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Fetologia

Laércio Furlan*

Atualmente, a Fetologia procura estudar o que já se considera (felizmente) o segundo cliente do médico, o FETO. “Quem poderia imaginar há alguns anos que o Feto seria o nosso novo cliente?” – palavras do Dr. Williams, em seu Livro de Obstetrícia, 16ª edição,1980, Prefácio, usado em todas as Escolas de Medicina dos Estados Unidos.

Conforme nos diz o Dr. Bernard N. Nathanson, em seu filme-documentário, O Grito Silencioso: “a Medicina jamais apregoou a destruição dos nossos clientes”.

Consideremos somente o embrião, concepto até a 8ª semana ou 02 meses de vida. “Na 3ª semana o seu coração se desenvolve, no 1° mês já é uma bomba funcionante. Ao completar o 2° mês já tem ondas elétricas cerebrais e possui a configuração humana (inicia o período fetal)” constante no Capítulo: O Feto, livro de Obstetrícia do Prof. Jorge Rezende. Sétima edição. Editora Guanabara – Koogan S.A., 1995.

Não conseguimos aceitar essa ciência tão avançada, que possui computadores ultra- modernos, Internet, que chegou à Lua, desenvolve ecos utilizados na medicina para preservar vidas, preferir destruir uma criança.

Essa criança que em seu santuário divino permanece indefesa, sem culpa, e ao invés de receber a atenção do médico, é morta e muitas vezes com traumatismos enormes para sua mãe, em nome da ciência atual, na tentativa de sanar um problema que ela não criou. Quem são os maiores responsáveis por esse crime?

Somos, radicalmente, contra o aborto provocado e mesmo no caso do estupro. A mulher que passa por essa dolorosa experiência deveria receber das sociedades médicas, do governo e de qualquer outro órgão, o apoio, a assistência e o amparo para si e para o feto. Caberia, posteriormente, aos órgãos de proteção do menor e da mulher, o trabalho de resolver a situação em que ambos estão envolvidos.

Não é fácil, acreditamos. Mas, é mais sério matar um inocente, que não tem o direito de expressar o seu grito silencioso.

Quantas famílias estão à espera de um filho aceito por adoção. Quantas mulheres impedidas organicamente de engravidar anseiam por um filho, talvez vindo por “barrigas alheias”, mas com o endereço certo!

O que a Lei faz para aquele que provocou o estupro e a gravidez?

 

*Presidente da Associação Médico-Espírita do Paraná – AME-Paraná.

(Jornal Mundo Espírita de Novembro de 98)