Uma apologia da fé cristã, publicada em 1802 é sua obra mais famosa: O
espírito do cristianismo, com a qual ele conquista Napoleão, que desejava
oficializar a religião católica como religião do Estado. Nela se encontra emoção
religiosa e poesia, consagrando o escritor como uma espécie de guia espiritual
de sua época.
Em tributo de gratidão, Napoleão o nomeia secretário da Embaixada em Roma e
depois ministro no cantão suíço de Valais, em 1804. Nesse ano, a 21 de março, a
execução do duque de Enghien desperta os sentimentos monárquicos adormecidos em
Chateaubriand. Ele se demite da carreira diplomática e se encerra numa oposição
prudente, mas tenaz, ao imperador, apesar de todas as tentativas daquele para o
reconquistar.
Eleito para a Academia Francesa de Letras, é impedido de pronunciar seu
discurso de posse, considerado abertamente provocador.Mais tarde, em 1811
publicou um panfleto contra Napoleão e em 1816 define seu ideal político,
defendendo a tese de que o rei deve reinar, mas não governar.
Após a ruptura com Napoleão, já célebre em toda a Europa, Chateaubriand
medita em coroar exitosamente a sua obra de apologista da religião cristã,
através de uma epopéia de seus mártires. Viaja a Jerusalém e no retorno, publica
Os mártires ou O triunfo da religião cristã, e depois Itinerário de
Paris a Jerusalém…, Vida de Rancé (relato da vida do Reformador da Ordem
dos Trapistas no século XVII).
Chateaubriand firmou-se como um dos grandes precursores do Romantismo, pelo
conteúdo das emoções variadas de sua obra, pela intensidade e poder dos muitos
momentos exemplares do seu estilo.
Fontes de consulta:
- 1. Enciclopédia Mirador Internacional, vol. 5.
- 2.
http://www.france-ouest.com/chateaubriand - 3.
http://www.newadvent.org/cathen/03640a.htm