e explicações envolvem o ser individual e o organismo coletivo.  Sempre desprezamos os caminhos do amor, da simplicidade e entramos pelas veredas tortuosas do sofrimento. Tudo poderia ser diferente. A colonização de povos simples pelos civilizados, trouxe sempre muita dor aos gentios e aos degredados enviados para as novas terras. A lei do progresso determina que os povos civilizados levem a evolução aos mais atrasados, mas não para submetê-los e explorá-los. Contudo, a colonização sempre foi exploradora, inclusive a colonização espiritual. Religiosos diversos aportaram nas novas terras com o intuito de salvar as almas dos gentios para Deus, resgatando-as da idolatria e do pecado, usando para isto de todas as formas de violências, inclusive o terrorismo espiritual, sem se aperceberem que os civilizados adoravam ídolos como o dinheiro, o poder, a glória, o sexo, a violência… Contudo, o que a nossa digressão tem a ver com os atos terroristas nos Estados Unidos? O que queremos frisar, é que a dor vincula todos os homens em todo o planeta. A política econômica e ainda colonialista das nações ricas e poderosas, é causa de muito sofrimento em povos subdesenvolvidos ou “emergentes”, como é a denominação da moda.        Não estamos justificando os atos terroristas, nem de leve, pois somos radicalmente contra este tipo de ação. O terrorismo é um ato covarde, como covardes são as minas deixadas enterradas no solo por soldados ou guerrilheiros, e que estraçalham corpos humanos e de animais. O terrorismo é cruel e visa preferentemente inocentes, justamente para chamar a atenção do mundo. Logicamente, ao acionar uma bomba, ao matar, destruir, os agressores se vinculam à lei de causa e efeito. Repetimos: tudo poderia ser diferente, se os homens desenvolvessem o amor. Somente o amor pode mudar o mundo. Jesus de Nazaré recomendou que amássemos o nosso próximo como a nós mesmos. O Mahatma Gandhi, a grande alma da Índia, disse certa vez: “Se for necessário perder uma vida numa batalha justa, deve-se estar preparado, como Jesus, para derramar o próprio sangue: não o dos outros. Ao final, haverá menos sangue vertido no mundo”. Verter o próprio sangue é não resistir ao mal, é sacrificar-se em prol da vida e do amor. Isto não nos espanta em Gandhi, como não nos espanta em Jesus, ou em Francisco de Assis. Como não nos surpreende outras palavras de Gandhi, que cabe perfeitamente aos tempos atuais e aos baixos ideais terroristas: “Eu preferiria esperar, se necessário durante séculos, do que buscar a liberdade de minha pátria por meios sangrentos”. Jesus, Sócrates, Buda, Gandhi, Francisco de Assis, Schweitzer, Luther King, Teresa D´Ávila, Madre Teresa, Padre Damião, e muitos outros pacificadores, jamais atiraram uma pedra ou uma flecha, ou deram um tiro em quem quer que fosse, e por isso, deixaram cair nos caminhos do mundo, poeira de estrelas que se desprenderam das suas sandálias.