Aspecto Religioso
O homem, herdeiro dos seus próprios atos, chega à atualidade, assinalado pela
decepção, pela amargura e vencido pelo egoísmo.
Os séculos que varreram povos e edificaram civilizações foram, também,
responsáveis pela quedas das suas construções, que hoje remanescem como
escombros desolados, documentando a fragilidade das conquistas de natureza
material.
Os avanços tecnológicos dos últimos tempos não se fizeram acompanhar pelas
realizações de natureza moral, decorrendo disto os descalabros e desatinos que
se observam em toda parte.
Ao lado das imensas conquistas da Ciência aliada à Tecnologia permanecem as
indiferenças pelo homem, em si mesmo, mergulhando nas ambições desmedidas e na
caça ao poder exacerbado, que respondem pela miséria social e econômica, que
domina o Planeta em todas as direções. Centenas de milhões de vidas se estiolam
ao abandono e os índices de crimes, de violência e de loucura parecem informar
que o homem se perdeu a si mesmo…
Tal ocorrência resulta do fracasso do materialismo, que acenou à criatura a
ilusão de mundo de mentira e propôs-lhe uma felicidade imediata, não maior do
que uma quimera
As guerras sucessivas e os desajustes humanos provaram que as realizações não
estavam dispostas a conduzir o individuo para o bem. Equipadas com dogmas e
cerimônias complexas, nas quais, igualmente se fizeram vítimas dos seus pastores
desalmados, mais interessados nos valores terrestres do que nos bens espirituais
ou na felicidade das ovelhas.
Fomentadoras de interesses servis, lançaram-se, umas contra as outras,
promovendo mais aflições do que consolos, e desligando de Deus, ao largo do
tempo, as mentes humanas.
Neste báratro, surgiu a Doutrina Espírita, desde 1857, com propostas novas,
alicerçadas nos fatos demonstrados em laboratório, e portadora de uma filosofia
comportamental excelente, tendo como apoio o Cristianismo primitivo, que revive
em toda a sua potencialidade.
Ciência que investiga, filosofia que esclarece e religião que conduz, o
Espiritismo vem, no momento próprio, quando a cultura o pode assimilar e do
homem vivê-lo, a fim de resgatar o Espírito do Cristo das Igrejas ortodoxas
apaixonadas, cujos fieis, com raras e justas exceções, não O vivem nem O amam…
Momento este, altamente significativo e decisivo para o homem, de retorno ao
Cristianismo, que o Espiritismo explica e desvela, abrindo as portas ao amor e à
caridade, como propostas libertadoras para a consciência e o coração, até este
momento ergastulados nos calabouços das paixões primitivas, destruidoras.
Atraindo milhões de pessoas, aos seus postulados, “Consolador” ilumina
a mente e arranca, pelas raízes, os males que geram aflições, evitando que
futuras lágrimas de dor venham aljofrar os olhos dos homens.
Fixando a atenção na sua feição religiosa, exaltamos a sabedoria do mestre
Allan Kardec que no-lo ofereceu, escoimado de superstições e místicas, fórmulas
e sacerdócios organizados, muito comuns a outras religiões, o que, todavia,não o
exonera de ser vivido religiosamente, face às possibilidades de mudar os
rumos atuais pelos quais segue a Humanidade, na busca da plenitude.
Nas sua grandeza, a Doutrina Espírita abarca o conhecimento gera, que nela
jaz, em síntese, esplendendo na lição da Caridade, fora da qual, não há
salvação.
Podemos, assim, constatar que em toda a Codificação está presente o espírito
religioso, completando os conteúdos científicos e filosóficos, nos quais se
apóia toda a Revelação.
Ao iniciar o colossal trabalho de interrogação aos Espíritos, a primeira
questão apresentada por Allan Kardec é a respeito de Deus, e a última,
prosseguindo em torno das indevassadas proposições do Infinito, defrontando-se,
na problemática, a criatura e o seu Criador, para concluir, magistralmente, a
Obra, com uma análise sobre o reino do Cristo nos corações e a predominância do
bem no relacionamento social. Assim, ressalta a tese da destinação humana, cuja
etapa final é a sua plenitude, a perfeição relativa que lhe está reservada. (“O
Livro dos Espíritos” – Questões 1 e 1018/19.).
Nesse processo de evolução, conforme acentuam os Espíritos, tudo marcha na
direção de Deus. “desde o átomo até o arcanjo” (Questão 540 – “O Livro
dos Espíritos”), apresentando o mecanismo da “Progressão dos Espíritos”, a todos
facultando, a Soberana Lei, a oportunidade de desenvolver as potencialidades que
lhes jazem inatas e alcançarem a felicidade, conforme as promessas de Jesus.
Deus, no Espiritismo,deixa de ser o Criador antropomórfico, para tornar-se a
“inteligência suprema e causa primeira do Universo” (Questão 1 – “O Livro
dos Espíritos”) acessível à compreensão relativa dos homens, que lhe penetram a
justiça, segundo as lições apresentadas pelo Nazareno.
