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A Bíblia Condena a reencarnação? – Morrer Uma Só Vez

E COMO É UM FATO QUE OS HOMENS DEVEM MORRER UMA SÓ VEZ, DEPOIS DO QUE VEM UM JULGAMENTO…(HEBREUS, 9: 27)

E como é um fato que os homens devem morrer uma só vez; um fato, alguns tradutores preferiram “está ordenado”, ou seja, a morte física é uma Lei para o mundo em que vivemos. Ela também é fruto das transgressões do Espírito.

Quer saber mais sobre reencarnação? Leia também no Portal Mundo Maior o artigo Livro dos Espíritos: o dogma da reencarnação

Acompanhe também no Portal Mundo Maior o Programa Desafios e Soluções sobre a reencarnação 

Nossos irmãos cristãos de formação católica e protestante têm usado este versículo para dizer que a Bíblia condena a reencarnação.

É preciso analisar com isenção e sem preconceito.

Nenhuma análise literária pode ser feita desconsiderando o contexto em que a literatura está inserida, com a Bíblia não pode ser diferente.

Contextualmente este texto nada tem a ver com a teoria reencarnatória. Portanto, não podemos usá-lo nem contra nem a favor da tese palingenésica.

O que o texto quer dizer como mensagem central é que o sacrifício de Cristo foi único, ele não será repetido; a necessidade expiatória do Messias não mais existe. Ele já nos mostrou o caminho da salvação, agora cabe a cada um de nós a adesão ou não à Lei do Evangelho.

Entretanto, o autor diz que o homem morre uma só vez. Isto é um fato que não vamos questionar, mas que precisa ser entendido.

Realmente o homem morre uma só vez, nenhum homem reencarna, quem reencarna é o Espírito do homem. Há uma grande diferença entre o homem e o Espírito do homem, se o primeiro é mortal, o segundo não.

O que a doutrina espírita mostra, e, diga-se de passagem, outras também, é que o homem é um ser trino, composto de corpo físico, Espírito, e corpo espiritual. Este último ganha o nome de perispírito na Codificação Kardequiana. Outras escolas fazem menção a ele com outras nomenclaturas.

Alguns cristãos das escolas já citadas dizem que o homem é formado de corpo físico, Espírito e alma. A própria Bíblia refere-se ao perispírito como “corpo espiritual” (Cf. 1 Cor, 15: 44)

Os nomes não nos importam, o certo é que o homem não é um Espírito, este faz parte do homem se assim pudermos nos expressar.

Quando acontece o desencarne, a morte é apenas do corpo físico. Neste instante o homem é desfeito, seu Espírito e seu corpo espiritual continuam existindo, e quando há o reencarne é o Espírito com o seu perispírito que reencarnam. É formado para ele um novo corpo e a partir daí surge um novo homem, aquele anterior não existe mais.

Portanto, este versículo nada diz contra a teoria reencarnatória.

Concluindo podemos repetir: o Espírito é imortal, o homem não. E a reencarnação também é um fato, uma Lei Universal.

depois do que vem um julgamento. A ideia é clara, após a “morte” vem um julgamento. Isto também em nada contraria a teoria reencarnatória.

Em todas as fazes evolutivas, que como já comentamos, se desenvolvem por ciclos, sejam estes maiores ou menores, a cada fim de ciclo há a necessidade uma avaliação. Esta avaliação é o próprio julgamento.

Em nossa vida física existem várias avaliações ou julgamentos. A prova escolar no final de um mês, bimestre ou ano, é um exemplo de julgamento sem o qual ninguém é promovido. O controle de qualidade realizado pelas empresas ou pelo próprio consumidor também é um exemplo de julgamento necessário.

Assim, nada mais natural que após uma vida física seja feita uma avaliação desta. Logicamente a gravidade do julgamento e suas consequências serão de acordo com a importância do ciclo avaliado. Uma encarnação é diferente de um ano letivo na escola. Cada evento terá a sua ponderação.

O que podemos com segurança dizer é que mesmo que a avaliação defina próximos ciclos de correção, muitas das vezes amargos, a benignidade do Senhor é para sempre (Cf. Salmo 136). O que quer dizer que ela não termina com a morte física e que um “inferno eterno” não existe. O que só reafirma a Lei da reencarnação como a única a explicar por completo a justiça e a misericórdia de Deus.

Autor: Claudio Fajardo de Castro