Droga: Veneno Que Ameaça o Mundo
Ao falar sobre drogas hoje, os pais expressam uma das maiores preocupações. O
medo é justificável: a popularidade das drogas entre crianças de 10 a 12 anos é
cada vez maior. A exposição das crianças ao perigo também. A dependência pode destruir
relações familiares e de amizades. Provoca danos irreversíveis e até, nos casos
extremos, a morte. O alarme, porém, só toca quando as drogas já estão dentro de
casa. Pesquisas da Associação Parceria Contra Drogas mostram que, hoje, quatro em
cada dez crianças já experimentaram maconha. Se você é dos anos 60 ou 70, certamente
sabia mais sobre drogas do que seus pais. E agora seus filhos sabem mais do que
você.
O mundo das crianças de hoje não é fácil. É mais complexo, estressante, com um
acesso às drogas alarmante. Veja:
– O LSD é oferecido para crianças na forma de desenhos coloridos, com personagens
de histórias em quadrinhos;
– O Crack está disseminado e pode ser encontrado em qualquer esquina;
– O acesso a bebidas, cigarros e medicamentos que contenham em sua fórmula algum
componente alucinógeno dentro de casa facilita a iniciação do jovem;
– As festas rave, são verdadeiras feiras de drogas, principalmente ecstasy, maconha
e cocaína.
Os hábitos começam cedo
Não é só na escola que as crianças aprendem. A rua, os amigos, a televisão, o
cinema também são grandes professores. Há ainda as novas fontes de informação a
que elas têm acesso, antes mesmo dos pais: Vídeo, cds, revistas, internet, emails,
sites de bate-papo. E isso tudo pode ser uma grande porta de acesso ao vício. Mesmo
não promovendo as drogas diretamente, essas informações podem passar a impressão
de que usá-las é normal e até esperado em determinada idade. E é chocante a facilidade
(e o preço!) para obter a droga.
A idade média com que as crianças começam a fumar cigarros é 12 anos. Experimentar
álcool aos 13. E fumam o primeiro cigarro de maconha aos 14. E muitos jovens que
usam drogas começaram antes dos 10 anos.
Poderia ser o seu filho
Acreditar que seu filho nunca vai se envolver com drogas é um grande perigo.
Pesquisas mostram que o acesso das primeiras crianças às drogas é muito mais fácil
do que os pais imaginam. Porém, não há ninguém melhor do que os pais e professores
para vencer o desafio de manter um jovem longe da droga.
Estudo realizado pela Parceria em janeiro de 1999 em cinco capitais brasileiras
mostrou que, quando um jovem se sente próximo da família, tem menos chances de se
envolver com álcool, cigarro e outras drogas. Confirmou-se o que muitos pais acreditam:
primeiro, eles podem ensinar os filhos a ver as drogas como um problema sério. segundo,
eles podem influenciar as decisões dos filhos em idades escolar – fase em que a
criança estrutura sua posição em relação às drogas. O que parece faltar é orientação
sobre como tratar a questão, tão complicada e difícil de abordar. Por isso a Associação
Parceria Contra as Drogas desenvolveu um guia, com base em um modelo criado por
uma organização semelhante nos Estados Unidos. O propósito é preparar você, pai,
para conversar sobre drogas com seu filho e responder às dúvidas que ele possa ter.
Mantenha o diálogo
Converse bastante com seu filho sobre drogas. E seja claro. Estudos mostram que
os filhos gostariam que os pais conversassem mais com eles.
Os pais precisam se educar: para conversar sobre drogas é preciso estar tão bem
informado quanto seu filho. Você deve saber sobre as drogas mais comuns, os efeitos
no cérebro e no corpo, os sintomas que provocam, as gírias e como são utilizadas.
A adolescência é um período cansativo para a família. A comunicação é complicada.