O Evangelho, nessa obra fundamental, ressurge com toda a sua pujança, a
partir do debate sobre os “anjos e demônios”, que se inicia na Questão nº 128 e
prosseguem em diversas outras.
Exalando, no seu texto, o odor religioso, na sua mais elevada
qualidade, Kardec enfrenta o materialismo e o combate com lógica, apoiado pelos
reveladores Espirituais, culminando com a questão a respeito do ser mais
perfeito que Deus ofereceu ao homem para servir-lhe de modelo e guia, e que
obteve a resposta, sintética e insuperável: Jesus. (Questão 625, de “O
Livro dos Espíritos”).
Na análise das “Leis Morais“, a de adoração se apresenta como
aquele que propicia ao homem a perfeita compreensão da sua pequenez diante da
Majestade do seu Criador, elucidando que a verdadeira adoração é do coração
(Questão 653 de “O Livro dos Espíritos”), anulando qualquer tipo de culto
exterior e cerimonial que descaracterizaria a grandeza e o valor do seu
compromisso com a razão e a lógica.
Aprofundando o assunto, explica, Allan Kardec, posteriormente: “Demolindo
nas religiões o que é obra dos homens e fruto de sua ignorância das leis da
Natureza… Afastando os acessórios, ela prepara as vias para a unidade.”
(“A Gênese” – Cap. XVII, item 32.).
Por essência, o homem é um ser religioso. O seu atavismo
antropológico-sociológico indu-lo ao culto religioso, à adoração natural a Deus,
aos elementos essenciais da fé e, depois, da razão, na busca da conscientização
da sua imortalidade. Este sentimento ressalta na prece, na ação da caridade, no
exercício das virtudes, na superação da sua animalidade, no sacrifício para
superar os próprios limites humanos.
A prece é-lhe de vital importância, a fim de se sintonizar com Deus,
louvando-O, pedindo-Lhe e agradecendo-Lhe, em uma submissão racional e em uma
libertação plena, ao entender as Leis que governam a vida.
Em “O Livro dos Espíritos”, Parte Terceira (Das Leis Morais), Allan Kardec
encara os desafios morais que esperam pelo indivíduo e analisa as grandezas e
misérias humanas,suas paixões e ideais, seus vícios e virtudes em um formoso
caleidoscópio de informações lúcidas quão atuais.
Em toda a metodologia de “O Livro dos Médiuns”, encontramos a preocupação dos
Espíritos e de Kardec, no que diz respeito à conduta moral dos intermediários e
à sua responsabilidade em torno da vida futura que a todos nos aguarda.
Após a análise profunda das questões pertinentes ao intercâmbio entre os
Espíritos e os homens, as conseqüências do bom ou mau uso da mediunidade, dos
perigos da obsessão, são apresentadas comunicações que facultam uma melhor
compreensão na natureza das criaturas após a desencarnação, que a ninguém
modifica de golpe, e, por fim, as excelentes advertências e orientações das
Entidades Venerandas, entre as quais, as oportunas palavras de Santo Agostinho:
Confiai na bondade de Deus e sede bastante clarividentes para perceberdes os
preparativos da vida nova que ele vos destina.”
“O Evangelho segundo o Espiritismo”, no seu Prefácio, abre as suas
páginas com a extraordinária mensagem do Espírito de Verdade:
“Os Espíritos do Senhor, que são as virtudes dos Céus, qual imenso exército
que se movimenta ao receber as ordens do seu comando, espalham-se por toda a
superfície da Terra e, semelhantes a estrelas cadentes, vêm iluminar os caminhos
e abrir os olhos aos cegos.
“Eu vos digo, em verdade, que são chegados em que todas as coisas hão de ser
restabelecidas no seu verdadeiro sentido, para dissipar as trevas, confundir os
orgulhosos e glorificar os justos.
“As grandes vozes do Céu ressoam como sons de trombetas, e os cânticos dos
anjos se lhes associam. Nós vos convidamos, a vós homens, para o divino
concerto. Tomai da lira, fazei uníssonas vossas vozes, e que, num hino sagrado,
elas se estendam e repercutam de um extremo a outro do Universo.
“Homens, irmãos a quem amamos, aqui estamos juntos de vós. Amai-vos, também,
uns aos outros e dizei do fundo do coração, fazendo as vontades do Pai, que está
no Céu: Senhor! Senhor!… e podereis entrar no reino dos Céus.”
Fundamentando-se nas mesmas questões abordadas por todas as religiões, e a
que Kardec se referirá, posteriormente: “A Ciência e a Religião são as duas
alavancas da inteligência humana: uma revela as leis do mundo material e a outra
as do mundo moral…” (“O Evangelho segundo o Espiritismo”, Cap. I, nº 8.) E,
logo depois, no Capítulo XXIV, item 16, da obra referida, volta a dizer: “Pois
que a doutrina que professam (os adeptos do Espiritismo) mais não é do que o
desenvolvimento e a aplicação da do Evangelho, também a eles se dirigem as
palavras do Cristo.”
