A Influência Moral dos Médiuns
Conclusão – Isto posto, convém estudarmos com cautela redobrada qual
tem sido nossa postura diante do mediunato. A situação de heterogeneidade em que
se encontram as práticas mediúnicas no país inteiro, nos dá mostra da imensa
responsabilidade que temos diante do quadro que aí está. A mediunidade para bem
produzir no campo da edificação do Ser carece de médiuns dotados de boas
faculdades, mas sobretudo de bons valores morais que possibilitem o acesso dos
bons Espíritos e menor possibilidade de ser enganado pelos maus. A primeira
condição para se obter a boa vontade dos bons Espíritos é a que decorre da
humildade, do devotamento e da abnegação, afirmou Allan Kardec.
Se o lado moral do médium tem grande influência na natureza das comunicações,
faz-se mister a busca da melhoria íntima, através do exame cuidadoso de si
mesmo, esforçando-se para dominar as más tendências, enfim, trabalhando pelo
auto melhoramento de uma forma global. Dessa forma, pode-se dar sentido útil à
mediunidade, contribuindo efetivamente e de maneira produtiva para a divulgação
de uma Doutrina séria, isenta de fantasias e mitos, e que leva muitos a mudarem
os rumos de suas vidas quando em contato com seus ensinamentos.
O papel da Doutrina Espírita é a regeneração da humanidade. Os ensinamentos
dos Espíritos superiores só chegarão até nós através de médiuns seguros e
conscientes de sua tarefa como intermediários desse processo.
O exercício da mediunidade requer grande dose de desprendimento, humildade e
sinceridade de propósitos.
O médium, desprovido desses sentimentos e não valorizando o esforço em
melhorar-se, estará distante do verdadeiro objetivo deste dom de Deus, que é
servir com alegria aos objetivos do Criador.