Mas se você conseguir fazer seu filho crescer sem saber, fumar ou tomar drogas,
as chances de ele manter hábitos saudáveis na vida adulta são grandes. A influência
dos pais desde cedo pode poupar o filho de experiências negativas associadas ao
uso de drogas; pode até mesmo salvar a sua vida. Também é importante lembrar seus
filhos que o perigo não está somente no uso constante de álcool ou drogas. O ocasional
também pode trazer conseqüências: perder provas ou trabalhos escolares; provocar
acidente de carro; sofrer um ataque no coração. Pautando por essas instruções, você
aprenderá a usar melhor sua força, seu amor e sua preocupação para ajudar seu filho
a se situar bem no mundo, promovendo seu bem-estar e mantendo-o distante das drogas.
Ajudará também você a educar o jovem num mundo difícil, onde existem tentações
e obstáculos o tempo todo. Enfim, será seu guia de vida.
Crianças aprendem com exemplos, com os valores que os pais demonstram por suas
ações. Ficam sensibilizados quando vêem que os pais se preocupam com elas o tempo
todo. Mas devemos estar alertas. Mentiras “inocentes”, como esconder a idade, transmite
uma mensagem estranha à criança. “Não é errado mentir?”, ela vai se perguntar. Se
você proíbe cigarros dentro de casa, como pode deixar um amigo quebrar a regra?
Se diz que beber em excesso é um problema, como pode rir de um personagem bêbado
em um filme? Situações assim confundem a criança. Ela só vai poder discernir o certo
do errado baseada em um sistema de valores verdadeiro. E baseada nisso decidirá
usar drogas ou não; beber ou não.
Você pode expor seus valores explicando por que decidiu agir de determinada maneira
em determinada situação. Se você e seu filho vêem uma pessoa cega tentando atravessar
a rua, por exemplo, ofereça ajuda e aproveite para discutir por que é importante
ajudar os outros. Também pode explorar questões morais propondo hipóteses para ser
discutidas num momento apropriado. Por exemplo: “O que você faria se uma pessoa
andando à sua frente deixasse cair uma nota de 10 reais?” ou, “O que faria se um
amigo tentasse convencê-lo a matar aula para jogar videogames?” Para ensinar a moral
é preciso exemplificar com situações concretas como essas.
Planejando a união familiar
Não é sempre possível tempo para conversar sobre drogas com seu filho. Uma vida
agitada e cheia de compromissos não facilita a convivência. Para garantir alguns
momentos juntos, tente agendar:
– Reuniões de família: realizadas uma vez por semana em horário combinado, as
reuniões são o momento ideal para discutir projetos, falar de disciplina, comemorar
sucessos, esclarecer diferenças e qualquer assunto relativo a um dos membros da
família. Estabelecer algumas regras ajuda. Por exemplo: todos devem ter chance de
falar; quando um fala os outros escutam sem interromper. As críticas devem ser construtivas.
Para vencer eventuais relutâncias, agregue algum incentivo, por exemplo, pizza depois
da reunião. É importante os pais comandarem.
No Ritual do dia-a-dia: você pode estabelecer que, uma vez por semana, buscará
seu filho na escola e juntos tomarão um sorvete. Depois do jantar ou antes de deitar,
reserve alguns minutos para conversarem sobre os acontecimentos do dia. Estabeleça
a rotina de bater papo – a comunicação é essencial para educar uma criança contra
as drogas.
Esclarecendo a sua posição
Não julgue que seu filho conhece a sua posição sobre álcool, cigarro e drogas
ilícitas. É preciso falar com ele e deixar a sua posição bem clara. Se você for
ambíguo e pouco firme, há o risco de ele querer experimentar. Diga-lhe que o proíbe
de fumar, beber e usar drogas porque você se preocupa com ele. (Não tenha medo de
parecer emocional demais. Você pode dizer: “Se você usar droga eu vou ficar muito
triste e decepcionado com você). Se uma criança tem dúvidas se pode ou não fumar,
beber ou usar alguma droga, vai sempre se perguntar: “O que meus pais achariam disso?
“As drogas são uma das questões mais presentes na cabeça dos jovens hoje. Mesmo
que a criança pareça desinteressada, ela quer orientação dos pais e precisa dela.
