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Como Morreu Allan Kardec?

Como Morreu Allan Kardec?

Há uma obra extraordinária de Zeus Wantuil e de Francisco Thiesen sobre Allan
Kardec – com o nome dele como título – e nela se estudam não só sua biografia
como as informações existentes sobre ela. Lendo esta obra você poderá constatar
que a causa da morte foi um aneurisma.

Deve-se notar também que Allan Kardec era uma pessoa eminente em sua época,
não só seu trabalho pedagógico tinha lhe granjeado grande renome como educador –
em seu nome próprio de Hippolyte Léon Denizard Rivail – como a Codificação
Espírita  teve grande repercussão. Eram amigos de Kardec personalidades de
renome na sociedade francesa e dificilmente um suicidio passaria despercebido e
não geraria um grande escândalo na imprensa contrária as teses espíritas. Assim
a estória do suicídio realmente não tem o menor fundamento.

Quanto ao “neto” de Kardec o que posso dizer-lhe é que – por todos os dados
biográficos existentes – ele não teve filhos, e portanto nem netos! Há notícias
no livro de Wantuil de um certo “Marcel Kardec” que pelos anos trinta do século
passado se dizia neto de Kardec (seu nome verdadeiro era Louis Henri Ferdinand
Dulier), não sei se é o mesmo que você cita …

A palavra Karma – no lugar da qual normalmente os espíritas preferem usar
“lei de ação e reação” – tem sua origem na Índia Védica e significa “Ação”. Nas
filosofias da Índia, principalmente no Vedanta e no Budismo, ela traz a idéia de
que existe uma ordenação moral no Universo. Todos os nossos atos tem efeitos e
recebemos a reação destes efeitos. Se praticamos o bem temos o bem como retorno,
se praticamos o mal sofremos com os resultados desfavoráveis que advém de nossas
ações. Bem, neste sentido, é o que traz felicidade ao próximo, mal o que traz
infelicidade. Em resumo, o nosso hoje é resultado do nosso ontem e o nosso
amanhã depende do que fizermos hoje.

Existe o “Karma” individual e o coletivo. Agrupamentos sociais recebem o
retorno de suas ações da mesma forma que os indivíduos. Vivemos em um mundo de
relações e somos assim interdependentes. Se uma pessoa sofre “hoje” por seu “karma”
e somos colocados em situação de poder ajudá-la isto – em um caso muito comum –
significa que de alguma forma contribuímos para a sua situação atual e é nossa
obrigação ajudá-la a sair dela ou a minimizar suas dores. Os filósofos hindus
tem até uma palavra para isso, Dharma, que pode ser traduzida por “dever”. Cada
pessoa em face de suas ações passadas contabiliza um certo “karma” que se
reflete em sua situação presente e um “dharma” que corresponde ao melhor
aproveitamento que pode ter delas.

Entenda que o “karma” – no sentido da colheita das ações passadas – não é
necessariamente negativo.  Uma pessoa, em virtude de seus esforços em
direção ao bem, colhe em retorno paz de espírito e situações de felicidade cada
vez maior.

A interpretação espírita não é muito diferente, e assim, nós, espíritas
ajudamos as pessoas carentes porque acreditamos ser nossa obrigação ajudar na
construção de um mundo melhor, onde o ensinamento de Jesus de “amar a Deus sobre
todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”, seja efetivamente praticado.

Isto é basicamente o que Jesus ensinou quando disse que “a cada um segundo
suas obras” e que também pouco valia ficar clamando “Jesus, Jesus …” e não
seguir suas orientações.

Eu pessoalmente não conheço as estatísticas sobre as mudanças de filiação
religiosa, que na realidade não importam muito. O principal é que cada pessoa
siga a religião que mais se afine com o seu modo de ser e que a pratique com
toda sinceridade, pois todas as religiões são caminhos diferentes que levam ao
mesmo destino: Deus.

Naturalmente a afirmativa de que evangélicos não viram espíritas não é exata,
conheço alguns que fizeram esta transição, da mesma forma que conheço os que
fizeram o caminho inverso 😉

Muita Paz,

Carlos Iglesia

(Publicado no Boletim GEAE Número 473 de 6 de abril de 2004)

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