Detendo-se em uma análise mais profunda a respeito dos vínculos entre a
Ciência e a Religião, no livro acima referido (Cap. 1), assevera o Codificador,
ainda, no Item 8:
“A Ciência e Religião são as duas alavancas da inteligência humana: uma
revela as leis do mundo material e outra as do mundo moral. Tendo, no
entanto, essas leis o mesmo princípio, que é Deus, não podem se contradizer.
Se fossem a negação uma da outra, uma necessariamente estaria em erro e a outra
com a verdade, porquanto Deus não pode pretender a destruição de sua própria
obra. A incompatibilidade que se julgou existir entre essas duas ordens de
idéias provêm apenas de uma observação defeituosa e de excesso de exclusivismo,
de um lado e de outro. Daí um conflito que deu origem à incredulidade e à
intolerância.
São chegados os tempos em que os ensinamentos do Cristo têm que ser
completados; em que o véu intencionalmente lançado sobre algumas partes desse
ensino tem de ser levantado; em que a Ciência, deixando de ser exclusivamente
materialista, tem de levar em conta o elemento espiritual e em que a Religião,
deixando de ignorar as leis orgânicas e imutáveis da matéria, como duas forças
que são, apoiando-se uma na outra e marchando combinadas, se prestarão mútuo
concurso. Então, não mais desmentida pela Ciência, a Religião adquirirá
inabalável poder, porque estará de acordo com a razão, já se lhe não podendo
mais opor a irresistível lógica dos fatos.”
No Capítulo IX, Item 8, do mesmo livro,explica o Codificador: “A doutrina de
Jesus ensina, em todos os seus pontos, a obediência e a resignação, duas
virtudes companheiras da doçura e muito ativas, se bem os homens erradamente as
confundam com a negação do sentimento e da vontade. A obediência é o
consentimento da razão; a resignação é o consentimento do coração, forças ativas
ambas (…) O pusilânime não pode ser resignado, do mesmo modo que o orgulhoso e
o egoísta não podem ser obedientes.”
A seguir, no Capítulo XV, Itens 8 e 9, considera.
(…) “Fora da caridade não há salvação – assenta num princípio
universal e abre a todos os filhos de Deus acesso à suprema felicidade (…)
consagra o princípio da igualdade perante Deus e da liberdade de consciência
(…) os homens são irmãos e, qualquer que seja a maneira por que adorem o
Criador, eles se estendem as mãos e oram uns pelos outros.”
Fora da Verdade (…) equivaleria ao Fora da Igreja (…) e seria
igualmente exclusivo, porquanto nenhuma seita existe que não pretenda ter o
privilégio da verdade (…) O Espiritismo, de acordo com o Evangelho, admitindo
a salvação para todos, independe de qualquer crença, contanto que a lei de Deus
seja observada, não diz: Fora do Espiritismo não há salvação; e, como não
pretende ensinar ainda toda a verdade, também não diz: Fora da Verdade…
pois que esta máxima separaria em lugar de unir e perpetuaria os antagonismos.”
Ainda no Capítulo I, da referida obra, no item 6, Kardec assevera: “O
Espiritismo é a terceira revelação da lei de Deus” e prossegue no de número 7:
“Assim como o Cristo disse: “Não vim destruir a lei, porém cumpri-la, também o
Espiritismo diz: “Não venho destruir a lei cristã; mas dar-lhe execução.” Nada
ensina em contrário ao que ensinou o Cristo; mas desenvolve, completa e explica,
em termos claros e para toda gente, o que foi dito apenas sob forma alegórica.
Vem cumprir, nos tempos preditos, o que o Cristo anunciou e preparar a
realização das coisas futuras. Ele é, pois, obra do Cristo, que preside,
conforme igualmente o anunciou, à regeneração que se opera e prepara o reino de
Deus na Terra.”
Ao estudar O Cristo Consolador, no Capítulo VI, de “O Evangelho
segundo o Espiritismo”, toda a floração evangélica estende o perfume da
esperança, fazendo-se ouvir novamente o conteúdo sublime da palavra de Jesus,
qual ocorreu nos memoráveis dias da Sua jornada terrestre. E, ao final do item
5, deste notável Capítulo, o Espírito de Verdade orienta: “Espíritas!
Amai-vos, este o primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo.”
No Capítulo XXVI, de “O Evangelho segundo o Espiritismo”, no Item 10, com
imensa propriedade, escreve o Codificador: “A mediunidade é coisa santa, que
deve ser praticada santamente, religiosamente.” Estudava o mestre a questão
da Mediunidade gratuita, objetivando o sentido superior do seu ministério e o
faz de forma elevada, que a torna uma bênção a ser repartida religiosamente,
desinteressadamente.
“O Céu e o Inferno”, de Allan Kardec, é toda uma obra religiosa, na qual o
extraordinário pensador propõe um Código penal da vida futura – 1a.
