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A Gênese Segundo o Espiritismo (Resumo) – Parte 12

Há muitos casos de predições que se realizaram. O Espiritismo vem mostrar que
também este fenômeno ocorre segundo leis naturais.

Figuremos um homem sobre uma montanha, de onde pode ver tudo o que se passa
na planície; pode acompanhar à distância o trajeto de um viajante e ver p. ex.
que, em dado ponto, um ladrão o aguarda para assaltá-lo. Do local em que se
encontra, para o homem da montanha, todos aqueles fatos são presente, enquanto
que para o viajante, tendo sua visão limitada, a situação em que poderá ser
assaltado lhe é desconhecida, e representa o futuro. Se o observador da montanha
descer e lhe avisar que será assaltado e socorrido, estará, para o viajante,
predizendo o futuro.

Assim também, para os espíritos desmaterializados, não existe espaço nem
tempo, estando a extensão e penetração de sua vista condicionadas ao grau de
depuração alcançado. Podem então abarcar um período de até milhares de anos
terrestres e ver simultaneamente os acontecimentos que para os homens “se
desenrolam sucessivamente”. Tais acontecimentos muitas vezes dependem da
cooperação dos homens para concretização dos desígnios do Criador, pelo que
nesses casos podem ser-lhes revelados parcialmente por Espíritos superiores, a
fim de que estejam preparados a agir na ocasião oportuna.

Também quando encarnado, tendo já se adiantado moralmente, pode, durante o
sono ou em êxtase da dupla vista, desprender-se e ter consciência de fatos
futuros dos quais poderá fazer a revelação, dependendo de que devam ou não
permanecer secretos. Poderá ainda guardar deles uma vaga intuição “bastante para
o guiar instintivamente”. A revelação pode também ocorrer por inspiração dos
Espíritos, transmitidas maquinalmente sem a pessoa se aperceber do que fala.
Quando da iminência de calamidades, revoluções, desenvolve-se providencialmente
a faculdade, quando então surgem numerosos videntes.

As revelações podem se apresentar em forma de quadros desenhados pela mente
dos Espíritos reveladores, formando imagens para o vidente. Nestes casos, podem
representar sugestões, no sentido de levar à realização ou prática de atos
necessários à consecução de um objetivo, pelo que o vidente não pode prever o
momento da realização, a qual pode também não ocorrer, pois representa um
desejo, um projeto.

Para o Espírito “o princípio da visão não lhe é exterior, está nele”. Não
necessita, portanto, da luz exterior nem deslocar-se para abranger o tempo e o
espaço. À medida em que se desmaterializa, desenvolvendo-se moralmente,
ampliam-se-lhe as percepções e todas as faculdades.

A Providência regula “os acontecimentos que envolvem interesses gerais da
Humanidade”. Tendo seu livre-arbítrio, pode o homem não executar a missão por
ele aceita no sentido da consecução dos desígnios do Criador, caso em que é
afastado de modo que o resultado final de um acontecimento se cumpra. Não há
fatalidade, pois, “os pormenores e o modo de execução se encontram subordinados
às circunstâncias e ao livre-arbítrio dos homens”. Por isso, mesmo que os
Espíritos possam prevenir-nos quanto a ocorrência de certos acontecimentos
futuros, não lhes é possível precisar a época exata, pois dependem das decisões
que serão tomadas pelos homens durante sua consecução. As predições como as de
Nostradamus eram verdadeiros enigmas, permitindo interpretações diferentes.

Atualmente os Espíritos, em linguagem comum, fazem advertências como
conselheiros que são.

(Publicado no Boletim GEAE Número 437 de 15 de maio de 2002)

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