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Educadores de Espíritos

Educadores de Espíritos

Que o amor único de Deus inspire todas as almas para o bem!

Ouvimos falar de educação, forma adequada para conduzir as almas que precisam
conhecer, estimular-se para o progresso infinito, e todos aqueles que participam
do processo de envolvimento das criaturas no aprendizado são portadores de um
mandato divino em que pese as dificuldades normais encontradas no homem de hoje.

O que vem a ser, realmente, o mestre? O que vem a ser alguém que ensina senão
aquele que deveria se preparar, primeiramente, ou seja, estudar a si mesmo, para
aí depois, sim, exercer o sagrado mister de explicar aos outros o que ele
próprio já alcançou?

Vemos, entretanto, na sociedade moderna, sobrecarregada de solicitações,
preocupada com a velocidade das coisas, criarem-se verdadeiros núcleos de
ensino, atabalhoados muitas vezes, com o objetivo de atender à grande sociedade
em suas demandas. Vemos, por outro lado, que o homem continua necessitando de
quem o ensine de forma ponderada, equilibrada, superior.

Diz-se que o ritmo frenético da sociedade pede, igualmente, o ritmo frenético
por parte dos professores; mas a que isto conduz? Aonde chegará o homem que não
aprende efetivamente as lições que lhe são oferecidas?

Pudéssemos dizer que as coisas fossem tão fáceis de se solucionar e bastaria
acelerar-se a formação de um professor para socorrer os alunos. Entretanto, não
é isso o que ocorre.

Igualmente no estudo do Evangelho de Jesus, tão grato aos trabalhos de uma
Casa Espírita, principalmente junto aos jovens ou aos adultos, observamos,
muitas vezes, que o dedicado a esta arte não se preocupa corretamente com a
meditação, com a análise profunda dos temas, de modo que possa transmitir,
realmente, uma idéia básica calcada numa profunda visão do assunto, quando não
numa profunda experiência.

Perquirir, meditar, concluir são fases de um único processo, o processo de
educar.

Ah, meus irmãos! quando vemos criaturas preocupadas em falar do Evangelho
como se nada tivessem sentido, intimamente lhes dizemos:

“Filho meu, antes de falar, pense, analise, sinta, medite.”

Diz-se que a Doutrina Espírita, em verdade, não precisa de divulgadores:
precisa de homens transformados. Não se pode, no entanto, ignorar o papel
preponderante de quem fala; não se pode ignorar o papel de quem escreve; não se
pode ignorar o papel de quem aparece nos vários veículos de difusão modernos,
para falar de uma doutrina tão importante e tão bela como é a Doutrina Espírita.
O nosso apelo-convite é para que todos nós passemos a entender o nosso papel tão
importante na divulgação. Tão importante que o fazemos em nome de Jesus, em nome
da Doutrina Espírita, e isto deve percutir nos corações que assim a esta tarefa
se dedicam. É uma responsabilidade falar em nome de Jesus, tanto quanto o é
falar em nome da Doutrina Espírita.

Meus irmãos, longe de desanimá-los, desejo, ao contrário, estimulá-los,
dizendo assim:

“Orem, pensem, analisem, meditem, coloquem dentro dos seus corações aquilo de
que vocês irão falar. Serão realmente educadores, quando assim o fizerem.”

Homens que se dedicam à divulgação doutrinária, trabalhadores que falam aos
espíritos encarnados ou desencarnados, todos têm uma responsabilidade enorme nas
mãos! Sobre seus espíritos pesa a responsabilidade maior de transmitir a idéia
clara, límpida, superior, como é a Doutrina Espírita.

Muitos do que aqui estão, outrora, fizeram da palavra o veículo da
transformação das massas. Uns falaram de Deus; outros falaram de política;
outros disseram verdades incompletas; outros apenas destruíram. Quase todos
vocês são comprometidos com o ensino. Todos estão amparados, porém, por Jesus e
pela verdade.

Que essa verdade seja, hoje, a que conduza os homens para sua elevação e não
mais para a destruição dos valores que conseguiram amealhar ou para a descrença
em Deus.

Preocupem-se com a maneira como falam; preocupem-se em transmitir uma
mensagem realmente cristã; preocupem-se com o futuro da humanidade.

Outrora quando falavam, não se importavam com o futuro dos homens: queriam
apenas falar, dominar. Hoje, já não se faz mais isso! Hoje, todos trazem consigo
a palavra de Jesus e o senso de responsabilidade que a Doutrina Espírita dá.

Por isso, falamos livremente, abertamente, plenos de Jesus; porque trazemos a
crença no Mestre Divino, alicerçada na Doutrina Espírita. Porque somos de Jesus,
já que agora temos o pensamento clareado pela Doutrina Espírita.

Oh! meus irmãos, certamente sentirão dentro de seus espíritos o reflexo da
transformação, talvez, um frêmito, como uma revolução interna, porque serão os
velhos castelos, as velhas construções que para nada mais servem sendo
destruídos pelas convicções de agora.

Que as antigas construções sejam eliminadas, portanto, dos corações dos que
desejam dar os passos decisivos na direção do equilíbrio e da paz! Todos são
chamados a servir, a falar, a pensar com Jesus e com a Doutrina Espírita.

Que este momento lhes seja sagrado e que vocês sigam sempre com Deus!

Jesus Cristo nos ampare e nos inspire com o seu amor!

(Mensagem psicofônica recebida no Centro Espírita Léon Denis, em 10/07/1999)

(Publicado no Boletim GEAE Número 375 de 14 de dezembro de 1999)