Parte – Cap. VII, 33 itens extraordinários, dignos de figurar em qualquer
legislação que dignifique a criatura humana. Ademais, as comunicações repetem os
estados dos Espíritos, nos diferentes estágios do processo depurador,
esclarecendo os velhos conceitos sobre o inferno, o purgatório e o céu,
afirmando a justiça e a bondade de Deus em todos os seus transcendentes
aspectos.
Nos dezoito capítulos de “A Gênese”, uma terça parte deles aborda questões
palpitantes e sempre oportunas da lições e ensinamentos de Jesus, fazendo
ressaltar a tarefa do Espiritismo, na sua condição de “O Consolador” (João: 14:
16 e seguintes), elucidando, com as luzes que o projeta, as passagens obscuras e
traçando um roteiro formoso a respeito da sociedade do futuro e da criatura
humana regenerada, antecipando a Era Nova que dominará a Terra.
Em um momento extraordinário, (“A Gênese”, Cap. 1, 42) afirma Kardec: “(…)
reconhece-se que o Espiritismo realiza todas as promessas do Cristo a respeito
do Consolador anunciado. Ora, como é o Espírito de Verdade que
preside ao grande movimento da regeneração, a promessa da sua vinda se acha por
essa forma cumprida, porque, de fato, é ele o verdadeiro Consolador.”
No mesmo Capítulo, Item 12, elucida: “O Espiritismo, dando-nos a conhecer o
mundo invisível que nos cerca e no meio do qual vivíamos sem o suspeitarmos,
assim como as leis que o regem, sua relações com o mundo visível, a natureza e o
estado dos seres que o habitam e, por conseguinte, o destino do homem depois da
morte, é uma verdadeira revelação, na acepção cientifica da palavra.”
No Item 13, informa: “Por sua natureza, a revelação espírita tem duplo
caráter: participa ao mesmo tempo da revelação divina e da revelação
científica”, prosseguindo, no de número 55: “As descobertas que a Ciência
realiza, longe de o rebaixarem, glorificam a Deus; unicamente destroem o que os
homens edificaram sobre as falsas idéias que formaram de Deus”, acrescentando
que: “Caminhando de par com o progresso, o Espiritismo jamais será ultrapassado,
porque, se novas descobertas lhe demonstrassem estar em erro acerca de um ponto
qualquer, ele se modificaria nesse ponto. Se uma verdade nova se revelar, ele a
aceitará”.
Anteriormente, afirmara o mestre, na Questão número 24 de “O Livro dos
Médiuns”: O Espiritismo repousa sobre as bases fundamentais da religião…”,
naturalmente confirmando o que se encontra exposto em “O Livro do Espíritos”, na
conclusão V: “O Espiritismo é forte porque assenta sobre as próprias bases da
Religião: Deus, a alma, as penas e as recompensas futuras“;
concluindo: ” … O Espiritismo não traz moral diferente da de Jesus.”(-Idem,
Conclusão VIII)”.
Estes argumentos já foram explicitados em “O que é o Espiritismo”, quando o
Codificador com segurança expõe: “O Espiritismo possui, porém, uma outra
utilidade, mais positiva: é a natural influencia moral que exerce. Ele é a prova
patente da existência da alma, da sua individualidade depois da morte, da sua
imortalidade, da sua sorte futura; é, pois, a destruição do materialismo…”
(Segundo Diálogo – O Cético – Utilidade prática das manifestações – pág. 71.) E
mais adiante: ” O Espiritismo tem por fim combater a incredulidade e suas
funestas conseqüências, fornecendo provas patentes da existência da alma e da
vida futura. (…) os que têm uma fé religiosa e a quem esta fé satisfaz, dele
não têm necessidade.” (Terceiro Diálogo – O Padre – pág.84)
Na singela e bem elaborada obra “O Espiritismo na sua expressão mais simples”
(Ed. FEB, 1921, pág. 14), afirma Kardec: Do ponto de vista religioso, o
Espiritismo tem por base as verdades fundamentais de todas as religiões: Deus, a
alma, a imortalidade, as penas e recompensas futuras; mas independe de qualquer
culto particular.” (Pág. 15)
E, na “Revista Espírita”, de janeiro de 1863, à pág. 18, assevera: “Pelas
provas patentes que ele (O Espiritismo) dá da existência da alma e da vida
futura, base de todas as religiões, é a negação do materialismo…”
Ainda na Revista Espírita de 1860, pág. 308, na Resposta do Sr. Allan Kardec
ao Sr. Redator da Gazeta de Lyon, afirma o Codificador: “O Espiritismo é
inteiramente baseado no dogma da existência da alma, sua sobrevivência ao corpo,
sua individualidade após a morte, sua imortalidade, as penas e as recompensas
futuras. Não só sanciona estas verdades pela teoria; sua essência é de lhes dar
provas patentes. Eis por que tanta gente que em nada acreditava foi reconduzida
às idéias religiosas. Toda a sua moral é apenas o desenvolvimento das máximas do
Cristo (…) Romperam eles com toda crença religiosa, eles que se apóiam na base
mesma da religião?” E dando prosseguimento aos seus notáveis argumentos,
esclarece: “Entre eles (os operários), muitos maldiziam seu trabalho penoso;
hoje, o aceitam com a resignação do cristão, como uma prova…”
Em “Obras Póstumas” (Manifestação dos Espíritos, Item 7 – pág. 39), confirma:
“O Espiritismo, que se funda no conhecimento de leis até agora incompreendidas
não vem destruir os fatos religiosos, porem sancioná-los, dando-lhes uma
explicação racional.” E acrescenta (pág. 235 da mesma obra): “O Espiritismo é
uma doutrina filosófica de efeitos religiosos, como qualquer filosofia
espiritualista, pelo que forçosamente vai ter às bases fundamentais de todas as
religiões: Deus, a alma e a vida futura. Mas, não é uma religião
constituída, visto que não tem culto, nem rito, nem templos e que, entre seus
adeptos, nenhum tomou, nem recebeu o título de sacerdote ou de sumo sacerdote.”
