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Kardec previu essas coisas

A Revista Espírita, do mês de fevereiro de 1862, traz a seguinte afirmativa
de Kardec, falando aos espíritas lioneses: “A tática ora em ação pelos
inimigos dos Espíritas, mas que vai ser empregada com novo ardor, é a de tentar
dividi-los, criando sistemas divergentes e suscitando entre eles a desconfiança
e a inveja.”

Como podemos perceber, o vaticínio do Codificador do Espiritismo estava
correto.

Desde os primórdios do movimento espírita no Brasil, temos ouvido falar
desses sistemas divergentes, que têm suscitado muita polêmica no meio
espírita. De certa forma, o objetivo dos inimigos dos espíritas tem sido
alcançado ao longo do tempo.

São práticas esdrúxulas e contrárias à Codificação Kardequiana que surgem,
aqui e ali, gerando contendas e dissenções.

O de que não nos damos conta é que muitas vezes temos caído na armadilha,
pois enquanto ficamos discutindo sobre essas questões divergentes, o trabalho
que deveríamos fazer fica paralisado.

O Espírito Camilo, em seu livro “Cintilação das Estrelas”, considera o
seguinte: “(…)os contendores estão, quase sempre, defendendo cores e idéias
pessoais que, comumente, retratam desajustes emocionais, anseio de domínio ou
neuroses várias, consubstanciadas em teimosia injustificada, detendo-se em
pontos de vista ou achismos inconvenientes ou caprichosos.”

Se nos detivéssemos a refletir um tanto mais acerca dessa realidade,
perceberíamos quanto tempo temos perdido com discussões vazias, ao invés de nos
dedicarmos, com afinco, ao campo que o Senhor nos oferece para joeirar e, por
conseguinte, à nossa redenção pessoal, como devedores das Leis Maiores que
reconhecemos ser.

O Cristo afirmou que toda a árvore que o Pai não plantou será arrancada. Por
essa razão, deveríamos deixar que esses falsos sistemas, ou falseados em sua
base, desaparecessem por si mesmos, sem causarem prejuízos ao movimento
espírita, já tão fragilizado pelas nossas próprias imperfeições.

Somente lobos caem em armadilhas para lobos. E, por certo, essas pessoas que
tentam agregar esses “sistemas” ao edifício da Codificação, não sabem o que
fazem, porque, se soubessem, não o fariam.

Mais cedo ou mais tarde, todos teremos que prestar contas às leis divinas por
tudo o quanto fizemos com o nosso livre-arbítrio, assim como todos os que
maculamos o nome de Jesus outrora, e que já nos demos contas disso, agora
estamos tentando resgatar a Sua grandeza.

Por essa razão, ocupemos os espaços em nossos escassos meios de comunicação
social espírita para divulgar a Mensagem Espírita, que é por demais valiosa para
ser preterida pelos verdadeiros cristãos.

Kardec, ainda na comunicação acima citada, faz a seguinte observação:
“Pedis que continue com os meus conselhos. Eu os dou de boa vontade aos que os
pedem e crêem que deles necessitam. Mas só a esses. Aos que julgam saber muito e
que dispensam as lições da experiência, nada direi, a não ser que desejo não
tenham um dia que lamentar por terem confiado demais nas próprias forças (…)

Como podemos perceber, Kardec foi demasiado sábio para não cair nas
armadilhas adrede preparadas para paralisar a marcha da Nova Revelação.

E quanto a nós, se não somos desses que confiam demais nas próprias forças,
observemos os conselhos do Codificador e busquemos conhecer, em profundidade, a
Doutrina Espírita e a sua proposta para a humanidade, e deixemos o resto por
conta de quem quer contender.

(Jornal Mundo Espírita de Agosto de 1998)

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