Discuta os castigos antes de aplicá-los
Estabelecer regras e limites não afasta os filhos dos pais. Eles gostam de saber
que seus pais se esforçam para educá-los. Estabelecer o que é permitido ou não,
determinar um horário para voltar para casa e exigir que telefonem e digam onde
estão faz com que os filhos se sintam amados e seguros. Porém não aplique penalidades
que não tenham sido discutidas antes. Isso não é justo. Os castigos devem corresponder
aos limites impostos, de tal forma que seus filhos entendam que há um resultado
muito previsível quando uma regra é quebrada. As penalidades que você determina
devem ser razoáveis e relacionadas com a infração. Por exemplo, se você pega seu
filho fumando, pode restringir suas atividades sociais por uns dias, mantendo-o
em casa. Aproveite para fazê-lo ler artigos sobre cigarro e mostre quanto se preocupa
com sua saúde e com a possibilidade de ele se viciar. É perfeitamente compreensível
que os pais fiquem bravos quando a ordem de casa é rompida. Demonstrar raiva, decepção
ou tristeza pode até surtir efeito motivador no filho. Mas como nós costumamos falar
o que não devemos quando nervosos, é melhor esfriar a cabeça e deixar para discutir
de forma mais positiva depois. Ameaças como: “Seu pai vai te matar quando chegar
em casa” nunca surtirão efeito. Quando as regras da casa forem cumpridas, mostre
para seu filho que você está feliz. Elogie o seu comportamento. Enfatize as coisas
boas que ele faz, em vez de focar só o comportamento errado. Quando os pais fazem
elogios, as crianças aprendem a se sentir bem com elas mesmas e desenvolvem auto
confiança para acreditar na sua capacidade de julgamento.
Dando o exemplo
No mundo adulto, a bebida é uma prática aceitável. É perfeitamente normal tomar
vinho no jantar, caipirinha no almoço ou cerveja no fim de semana. Mas você estará
enviando uma mensagem errada se preparar um drinque com a intenção de aliviar a
tensão ou curar uma tristeza ou beber até perder o controle. Embora não haja restrições
legais ao consumo de cigarros, os efeitos negativos que provocam à saúde são muito
grandes. Se a criança pergunta aos pais por que fumam, eles podem explicar que quando
começaram a fumar não sabiam o mal que os cigarros causam e que, depois que se começa,
é muito difícil parar. Os jovens podem evitar os mesmos erros de seus pais, pois
têm mais informações. Pais que usam drogas colocam em risco a sensação de segurança
e proteção da criança e comprometem seus códigos de moral. E não pense que os filhos
não vão descobrir.
Eles vão, e assim que isso acontecer sua autoridade e credibilidade irão para
o espaço. Pai e mãe são o modelo mais próximo e mais importante da criança. Se eles
não respeitam a lei, por que o filho deveria respeitar? Se você tem problemas com
álcool ou qualquer outra droga procure ajuda profissional. Essa ajuda está disponível
em centros de tratamento e grupos de auto-ajuda como Alcoólicos Anônimos e Narcóticos
Anônimos.
Pergunte o que os amigos dele fazem depois da escola, quais as atividades ele
acha legal e quais não acha, e por quê. Encoraje a conversa com frases do tipo:
“Isso é bem interessante” ou “Eu não sabia disso, que bom você contar”. Aproveite
esses momentos para tocar no assunto das drogas. Comente sobre o perigo. Se você
puder dar essa informação antes de ele deparar pessoalmente com elas, ele vai estar
mais preparado para dizer “não”. Especialistas dizem que os jovens que conversam
sobre drogas com os pais têm menos chance de querer experimentá-las. Não pense que
ao falar sobre drogas com seu filho você vai estar colocando idéias na cabeça dele.
É a mesma coisa achar que falar sobre sexo ele vai contrair alguma doença. Ao comentar
sobre o assunto, você estará informando seu filho sobre o perigo próximo e o preparará
para enfrentar esse perigo. Para introduzir o assunto, pergunte ao seu filho o que
ele já ouviu sobre drogas na escola ou com os amigos e o que pensa sobre elas. Ele
pode até mencionar pessoas que as utilizam. Se você escutar alguma coisa ruim (“Eu
bebi cerveja na festa” ou “Meu amigo fuma maconha”), não reaja. Uma reação negativa
sua pode impedir a próxima conversa. Se ele parecer defensivo ou garantir que não
conhece ninguém que use drogas, pergunte: “Mas por que você acha que as pessoas
usam?” Discuta sobre os riscos, as conseqüências; pergunte se ele acha que vale
a pena correr os riscos, as conseqüências. Lembre-o: experimentar já é um grande
perigo, nossa vida pode mudar radicalmente ou até mesmo acabar se atravessarmos
uma rua movimentada quando os nossos reflexos estiverem mais lentos… Se a conversa
for interrompida, retome-a tão logo seja possível.