(Ligeira resposta aos detratores do Espiritismo.)
Não havendo culto no Espiritismo, como se expressam os Espíritas? Através da
comunhão mental e interior com Deus, com Jesus, com os Espíritos Superiores, sem
a utilização de quaisquer utensílios materiais, indumentárias ou cerimônias. É,
conforme a expressão de Bérgson, a “Religião psíquica”, consoante a denominou A.
Conan Doyle (Herculano Pires – Introdução à sua tradução de “O Livro dos
Espíritos” pág. 24 – Edicel). Ainda, Herculano Pires (“Boletim Informativo” da
União Municipal Espírita de Bauru, – SP – Edição Especial – O Caráter Religioso
do Espiritismo) acentua:
“A partir desse momento (quando Kardec indaga “Que é Deus?”) não temos apenas
a Religião Espírita, mas também a sua Teologia. O Estudo da Natureza de Deus
iniciado em “O Livro dos Espíritos” traz a solução dos problemas que aturdem
neste momento os teólogos do Mundo. Os teólogos foram confundidos por Deus e já
criaram até mesmo a Teologia da Morte de Deus. Mas a Teologia Espírita surge no
horizonte em sua nova luz. São chegados os tempos em que todas as coisas
devem ser restabelecidas no seu verdadeiro sentido, como diz o prefácio
mediúnico de “O Evangelho segundo o Espiritismo”.
“Como vemos, a tese religiosa é fundamental no Espiritismo. Negar a
existência da Religião Espírita é negar a lei de adoração e suas manifestações
objetivas em todo o Mundo, em todas as épocas. Negar a existência de uma
teologia Espírita é negar auxílio, o indispensável auxílio do Espírito de
Verdade aos teólogos atormentados do nosso tempo. A Terra, dizia Pitágoras, é a
morada da opinião. É muito fácil opinar sobre as coisas e não faltam opiniões
pessoais sobre os mais graves problemas do Espiritismo. Mas não são as opiniões
pessoais que resolvem. Temos que enfrentar cada tema Espírita nos textos da
Codificação. Só eles nos dão a verdade que buscamos.”
Magistralmente, Kardec reportou-se aos verdadeiros espíritas, ao enunciar:
“Os que não se contentam com admirar a moral espírita, que a praticam e lhe
aceitam todas as conseqüências.” (…) “A caridade é, em tudo, a regra de
proceder a que obedecem. São os verdadeiros espíritas, ou melhor, os
espíritas cristãos.” (os destaques são de Allan Kardec.) (… Ce sont là les
vrais spirites ou mieux les spirites chrétiens.”) (“O Livro dos Médiuns”,
Primeira Parte, Cap. III – Do Método – Item 28, 3..) (“Reformador”, 10/1977 –
Ed. FEB.)
Posteriormente, Kardec volta a comentar: “Não empaneis esse clarão por
sentimento e atos indignos dos verdadeiros Espíritas, de espíritas cristãos.”
(… “n’em termissez pás l’éclat par des sentiments et des actes indignes do
vrais Spirites, de Spirites Chrétiens.” (“Viagem Espírita em 1862” – O Clarin,
1º edição, 1968, pág 92; edição francesa da Union Spirite Kardeciste Belge, s/d,
p. 63.) Idem, idem, pág.10.)
Mais tarde, ele anota: “Aproxima-se a hora em que te será necessário
apresentar o Espiritismo qual ele é, mostrando a todos onde se encontra a
verdadeira doutrina ensinada pelo Cristo. Aproxima-se a hora em que, à face do
céu e da Terra, terás de proclamar que o Espiritismo é a única tradição
verdadeiramente cristã e a única instituição verdadeiramente divina e humana.” –
(“Obras Póstumas” – Segunda Parte – Livro da Previsões Concernentes ao
Espiritismo, comunicação obtida em Ségur, aos 9/8/1863, a propósito da
elaboração de “O Evangelho segundo o Espiritismo”.) (Idem, Idem.)
