Fascinação Amorosa
Com incontáveis variações, encontramos na literatura universal envolvimentos
passionais semelhantes.
Um paraíso, quando tudo corre bem.
Um inferno, se surgem problemas.
Semelhantes experiências situam-se nos domínios da fascinação quando, a
partir da atração física, instala-se o desejo irrefreável de comunhão carnal, em
paroxismos passionais. George Bernard Shaw, teatrólogo inglês, dizia,
referindo-se ao casamento, que um dos paradoxos- da sociedade humana é que
pessoas apaixonadas são obrigadas a jurar que continuarão naquele estado
excitado, anormal e tresloucado até que a morte as separe.
Muitas uniões efêmeras ocorrem a partir de envolvimentos passionais,
principalmente entre jovens, empolgados por recíproca fascinação, quando se
rendem ao domínio dos hormônios.
Justamente por inspirar-se nos instintos, a fascinação amorosa é a mais
freqüente, responsável por casamentos precipitados, adultérios, separações,
crimes e tragédias sem fim.
Proclama a sabedoria popular que a paixão é cega, o que exprime uma
realidade. Paixão e bom senso raramente seguem juntos.
Por isso os Espíritos obsessores estimam envolver as pessoas passionais,
torturando-as com anseios amorosos irrealizáveis ou usando-as para exercer sua
ação nefasta, criando estranhas e perigosas situações.