Oportunidade para ensinar
Outra maneira de conversar sobre as drogas é aproveitar as oportunidades do dia-a-dia.
Se você e seu filho estão andando na rua e vêem um grupo de adolescentes bebendo,
converse com ele sobre os efeitos negativos da bebida alcoólica. Os jornais estão
cheios de notícias relacionadas ao abuso da bebida e de outras drogas. Aproveite
para perguntar ao seu filho o que ele acha do adolescente que bebeu e sofreu um
acidente de carro; ou sobre a mãe que usava droga e foi presa. Eles tomaram a decisão
certa ao se drogarem? Assista televisão com o seu filho. Pergunte se ele acha que
os filmes e as propagandas mostram as drogas como uma coisa normal e rotineira.
E o lado ruim, eles mostram? Quando houver uma notícia envolvendo drogas, ressalte
todas as conseqüências para a família e para a sociedade. Lembre-o que drogas podem
causar ou agravar tragédias, como violência em família, estupro, transmissão da
AIDS, suicídio e gravidez indesejada. Sempre que passar um comercial antidrogas
na televisão, fale sobre ele com seu filho. É um momento bastante apropriado para
isso. Os comerciais da Parceria oferecem boas oportunidades de conversa.
Depoimentos extraídos de pesquisa sobre o tema maconha
“Pai e mãe têm vergonha de falar, filho também. Inclusive sobre sexo. Mãe acha
que nunca vai acontecer.”
“Tem que ser liberal. Se ficar fechado, não vai acompanhar. O pai tem que ficar
esperto com o filho para ver o que ele tá fazendo.”
“A pessoa quer saber o gosto que tem.”
“começa quando tá com raiva. Depois não volta.”
“Tem vários motivos. Revolta, pouco dinheiro, separação dos pais.”
– Quando um jovem se sente próximo da família, tem menos chances de se envolver
com álcool, cigarro e outras drogas. Os pais devem fazer os filhos enxergarem as
drogas como um problema sério e ensiná-los a dizer “não”.
Por que não deixar seu filho fumar maconha
Alguns pais que usaram ou viram a maconha ser usada na juventude se perguntam:
“Será que a maconha é mesmo tão ruim para os meus filhos? ”
A resposta é um grande e enfático SIM. E por diversas razões:
– Ela é ilegal;
– Ela tem hoje um nível de THC (princípio psicoativo) cinco vezes mais alto do
que nos anos 60 e 70;
– Há relatos de aumento na incidência da síndrome do pânico entre usuários de
maconha.
– Provoca desmotivação, facilitando o abandono dos estudos;
– Um cigarro de maconha tem tantos elementos cancerígenos quanto um maço de cigarros
comuns;
– Fumar maconha ou andar com quem fuma pode significar estar exposto tanto a
outras drogas como a problemas com a lei;
– O uso da maconha pode diminuir os reflexos e provocar visões distorcidas da
realidade;
– Prejudica o desempenho nos esportes; diminui a sensação de perigo e aumenta
o risco de acidentes; provoca a perda de capacidade de concentração e da memória
momentânea;
– Adolescentes que se apóiam na maconha deixam de enfrentar as dificuldades normais
do crescimento e de aprender as lições emocionais, psicológicas e sociais;
– A droga influencia na atividade cerebral, podendo prejudicar o desenvolvimento
do cérebro e do corpo.
– Converse com seu filho sobre os riscos de usar drogas. Pergunte se ele acha
que vale a pena correr tais riscos. Os jovens costumam dar importância a discussões
sobre como as d r o g a s p o d e m estragar s u a chance de entrar em uma b o a
faculdade ou conseguir o primeiro emprego.