Igualmente significativo é o conceito: “… a Doutrina que professam (os
adeptos do Espiritismo) mais não é do que o desenvolvimento e a aplicação da do
Evangelho, também a eles se dirigem as palavras do Cristo. Eles semeiam na Terra
o que colherão na vida espiritual.” (“O Evangelho segundo o Espiritismo”, Cap.
XXIV, Item 16.)
Por fim, na tese É o Espiritismo uma Religião?, extraímos do discurso
de Allan Kardec, em 1º de novembro de 1868, na Sociedade Parisiense de Estudos
Espíritas, estampado na “Revue Spirite”, de dezembro do mesmo ano, págs. 353 a
362 e traduzido por Júlio Abreu Filho, Edicel, págs. 356/360, ano XI, nº 12:
“Dissemos que o verdadeiro objetivo das assembléias religiosas deve ser a
comunhão de pensamentos; é que, com efeito, a palavra religião quer
dizer laço. Uma religião, em sua acepção nata e verdadeira, é um laço que
religa os homens numa comunidade de sentimentos, de princípios e de
crenças. Consecutivamente, esse nome foi dado a esses mesmos princípios
codificados e formulados em dogmas ou artigo de fé. É nesse sentido que se diz:
a religião política; entretanto, mesmo nesta acepção, a palavra
religião não é sinônimo de opinião; implica uma idéia particular; a de fé
conscienciosa; eis por que se diz também: a fé política.”
“O laço estabelecido por uma religião, seja qual for o seu objetivo, é, pois,
um laço essencialmente moral, que liga os corações, que identifica os
pensamentos, as aspirações, e não somente o fato de compromissos materiais, que
se rompem à vontade, ou da realização de fórmulas que falam mais aos olhos do
que ao espírito. O efeito desse laço moral é o de estabelecer entre os que ele
une, como conseqüência da comunidade de vistas e sentimentos, a fraternidade
e a solidariedade, a indulgência e a benevolência mútuas. É nesse sentido
que também se diz: a religião da amizade, a religião da família.
Se assim é, perguntarão, então o Espiritismo é uma religião? Ora, sim, sem
dúvidas senhores. No sentido filosófico, o Espiritismo é uma religião, e nós no
glorificamos por isto, porque é a doutrina que funda os elos da fraternidade e
da comunhão de pensamentos, não sobre uma simples convenção, mas sobre bases
mais sólidas: as mesmas leis da Natureza.
Por que, então, declaramos que o Espiritismo não é uma religião? Porque não
há uma palavra para exprimir duas idéias diferentes, e que, na opinião geral, a
palavra religião é inseparável da de culto; desperta exclusivamente uma idéia de
forma, que o Espiritismo não tem. Se o Espiritismo se dissesse uma religião, o
público não veria aí senão uma nova edição, uma variante, se quiser, dos
princípios absolutos em matéria de fé; uma casta sacerdotal com o seu cortejo de
hierarquias, de cerimônias e privilégios; não o separaria das idéias de
misticismo e dos abusos contra os quais tantas vezes se levantou a opinião
pública.
Não tendo o Espiritismo nenhum dos caracteres de uma religião, na acepção
usual do vocábulo, não podia nem devia enfeitar-se com um título sobre cujo
valor inevitavelmente se teria equivocado. Eis por que simplesmente se diz:
doutrina filosófica e moral.”
“Crer num Deus todo-poderoso soberanamente justo e bom; crer na alma e em sua
imortalidade; na preexistência da alma como única justificativa do presente; na
pluralidade das existências como meio de expiação, de reparação e de
adiantamento moral e felicidade crescente com à perfeição; na perfectibilidade
dos seres mais imperfeitos; na do bem e do mal conforme o princípio: a cada um
segundo as suas obras; na igualdade da justiça para todos, sem exceções, favores
nem privilégios para nenhuma criatura; na duração da expiação limitada pela
imperfeição; no livre-arbítrio do homem, que lhe deixa sempre a escolha entre o
bem e o mal; crer na continuidade que religa todos os seres passados, presentes
e futuros, encarnados e desencarnados; considerar a vida terrestre como
transitória e uma das fases da vida do Espírito, que é eterna; aceitar
corajosamente as provações, em vista do futuro mais invejável que o presente;
praticar a caridade de pensamentos, palavras e obras na mais larga acepção da
palavra; esforçar-se cada dia para ser melhor que na véspera, extirpando alguma
imperfeição de sua alma; submeter todas as crenças ao controle do livre exame e
da razão e nada aceitar pela fé cega; respeitar todas as crenças sinceras, por
mais irracionais que nos pareçam e não violentar a consciência de ninguém; ver
enfim nas descobertas da Ciência a revelação das leis da Natureza, que são as
leis de Deus: eis o credo, a religião do Espiritismo, religião que pode
conciliar com todos os cultos, isto é com todas as maneiras de adorar a Deus. É
o laço que deve unir todos os espíritas numa santa comunhão de pensamentos,
esperando que ligue todos os homens sob a bandeira da fraternidade universal.”
