Tamanho
do Texto

Influenciações Espirituais

jesus-bench

Amilcar Del Chiaro

  Por que inquietadora? Porque, a primeira vista, perdemos a nossa privacidade. Como podemos ter privacidade se não há nada que possa deter um espírito desencarnado? Segundo aprendemos, eles estão nas ruas, nas lojas, nos teatros e cinemas, nos Estádios e ginásios esportivos, nas escolas, nos lares, em nossos quartos… Entretanto podemos afirmar que temos sim, privacidade. O que pode impedir a intromissão de espíritos levianos ou maus em nossa privacidade, é a nossa condição moral. Além dos espíritos só observarem aquilo que lhes interessa, podemos ter a certeza que os mais evoluídos, não se ocupam das coisas comezinhas da nossa vida, e os atrasados não podem violar a privacidade de pessoas moralmente mais adiantadas que eles. O “ditado” popular, diga-me com quem andas que eu vos direi quem tu és, pode ser substituída, com vantagens, por essa outra: Diga-me como andas e eu vos direi que qualidade de espíritos te acompanha.                Como os espíritos podem conhecer os nossos pensamentos mais secretos, até aqueles que não gostamos de confessar nem a nós mesmos, convém cuidar do teor dos nossos pensamentos.  Quando pensamos nisso, ficamos preocupados. O que pensam de nós os espíritos que nos cercam? Com certeza dependerá das qualidades melhores ou piores deles. Há os que riem, se divertem, e até exploram as torpezas de alguns. Outros têm piedade e procuram ajudar, emitindo bons pensamentos para sustentar-nos nas dificuldades da vida, ou afastar-nos de ideias e tendências menos elevadas. Mais preocupante é saber que os espíritos podem influenciar, e muito, nossos pensamentos. Se não cuidarmos da nossa qualidade mental, os mais astutos podem dirigir as nossas vidas.  Talvez alguém possa pensar: como poderei saber quando sou eu que estou pensando ou se é um espírito que está pensando por mim? É difícil fazer essa separação e não há um maior interesse nisso, mas, se observarmos, atentamente, poderemos perceber quando um pensamento nasce espontâneo dentro de nós, ou é sugerido de fora para dentro.     Contudo, podemos ter a certeza sobre a qualidade do espírito que nos influencia, pois, um bom espírito só dá bons conselhos. Em vista disto, precisamos vigiar, e passar pelo crivo da razão as idéias, os pensamentos, que nos são sugeridos. Compete-nos, também, analisar as comunicações mediúnicas recebidas por nós, e pelo grupo espírita que participamos.