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Lei de Cristo

Todo sacerdote se apresenta, a cada dia, para realizar as suas funções e oferecer com frequência os mesmos sacrifícios, que são incapazes de eliminar os pecados. (Hebreus, 10:11)

Os primeiros leitores desta carta, tratado, ou como querem alguns, sermão, sabiam da importância da repetição como instrumento de retórica, por isso entendem a necessidade, como ênfase do autor, àquilo que ele nomeava como essencial.

Ao contrário do que fez nos primeiros versículos do nono capítulo, onde ele descreve o ritual anual do sumo sacerdote, aqui ele enfatiza a função do sacerdote levítico comum, aquele que se apresenta, a cada dia, para realizar suas funções.

Neste passo gostaríamos de aplicar o texto ao contexto atual de nossas necessidades evolutivas e fazermos uma analogia dos rituais sacerdotais antigos com a nossa experiência reencarnatória.

Nós também temos nos “apresentado” muitas vezes para realizarmos nossas “funções” reencarnando em corpos diversos em tempos diferentes. Isto é da Lei, e temos assim, promovido nosso aperfeiçoamento.

Todavia, podemos perguntar, por que tem parecido ineficazes estas experiências palingenésicas? Pois o que tem acontecido é que temos repetidos os mesmos erros, estando novamente, às vezes, com as mesmas pessoas; por que não temos conseguido com elas fazermos o ajustamento ideal?

A resposta está clara neste versículo: temos oferecido com frequência os mesmos sacrifícios, que são incapazes de eliminar os pecados. Ou seja, não temos avaliado com perfeição as ocorrências cuidando só perifericamente da nossa realidade, não aprofundando devidamente nossas necessidades de Espírito imortal.

Temos preocupado, quando muito, em fazer justiça. Isto é bom e necessário, todavia temos esquecido de amar (grifamos).

Às vezes sofremos e compreendemos que é justo devido as nossas irreflexões passadas. Entretanto, temos procurado aliviar o sofrimento dos semelhantes?

Quando o Evangelho diz que Jesus levou nossos pecados, isto tem sido muito mal interpretado. Não quer dizer que “pagou” por nós nossas “dívidas”, mas que Ele se sacrificou por nós para ensinar-nos o modo de quitarmos em definitivo nossas pendências com a Lei, recompondo assim nossa consciência.

A fórmula desta equação remidora é única: AMAR

O apóstolo Paulo em outro momento de suas epístolas entendeu e alertou-nos:

O fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra essas coisas não há lei¹

E complementou:

Levai as cargas uns dos outros e assim cumprireis a lei de Cristo²

Jesus, nosso “Guia e Modelo³” disse:

…eu vos dei o exemplo, para que, como eu fiz, façais vós também (4)

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1 Galátas, 5: 22 e 23

2 Gálatas, 6: 2

3 O Livros dos Espíritos, questão 625

4João, 13: 15

 

Autor: De Jesus