“Religião – É palavra de origem latina: a) vem de relegere,
recolher, tratar com cuidado (oposto de neglegere, deixar de lado, descuidar),
porque o homem religioso zela, com máximo empenho e profundo respeito, pelas
coisas referentes ao culto de Deus. É a etimologia que dá Cícero; b) outros
autores, como Lactâncio, S. Jerônimo, S. Agostinho pensam que vem de religare,
ligar, porque a religião tem, como base, os laços que unem o homem a Deus.
” A etimologia, aliás, pouco influi. Usamos a palavra religião com
diversas acepções: Doutrina. Professar a religião cristã é admitir a
doutrina, os ensinos de Nosso Senhor Jesus-Cristo: é crer nas verdades que nos
revelou e observar os mandamentos que nos deu.” – Boulanger – “A Doutrina
Católica”.
Após comentar o conceito apresentado por Boulanger, expondo os pontos básicos
do Espiritismo, perfeitamente concordes com o Cristianismo, concluiu o erudito
escritor Carlos Imbassahy:
“Pelas leis morais do Cristo, que segue; pela parte do Cristianismo, que
representa; pela obrigação que se impôs de divulgar o Evangelho; pelo dever, que
mantém, de colocar as leis divinas acima de tudo, como a fonte do progresso
humano, o Espiritismo reivindica a parte que lhe cabe no seio das religiões.”
(“Religião” – págs. 91 a 105 – O Cristianismo.)
Voltando a “A Gênese”, diz Allan Kardec (cap. 1):
“21. Moisés, como profeta, revelou aos homens a existência de Deus único…
22. O Cristo, tomando da antiga lei o que é eterno e divino e rejeitando o
que era transitório, puramente disciplinar e de concepção humana…
“30. O Espiritismo, partindo das próprias palavras do Cristo, como este
partiu das de Moisés, é conseqüência direta da sua doutrina.” – (Págs. 23 e 30.)
O “Petit Larousse – Illustré”, edição de 1975, define Religião como: “a
culto prestado à Divindade; doutrina religiosa; religião cristã”. (Salvador
Gentile – Espiritismo e Religião – “Reformador”, Ed. FEB, 1986m págs 20 e 21.)
O “Dicionário Escolar do Professor”, organizado por Francisco da Silva Bueno,
edição 1962, elucida que Religião significa: conjunto de práticas e princípios
que regem as relações entre o homem e a divindade; doutrina religiosa. (Idem,
Idem.)
O Diccionário de la Lengua Española, de la Real Academia Espanõla, 1970,
informa: Religião significa: conjunto de crenças e dogmas acerca da divindade,
de sentimentos de veneração e temor para com ela, de normas morais para a
conduta individual e social e de práticas rituais, principalmente a oração e o
sacrifício para prestar-lhe culto. (Idem, Idem.)
“A Grande Enciclopédia Delta Larousse” edição de 1978, define Religião:
“Culto praticado a uma divindade; crença na existência de um ente supremo como
causa, fim ou lei universal. Conjunto de dogmas e práticas próprias de uma
confissão religiosa. Crença, devoção, piedade. Reverência às coisas sagradas.”
Igualmente, a “Enciclopédia Brasileira Mérito”, edição de 1967, assinala:
Religião – Lat. Religio. Culto a uma divindade; crença na existência de um ente
supremo como causa, fim ou lei universal; doutrina, crença ou sistema religioso;
reverência ou acatamento às coisas sagradas; fé, crença, devoção, piedade;
estado de pessoas reunidas por voto para seguirem prontamente certa regra da
Igreja; ordem ou congregação religiosa; ordem de cavalaria; tudo aquilo que se
considera dever sagrado ou obrigação indeclinável; reunião de princípios de
moral comuns às nações civilizadas e independentes de revelação; escrúpulos;
santidade ou virtude que se atribui a alguma coisa e pela qual se lhe presta
reverência.”
Diz Humberto Mariotti: “O Espiritismo, ao ser a ciência espiritual mais
positiva da imortalidade da alma dentro do processo histórico, abarca, como é
lógico, todas as necessidades da evolução humana; por conseguinte, não somente
oferece ao homem a religião universal, mas, também, a Sabedoria Divina
integral já que suas bases se desenvolvem sobre os três grandes instrumentos do
saber. A Ciência – A Filosofia e A Religião. (“Codificação Espírita superada?”
Federação Espírita do Paraná editora, 1964.)
Na sua obra “O Espiritismo e as doutrinas espiritualistas” afirma Deolindo
Amorim: “A adoração exterior pode ser útil, se não consistir num vão simulacro,
se houver sinceridade, mas o Espiritismo faz sentir que o homem, quanto mais
espiritualizado, menos necessidade de exteriorização ou de posturas
convencionais para render culto a Deus. É a Religião pura e simples, a religião
da consciência.”
