A influência de Kardec na formação da sociedade
Para abordar a questão, gostaria de destacar três trechos de Kardec, extraídos
do extraordinário livro Viagem Espírita em 1862 (da 2a
edição de julho/95, Ed. O Clarim):
a) “É que o Espiritismo abre horizontes tão vastos, que a vida corporal, curta
e efêmera, se apaga com todas as suas vaidades e suas pequenas intrigas, ante o
infinito da vida espiritual.” (Pág. 59)
b) “Homens da mais alta posição honram-me com sua visita, porém nunca, por causa
deles, um proletário ficou na antecâmara. Muitas vezes, em meu salão, o príncipe
se assenta ao lado do operário. Se se sentir humilhado, dir-lhe-ei simplesmente
que não é digno de ser espírita. Mas, sinto-me feliz em dizer, eu os vi, muitas
vezes apertarem-se as mãos, fraternalmente e, então, um pensamento me ocorria: ‘Espiritismo,
eis um dos teus milagres; este é o prenúncio de muitos outros prodígios!”. (pág.
61)
c) “O Espiritismo, por sua poderosa revelação, vem, pois, acelerar a reforma
social. Seus adversários, sem dúvida, rir-se-ão desta pretensão e, todavia, ela
nada tem de presunçosa. (…) O Espiritismo, provando de maneira patente a existência
de um mundo invisível, leva, forçosamente, a uma ordem de idéias bem diversas, pois
que dilata o horizonte moral limitado à Terra. A importância da vida corporal diminui
à medida em que cresce a da vida espiritual.” (pág. 87/88).
Penso que os trechos oferecem excelente visão, ampliada ao futuro, para formação
de um nova sociedade e dispenso acréscimo de novos comentários.