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Diminuta Semente

Em visita em indústria alimentícia, deparei-me com o grão de mostarda. Pequenino grão,
diminuta semente, no entanto comparada por Jesus para falar sobre a força da fé.
Ao ter o diminuto grão na palma da mão, lembrei-me dos ensinos do Mestre da Humanidade e
emocionei-me com as lições profundas e sábias daquele que é a Luz do Mundo! Somente sua
imensa sabedoria poderia mesmo fazer referida comparação.
Ele afirmou que se tivermos fé do tamanho do grão de mostarda somos capazes de remover os
obstáculos da vida nas montanhas do orgulho, da vaidade, do ciúme e de tantas imperfeições
que todos trazemos. Mas também o mesmo pequenino grão se existente daquele tamanho no
coração como inspiração para a iniciativa e a perseverança, comparado para dizer da força da
fé, é capaz de superar as lutas, as enfermidades e manter serenidade e confiança no amparo
que nunca falta para estarmos com a cabeça erguida e prosseguindo nossos projetos de
aperfeiçoamento.
O mesmo grão, utilizado por Jesus para falar da força moral de levantar-se diante da
adversidade, vale igualmente para os projetos de realização e iniciativa pessoal ou coletiva. A
fé é aquele elemento vital para as realizações em todas as áreas, não apenas moral. Sim,
porque quem tem fé movimenta forças à sua volta e faz acontecer os projetos que alimenta
antes no ideal e na mente.
Afinal, seria interessante perguntar: o que é fé?
Fé é confiança nas próprias forças, é sabedoria para escolher o melhor caminho, é igualmente
a certeza de atingir determinado objetivo. Acompanhemos o comentário de Allan Kardec: “É
certo que, no bom sentido, a confiança nas próprias forças torna-nos capazes de realizar
coisas materiais que não podemos fazer quando duvidamos de nós mesmos. (…) As
montanhas que a fé transporta são as dificuldades, as resistências, a má vontade, em uma
palavra, que encontramos entre os homens, mesmo quando se trata das melhores coisas. Os
preconceitos da rotina, o interesse material, o egoísmo, a cegueira do fanatismo, as paixões
orgulhosas, são outras tantas montanhas que atravancam o caminho dos que trabalham para o
progresso da humanidade. A fé robusta confere a perseverança, a energia e os recursos
necessários para a vitória sobre os obstáculos, tanto nas pequenas quanto nas grandes coisas.
A fé vacilante produz a incerteza, a hesitação, de que se aproveitam os adversários que
devemos combater; ela nem sequer procura os meios de vencer, porque não crê na
possibilidade de vitória. Noutra acepção, considera-se fé a confiança que se deposita na
realização de determinada coisa, a certeza de atingir um objetivo. Nesse caso, ela confere uma
espécie de lucidez, que faz antever pelo pensamento os fins que se têm em vista e os meios
de atingi-los, de maneira que aquele que a possui avança, por assim dizer, infalivelmente. Num
e outro caso, ela pode fazer que se realizem grandes coisas. A fé verdadeira é sempre calma.

Confere a paciência que sabe esperar, porque estando apoiada na inteligência e na
compreensão das coisas, tem a certeza de chegar ao fim. A fé insegura sente a sua própria
fraqueza, e quando estimulada pelo interesse torna-se furiosa e acredita poder suprir a força
com a violência. A calma na luta é sempre um sinal de força e de confiança, enquanto a
violência, pelo contrário, é prova de fraqueza e de falta de confiança em si mesmo.(…)”.
E Jesus compara a força da fé, capaz de remover gigantescos obstáculos, com o diminuto grão
de mostarda. Quanta sabedoria! Pensemos mais nesta notável comparação e movimentemos
nossas forças para realizarmos o melhor a nosso alcance. Somos capazes!

Autor: Orson Peter Carrara

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