Por sua vez, González Soriano, in “El Espiritismo es la filosofia”, acentua:
“O Espiritismo – Ciência, Filosofia e Religião – faculta ao homem, neste
atribulado fim de século, percorrer todo o caminho a que alude o filósofo na
citação inicial deste artigo; porque é, sem dúvida, “a síntese essencial dos
conhecimentos humanos aplicados à investigação da verdade”.
Fazendo-se uma análise insuspeita quão impessoal da questão, conclui-se com
nítida claridade mental que o Espiritismo é religião cuja tarefa essencial foi
confirmar, à luz da Ciência contemporânea, a legitimidade dos princípios nos
quais se fundamentam todas as religiões: Deus, a alma, a justiça divina, a
pluralidade dos mundos habitados, os deveres morais para consigo mesmo e para
com o próximo, de cuja conduta deflui uma filosofia otimista, encarregada de
ensejar ao homem a compreensão dos acontecimentos da vida e lutar, apoiado em
uma ética moral superior, qual aquela que Jesus viveu e pregou, pelo auto-
aprimoramento, libertando-se das paixões que o escravizam e infelicitam.
O Espiritismo é a Religião do amor em todas as suas dimensões e da caridade
nas suas mais variadas expressões, dignificando a criatura e harmonizando-a em
relação às Leis Soberanas que regem a vida.
O Espiritismo é a Religião dinâmica, sem dogmas, sem rituais, sem
sacerdócio, sem limites, sem misticismo, sem superstição, encarregada de
preparar a Era Nova da Humanidade ideal conforme preconizada por Jesus e
referendada por São Luís, ao terminar a Questão de número 1019, de “O Livro dos
Espíritos”.
“Todos vós, homens de fé e de boa vontade, trabalhai, portanto, com ânimo e
zelo na grande obra da regeneração, que colhereis pelo cêntuplo o grão que
houverdes semeado. Ai dos que fecham os olhos à luz! Preparam para si mesmos
longos séculos de trevas e decepções! Ai dos que fazem dos bens deste mundo a
fonte de todas as suas alegrias! Terão que sofrer privações muito mais numerosas
do que os gozos de que desfrutaram! Ai, sobretudo, dos egoístas! Não acharão
quem os ajude a carregar o fardo de suas misérias.”
E Santo Agostinho, na Conclusão, Item IX do grandioso “O Livro dos
Espíritos”, estabelece: “O Espiritismo é o laço que um dia os (aos homens)
unirá, porque lhes mostrará onde está a verdade,onde o erro. Durante muito
tempo, porém, ainda haverá escribas e fariseus que o negarão, como negaram o
Cristo. Quereis saber sob a influência de que Espíritos estão as diversas seitas
que entre si fizeram partilha do Mundo? Julgai-o pelas suas obras e pelos seus
princípios. Jamais os bons Espíritos foram os instigadores do mal; jamais
aconselharam ou legitimaram o assassínio e a violência; jamais estimularam os
ódios dos partidos, nem a sede das riquezas e das honras, nem a avidez dos bens
da Terra. Os que são bons, humanitários e benevolentes para com todos, esses os
seus prediletos e prediletos de Jesus, porque seguem a estrada que este lhes
indicou para chegarem até Ele.”
Conquanto as dificuldades existentes no Mundo terrestres e a persistência do
homem, na preservação dos seus “instintos agressivos”, mantendo o desequilíbrio,
promovendo a guerra, a Religião Espírita propicia-lhe a renovação dos valores
íntimos e convida-o a uma reativação de interesses em favor do bem, do belo, do
nobre, abrindo-lhe espaço para a conquista de si mesmo, prenúncio da aquisição
da felicidade que aguarda.
Bibliografia:
- “O Espiritismo na sua expressão mais simples”, de Allan Kardec – Edição da
FEB, 1912. - “O que é o Espiritismo”, de Allan Kardec – 8ª Edição da FEB, 1939.
- “Obras Póstumas”, de Allan Kardec – 8ª Edição da FEB, 1939.
- “O Livro dos Espíritos”, de Allan Kardec – 29ª Edição da FEB.
- “O Livro dos Médiuns”, de Allan Kardec – 28ª Edição da FEB, 1964.
- “O Evangelho segundo o Espiritismo”, de Allan Kardec – 52ª Edição da FEB.
- “O Céu e o Inferno”, de Allan Kardec – 19ª Edição da FEB, 1963.
- “A Gênese”, de Allan Kardec – 14ª Edição da FEB, 1962
- “O Livro dos Espíritos”, de Allan Kardec – Edição da LAKE – tradução de
Herculano Pires – Ed. 47ª – 1988. - “Religião”, de Carlos Imbassahy – 3ª Edição da FEB, 1981.
- “Revista Espírita”, de Allan Kardec – janeiro de 1868 e outubro de 1860 –
EDICEL, 1965.
(Extraído da Revista Reformador, maio,1990, pgs; 30-31-32-33-34 e 35,
Digitação, Otto – Sociedade Espírita Fraternidade).