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Em torno dos inovadores

Paulo Alves Godoy

 

“Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te são enviados!
Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os
seus pintos debaixo das asas, e tu não quiseste Eis que a vossa casa vai ficar-vos deserta.”
( Mateus, 23: 37-38)

O mundo tem repelido os inovadores de todos os tempos. Muitos deles nem chegaram a presenciar o triunfo de suas ideias, porque foram violentamente afastados da Terra.. Alguns tiveram melhor sorte e conseguiram implantar as suas idéias renovadoras.

Deus, em sua infinita misericórdia, não deixa jamais de enviar seus arautos, fazendo encarnar na Terra, periodicamente, Espíritos superiores que aqui descem em tarefas missionárias, objetivando contribuir para o progresso do gênero humano e proporcionando-lhe melhores dias.

Já se eclipsou na voragem dos tempos, quando as inovações que destoassem do “status” dominante no mundo, eram consideradas obras malignas e aqueles que as traziam eram desprezados, perseguidos e mortos.

Anteriormente à era cristã, Sócrates, um autêntico missionário, o maior filósofo do seu tempo, foi um precursor das idéias cristãs, e, por isso foi condenado à morte, tragando uma taça de cicuta.

Posteriormente, veio o Maior dos Missionários, Jesus Cristo, trazendo uma nova revelação fundamentada nos Evangelhos, uma fórmula nova suscetível de levar as criaturas à sua redenção espiritual. Ele teve a mais horrível das mortes: a crucificação.

Vieram à Terra missionários como Moisés, Abraão, Jacó, Elias, Daniel, Jeremias, Isaias e muitos deles pereceram por morte natural, outros, segundo o dizer de Jesus Cristo (Mateus, 23:37-38), foram mortos ou apedrejados.

Logo após Jesus Cristo vieram missionários e inovadores tais como Paulo de Tarso, João Batista e os Apóstolos de Jesus. No decurso dos séculos vieram sábios e inovadores e quase todos eles tiveram morte violenta e ultrajes de todos os matizes. Paulo de Tarso e João Batista foram decapitados.

Joana D’Arc foi queimada viva porque os homens não podiam compreender os dons de que se achava investida.

(Jornal Mundo Espírita de Setembro de 98)