Sempre que ocorrem esses ataques terroristas no mundo, fico me perguntando se um dia eles poderão chegar aqui no Brasil, e de certa forma, amenizo meus temores ao relembrar a característica do povo brasileiro, pacífico e desconectado deste radicalismo ignorante que têm invadido o mundo ultimamente.
Mas ao ver o comportamento de várias pessoas no decorrer desta semana, envolvidas neste turbilhão da política nacional, preocupou-me extremamente. As paixões partidárias de ambos os Lados frente a uma polarização de ideologias, numa verdadeira disputa pelo poder, faz-nos assemelharmos cada vez mais aos radicais que andam pelo mundo soltando bombas e criando a instabilidade emocional nas pessoas.
Por certo, vivemos um momento muito delicado na nossa política interna. A crise moral se faz presente desde os nossos políticos e governantes, bem como aqueles responsáveis por julgarem os atos destes, refletindo uma tendência da própria sociedade. Verificamos uma crise de confiança nas instituições, o que gera uma instabilidade política que reflete na população despertando exacerbadas paixões.
Não sou do tipo que acha que espírita não deva posicionar-se politicamente, ao contrário. Penso que devemos participar ativamente das decisões políticas, uma vez que estas influenciam muito o nosso viver, mas sempre com parcimônia, com extremo respeito e zelo, quanto ao direito de todos terem as suas opiniões ou preferências, para que não nos tornarmos extremistas da nossa visão, Uma vez que iludimos de estarmos totalmente certos nas nossas convicções, agimos com destempero na ânsia de fazer proliferar nossas ideias Não podemos esquecer, que aqueles que carregam uma bomba em seu corpo, o fazem por, na sua cegueira radical, acreditarem piamente que estão fazendo aquilo que Deus espera que façam.
Nestas situações, inflamados por nossas paixões políticas, agimos feito homens bomba, levando aos outros a nossa explosão de paixões políticas e revoltas, ou simplesmente preferências e incendiamos outras mentes, provocando muitas vezes, verdadeiras reações em cadeia vibracionais negativas , num verdadeiro terrorismo mental. Assim levamos também, mais combustível em discussões ásperas e pouco produtivas para a resolução de fato dos nossos problemas.
Não podemos esquecer que como espíritas, temos a função de sermos polos energiza dores de amor e de reprodução de entendimento.
A mesma tolerância em termos religiosos que temos na nossa Pátria que pode vir a Ser a verdadeira Casa do Evangelho, precisamos ter em termos políticos na convivência com diferentes visões e concepções partidárias.
Não devemos esquecer que para atingirmos o objetivo da Pátria do Evangelho, precisarmos passar pela espiritualização da política interna e externa e dos nossos corações, afastando o terrorismo mental para a formação de seres mais espiritualizados e preparados para semear a presença de Cristo nas nossas vidas, abrindo caminho para o mundo de regeneração que está por vir.