Preparando o terreno
O que os pais dizem e fazem em relação às drogas influencia diretamente as escolhas
dos filhos no futuro. Eles são o modelo mais importante. Por isso, devem sempre:
– Dar-lhes atenção e carinho;
– Dar-lhes bons exemplos e mostrar interesse por sua vida;
– Encorajá-los a ser responsáveis;
– Participar de atividades das crianças, conhecer seus amigos, saber aonde
vão e o que fazem, como vão voltar para casa e com quem;
– Desenvolver projetos e atividades junto com eles;
– Ensiná-los a fazer escolhas certas, pensando no futuro;
– Discutir os riscos das drogas desde cedo e sempre.
“Você já usou drogas?”
Nas conversas sobre drogas, uma das perguntas mais comuns que os filhos fazem
aos pais é: “Você já usou? ” A não ser que a resposta seja “não”, é difícil saber
o que dizer, porque quase todos os pais que já usaram drogas não querem que os filhos
usem. E isso não é hipocrisia. É querer o melhor para seus filhos, porque hoje esses
pais compreendem os perigos das drogas, quando eram jovens não entendiam. O pai
que esconde do filho que usou drogas na juventude pode ter sua confiança abalada
se a criança descobrir. Por isso, quando for feita essa pergunta, a melhor saída
é dizer a verdade. O que não significa relatar suas experiências em detalhes. assim
como nas conversas sobre sexo, algumas coisas devem ser reservadas. Evite dar mais
informações do que foi solicitado pela criança. Faça perguntas esclarecedoras para
ter certeza de que você entendeu exatamente o que seu filho está perguntando antes
de responder. Limite sua resposta às informações pedidas.
Como os avós podem ajudar
Os avós têm um papel especial na vida das crianças e, diferentemente dos pais,
tiveram mais tempo para se preparar para esse papel. Eles já passaram por altos
e baixos correndo atrás dos próprios filhos. Por isso têm uma abordagem mais calma
e equilibrada para interagir com os netos. Os avós podem servir como modelos mais
estáveis e maduros quando precisarem assumir alguma responsabilidade com os netos.
E têm uma vantagem sobre os pais: o relacionamento com as crianças é menos complicado,
menos arbitrário e mais distantes dos problemas do dia-a-dia.
Os avós podem usar a intimidade e a confiança que inspiram para reforçar as lições
ensinadas pelos pais sobre auto-respeito e vida saudável. Quando demonstram preocupação
perguntando: “alguém já lhe ofereceu drogas? ” ou “por que seus olhos estão vermelhos?”,
provavelmente ouvirão respostas mais honestas, especialmente se conseguirem mostrar
que não vão julgar nem punir ninguém. Os netos tendem a ser menos defensivos e mais
predispostos a ouvir seus conselhos sobre drogas. Os avós também os ajudarão reforçando
mensagens positivas e o bom comportamento.
Onde procurar informação e apoio
APCD, que é voltada para o trabalho de prevenção, entende que deve contribuir
com as informações necessárias para quem precisa recorrer a centros de recuperação,
as comunidades terapêuticas, ambulatórios, recursos comunitários e prevenção. A
Secretaria Nacional Antidrogas oferece um serviço gratuito de informações pelo telefone:
0800-614321.
As drogas que estão na sua despensa
Produtos domésticos como removedor de esmaltes, de limpeza, sprays e solventes
podem ser utilizados como inalantes. Isso é um perigo e um problema, porque estão
dentro de casa e passam desapercebidos. Por estarem disponíveis, são uma droga popular
entre os jovens. Uma pesquisa da Parceria mostra que 13,8% dos jovens estudantes
do ensino médio das principais capitais brasileiras já usaram algum tipo de inalante.
Você deve falar com seu filho sobre as conseqüências do abuso: esses produtos privam
o corpo de oxigênio e podem causar inconsciência, danos no cérebro e no sistema
nervoso e em casos mais graves, até mesmo a morte.
NOTA DO COMPILADOR: O contexto dessa matéria baseia-se num manual preparado pela
APCD, com o apoio de psiquiatras, psicoterapeutas, advogados e psicólogos.
(Publicado no Correio Fraterno do ABC Nº 363 de Abril de 2001)